segunda-feira, 27 de dezembro de 2021

OPINIÕES DE SEGUNDA

Ao comando da sua própria vida

Em plena quadra natalícia, Carolina Rodrigues fala dos diferentes papéis que a Mulher foi assumindo (ou cumprindo), ao longo do tempo. E assinala os progressos, lentos, na conquista plena dos seus direitos.

“Felizmente, a situação alterou-se”. Na sua opinião, hoje, as mulheres são “livres para conduzirem o seu próprio destino”. “Contudo – sublinha – “continuam a sofrer pressões”…

"Mulheres (...) livres para conduzirem o seu próprio destino".

Os papéis da Mulher – Ao observar as mulheres que me rodeiam, constato que, dependendo da geração a que pertencem, desempenham papéis muito diferentes e, à medida que se aproximam da minha geração, sinto que o seu lugar na sociedade se vai tornando mais relevante.

A Constituição de 1933 estabeleceu o princípio da igualdade entre cidadãos perante a lei, com exceção da mulher. Esta era considerada diferente e a lei refere as “diferenças resultantes da sua natureza e do bem da família”. Era vista como mais frágil, física e emocionalmente, mas, na verdade, o papel secundário que lhe era reservado era bastante exigente: tinha de ser mãe, dona de casa, esposa. Era, assim, relegada para segundo plano, na família e na sociedade, em geral, o que, de resto, ainda acontece atualmente, mais frequentemente do que seria desejável.

Julgo que a mulher só começou a comandar um pouco a sua própria vida, embora de forma muito subtil, quando acedeu a medidas anticoncecionais; talvez a pílula tenha sido a chave para abrir algumas portas para uma liberdade que se foi conquistando muito lentamente. Pior do que esse cativeiro era ainda o daquelas que tinham de suportar violência doméstica sem acesso a qualquer ajuda médica ou judicial. A educação e a escola também lhes eram vedadas.

É neste contexto de opressão e de limitação das suas liberdades que algumas mulheres vão desempenhar um papel muito importante: vão contribuir para a denúncia das desigualdades entre homens e mulheres e, sobretudo, para a necessidade de lutar por mudanças que possam atribuir à mulher plenos direitos.

Felizmente, a situação alterou-se: hoje, as mulheres ocupam os mesmos lugares profissionais que antes eram apenas permitidos aos homens; estudam, são donas do seu corpo, livres para conduzirem o seu próprio destino; hoje, as mulheres divorciam-se, partilham as tarefas domésticas, partilham a guarda dos filhos… Contudo, continuam a sofrer pressões: a beleza, a profissão, a obrigação de ser dona de casa, mulher, mãe…

Carolina Rodrigues, 12.º ano.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2021

OPINIÕES DE SEGUNDA

Aprendemos muito mais do que pensamos

Em tempo de interrupção das atividades letivas, Índia Lage Couto propõe-nos uma reflexão sobre a importância da escola.

Apesar de, por vezes, parecer “cansativa e irritante”, há, no entanto, uma pergunta que se impõe: “o que seria da nossa vida se não fosse a escola?”

"O que seria da nossa vida se não fosse a escola?"

A importância da escola – Na minha opinião, ir à escola é muito importante para a nossa vida.

Com a escola aprendemos muito mais do que pensamos, aprendemos a matéria das diferentes disciplinas, claro, mas também aprendemos a ser boas pessoas, porque a escola não serve só para aprender Português, Francês ou Matemática, ensina-nos a socializar e a respeitar os outros colegas e os professores.

Para alguns de nós, a escola é cansativa e irritante, por vezes não nos apetece levantar cedo, fazer os trabalhos de casa ou estudar para os testes, mas o que seria da nossa vida se não fosse a escola?

Para outros, a escola não serve para nada, é só para perder tempo, porque era muito melhor ficar em casa a preguiçar ou a navegar nas redes sociais.

Eu acho que andar na escola é muito importante para preparar o nosso caminho pessoal e profissional, para fazer novas amizades e para aprender a conviver com todo o tipo de pessoa. 

A escola prepara-nos para o futuro que nos espera.

Índia Lage Couto, 8.º ano.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2021

 Parlamento dos Jovens debate a desinformação

A problemática da desinformação, mais conhecida por “fake news” ou notícias falsas, esteve no centro de uma sessão que a Deputada Sílvia Torres dinamizou com alunos dos 9.º, 11.º e 12.º anos da Escola Secundária de Ponte da Barca.

A conversa aconteceu no âmbito da participação da Escola no Parlamento dos Jovens, edição que este ano se propõe trabalhar o tema abrangente das “fake news”, seja no escalão do Ensino Básico, seja no do Secundário.

Com os mais novos, a reflexão orienta-se no sentido de indagar “estratégias para combater a desinformação”, enquanto os alunos do Secundário são desafiados a analisar “o impacto da desinformação na democracia”.

Eleita, em 2019 para a XIV Legislatura, pelo círculo eleitoral de Viana do Castelo, Sílvia Torres falou sobre o funcionamento da Assembleia da República e debateu com os participantes a problemática das “fake news” e os riscos que este desafio representa para a democracia.

Recorde-se que “desinformação” é o termo utilizado para definir qualquer tipo de conteúdo ou prática manipulada, que contribua para o aumento de informação falsa ou enganadora, com o objetivo de afastar os cidadãos do conhecimento factual da realidade e para obter vantagens económicas ou para enganar o público.

Este fenómeno, cada vez mais visível à escala mundial devido às plataformas de sociabilidade digital, apresenta-se ainda com o objetivo de, entre outros, beneficiar determinadas pessoas ou pequenos grupos e diminuir a confiança nas instituições e nos processos políticos estabelecidos.

Com toda a manipulação que está subjacente à propagação de notícias falsas, o fenómeno representa um problema para a democracia em geral, na medida em que coloca em causa o debate livre e informativo, prejudica o interesse público, mina a confiança nas instituições e nos meios de comunicação tradicionais e digitais e, consequentemente, fragiliza a estabilidade das sociedades democráticas, ao comprometer a capacidade dos cidadãos de tomarem decisões bem informadas.

Daí que, neste contexto, seja fundamental a promoção das literacias mediática e digital, de tal modo que as pessoas se sintam habilitados a navegar no atual oceano da informação e sejam capazes de encontrar o caminho num mar de mentiras e de desinformação.

A sessão distrital do Parlamento dos Jovens, que contará mais uma vez com a participação da Escola Secundária, no escalão do 3.º Ciclo e no do Secundário, realiza-se no próximo mês de março. A final nacional está agendada para maio, no Palácio de São Bento, em Lisboa.

A Organização

segunda-feira, 13 de dezembro de 2021

OPINIÕES DE SEGUNDA

Respeito pela diferença

Na crónica desta semana, Maria Rego fala da “diferença”, salientando casos como “a homofobia, a transfobia, o machismo, o racismo, a xenofobia, entre outros.”

Na sua opinião, estamos perante atitudes inadmissíveis, pois “não é obrigatório gostar da diferença, nem glorificá-la, mas, sim, tratá-la com a dignidade e o respeito que merece e precisa.”

Sempre, mas ainda mais nesta quadra natalícia, um tema a refletir…

Todos somos diferentes, mas todos somos iguais!

Respeito pela diferença – Na sociedade em que vivemos, temos reparado, ultimamente, em alguns estragos na mentalidade das pessoas. Já não há direitos, respeito, dignidade. Muitos problemas estão a surgir e poucos ou nenhum a se resolver. No meu ponto de vista, temos de começar a abordar e transformar alguns problemas ou a diferença permanecerá no nosso mundo e acabará o respeito.

Por um lado, temos vários tipos de diferença e muitos outros contras e incompreensões destes mesmos. Alguns casos são a homofobia, a transfobia, o machismo, o racismo, a xenofobia, entre outros. Acho que isto é inadmissível. Agora, liga-se o jornal e só vemos mortes e tragédia de múltiplas pessoas por não serem aceites na sociedade, por qualquer que seja a sua diferença! Devemos parar! Ora pensem comigo, se continuarmos com isto, o que vamos obter?! Posso dar um exemplo: a guerra no Afeganistão. Mortes de mulheres e crianças, desalojamentos, abusos, agressões, falta de dignidade, um total machismo, para quê?! Os homens terem poder para só pensarem em si próprios e não olhar em redor?!

Por outro lado, devemos começar, desde agora, a abordar e tratar destes problemas. Vamos parar e começar a respeitar e praticar, porque, só pelas palavras, não chegamos a lugar nenhum, pois encontramos diferença em todos os pequenos e grandes lugares, numa escola, numa família, num país… Não é obrigatório gostar da diferença, nem glorificá-la, mas, sim, tratá-la com a dignidade e o respeito que merece e precisa.

Em suma, ninguém é perfeito nem nunca vai ser, a sociedade não espera isso. Todos somos diferentes e ainda bem que sim. Imagina teres 10 livros todos iguais e, agora, imagina teres 10 livros totalmente diferentes, vais apreciar mais os diferentes, porque dos outros tu já sabes a história. Como seria o mundo se assim fosse? “Chato”, sem nenhum destaque, totalmente sem graça. Agora, pensa nisso!

Maria Rego, 7.º ano.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2021

MÁRIO AUGUSTO EM PONTE DABARCA

“Magalhães é um exemplo de astúcia e de resiliência”

Fernão de Magalhães é um exemplo de astúcia, de determinação e de resiliência, que nos deixou a admirável lição de que na vida é preciso ir sempre à procura de algo novo.

A afirmação é de Mário Augusto – rosto amplamente conhecido pela presença continuada na televisão a falar de cinema, para além de ser autor de várias obras – e foi proferida no auditório da Casa de Santo António do Buraquinho, em Ponte da Barca, no âmbito do colóquio “De Fernão de Magalhães à Magia da 7.ª Arte – Conversa à volta da circum-navegação, da Literatura e do Cinema”.


Falando para uma plateia constituída maioritariamente por alunos do 12.º ano, a que se juntou, na parte final, o Presidente da Câmara e os seis vereadores, até então em reunião ordinária, o convidado partilhou a sua experiência como jornalista especializado em cinema, dedicando ainda particular atenção ao projeto “Planeta Magalhães”, em que assina 14 episódios sobre a viagem de circum-navegação.

A vida e a viagem de Fernão de Magalhães são uma grande história que daria um grande filme e o mais estranho é que ainda não tenha sido produzido. Aliás, sublinhou, é notável o percurso deste homem que, ainda adolescente, partiu para a corte e daí fez-se ao largo, dando novos mundos ao mundo e estando na origem de uma verdadeira revolução a vários níveis.

Neste contexto, interpelou diretamente os alunos para que sejam sempre curiosos, porque a melhor universidade é a curiosidade, atitude que nos permite descobrir coisas e relacioná-las, produzindo conhecimento.

 Um mundo de sucesso efémero

Num registo muito informal e próximo, Mário Augusto falou também de cinema e dos grandes desafios que se colocam à Sétima Arte.

Respondendo a algumas perguntas, disse que a indústria do audiovisual está em transformação e que o mundo de hoje está feito para o sucesso efémero e muito virado para experiências.

Em relação ao cinema português, garantiu que está melhor, com uma geração jovem a fazer um trabalho de muita qualidade. Mas somos um público muito reduzido, pelo que, na sua opinião, o futuro passa pela aposta na coprodução, para, assim, ganharmos escala.

Confrontado com o desafio de indicar os seus três filmes de eleição, Mário Augusto mostrou algumas reservas face à dificuldade da escolha, mas sempre foi avançando que os melhores filmes são aqueles que nos inquietam. E, neste contexto e em diferentes etapas da sua vida, houve três que tiveram (e ainda têm) um impacto muito relevante: “O Padrinho”, de Francis Ford Coppola; “Ladrões de Bicicletas”, de Vittorio De Sica; e “ET – O Extraterrestre”, de Steven Spielberg.

500 árvores para o navegador

O colóquio aconteceu no âmbito do trabalho do Plano Nacional do Cinema que está a ser dinamizado no Agrupamento de Escolas e contou com o apoio do Município e das edições Opera Omnia.

Para além da promoção da literacia para o cinema e do gosto pela Sétima Arte junto do público escolar, pretendeu ainda divulgar a vida e a obra, assim como o legado civilizacional da viagem de Magalhães que, há 500 anos, abraçou povos e uniu continentes.

Esta ideia da globalização e da universalidade foi, de resto, sublinhada tanto pelo Diretor do Agrupamento, Carlos Louro, como pelo Presidente da Câmara Municipal, Augusto Marinho.

No final do colóquio, Mário Augusto apadrinhou a plantação de uma árvore, na Avenida Fernão de Magalhães, para assinalar a viagem do navegador com raízes barquenses.

Trata-se da primeira de um conjunto de 500 árvores que serão plantadas, numa iniciativa do Agrupamento de Escolas em parceria com a Câmara Municipal, com o objetivo de promover os valores da sustentabilidade e da cidadania global, tendo em conta a “Agenda 2030”, da Organização das Nações Unidas, e os seus “Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS)”.

A Organização

terça-feira, 7 de dezembro de 2021

COLÓQUIO COM MÁRIO AUGUSTO

“De Fernão de Magalhães à Magia da 7.ª Arte – Conversa à volta da circum-navegação, da Literatura e do Cinema”

Realiza-se, na próxima quinta-feira, 9 de dezembro, às 10.30 H, no auditório da Casa de Santo António do Buraquinho, em Ponte da Barca, um colóquio com Mário Augusto, subordinado ao tema “De Fernão de Magalhães à Magia da 7.ª Arte – Conversa à volta da circum-navegação, da Literatura e do Cinema”.

O convidado é um rosto amplamente conhecido pela presença continuada na televisão a falar de cinema, para além de ser autor de várias obras, nomeadamente, "Como se fosse um romance", que acaba de ser editada, e de, recentemente, ter assinado um conjunto de 14 documentários sobre a viagem de circum-navegação.

É nesta múltipla perspetiva que Mário Augusto vai estar em Ponte da Barca, para uma conversa aberta ao público que andará à volta da vida e da viagem de Magalhães, da literatura e do cinema.

Promovido pela equipa do Plano Nacional do Cinema (PNC) no Agrupamento de Escolas, o colóquio conta com o apoio da Câmara Municipal de Ponte da Barca e das edições Opera Omnia e acontece no âmbito das comemorações dos 500 anos da viagem de Magalhães e da ação do PNC, uma iniciativa conjunta das áreas governativas da Cultura e da Educação a que o Agrupamento aderiu, tendo em vista a divulgação de obras cinematográficas nacionais e a promoção da literacia para o cinema junto do público escolar.

A Organização

segunda-feira, 6 de dezembro de 2021

OPINIÕES DE SEGUNDA

Arrepiar caminho

Em plena quadra natalícia, Maria João Araújo fala do “crescente consumismo” e do menosprezo de valores morais.

Face a esta “alteração perigosa”, deixa um apelo muito direto: importa “arrepiar caminho e pugnar pelos exemplos morais que os nossos avós nos transmitiram – a honestidade, a lealdade, o altruísmo, a empatia e a tolerância.”

Vamos a isso…

"(...) devemos, por isso, arrepiar caminho e pugnar
pelos exemplos morais que os nossos avós nos transmitiram."

(Falta de) Princípios e ValoresNa sociedade atual, os valores morais pelos quais o ser humano lutou parecem ter sofrido alterações significativas. Onde outrora se priorizava o amor, a amizade, a solidariedade, agora prevalecem a ganância, o egoísmo e o materialismo.

Uma das mais evidentes transformações a nível dos princípios pessoais é o evidente crescimento da importância atribuída aos bens materiais. A posse de artigos caros e luxuosos tornou-se não só um alvo a atingir, como também passou a ser uma prioridade, enquanto a falta dos mesmos é vigorosamente desprezada e sancionada. A mais notória prova disso é o crescente consumismo que comanda a economia de hoje.

Na minha opinião, não é apenas a sobrevalorização dos bens materiais que corrompe os valores morais do mundo contemporâneo, o menosprezo da importância atribuída à amizade e à solidariedade desempenha um papel igualmente importante. Frequentemente, estes princípios são postos em segundo plano ou sub-repticiamente desvirtuados e aproveitados para ascender socialmente. Esta alteração de prioridades é transmitida às crianças, que seguem o exemplo dos mais crescidos, o que se traduz, por exemplo, na falta de empatia pelo outro, no desprezo pelos mais vulneráveis e até no bullying, que tão frequentemente se verifica nos espaços escolares.

Em suma, considero que se opera, de facto, uma alteração perigosa nos princípios e valores da sociedade contemporânea, o que influencia negativamente o comportamento de cada indivíduo. Penso que devemos, por isso, arrepiar caminho e pugnar pelos exemplos morais que os nossos avós nos transmitiram – a honestidade, a lealdade, o altruísmo, a empatia e a tolerância.

Maria João Araújo, 11.º ano.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2021

 Diz Não à Indiferença

“Diz Não à Indiferença” é o título de um painel que está patente ao público no átrio do bloco C da Escola Secundária de Ponte da Barca.

O painel apresenta um conjunto alargado de depoimentos pessoais que os alunos colocaram numa tômbola, na sequência da visualização da curta-metragem “História Trágica com Final Feliz”, de Regina Pessoa, por ocasião do Dia Mundial do Cinema (5 de novembro).

Numa iniciativa da equipa responsável pelo Plano Nacional do Cinema no Agrupamento, os discentes foram desafiados, após a visualização do filme, a escreverem uma frase iniciada por “Ser diferente é…”.

Deste exercício de cidadania resultou um conjunto muito rico e diversificado de testemunhos, escritos em português, inglês e mandarim, que ilustram da melhor forma o espírito humanista que molda a comunidade escolar.

A Organização

terça-feira, 30 de novembro de 2021

EDUCAÇÃO AMBIENTAL E CIDADANIA

 Agrupamento dá “Papel por Alimentos”

O Agrupamento de Escolas de Ponte da Barca participou, mais uma vez, na campanha "Papel por Alimentos".

Dinamizada pela Biblioteca Escolar, a ação reuniu cerca de 200 kg de papel de jornais/revistas, fotocópias e livros retirados de circulação, que foram entregues no Banco Alimentar Contra a Fome de Viana do Castelo.


No âmbito de uma rede de solidariedade, o papel recolhido foi transportado por uma IPSS do concelho, o Centro de Dia de Cuíde de Vila Verde, por ocasião de uma viagem ao Banco Alimentar para levantar produtos.

A campanha "Papel por Alimentos" é uma ação promovida pela Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares, com contornos ambientais e de solidariedade: todo o papel recolhido é convertido em produtos alimentares básicos, por empresas certificadas de recolha e tratamento de resíduos.

Com esta ação, promoveu-se na comunidade escolar a educação ambiental e a sustentabilidade, para além de se ter valorizado a importância do papel de cada pessoa na sociedade e no mundo e a possibilidade de recuperar e reutilizar coisas que parecem não ter valor.

Com pequenos gestos, foi dado um contributo relevante na luta contra a fome, favorecendo, ao mesmo tempo, a proteção do ambiente e da natureza, assim como a concretização de 5 dos 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) que constam da “Agenda 2030”, da Organização das Nações Unidas, verdadeiro contrato com “uma lista das coisas a fazer em nome dos povos e do planeta”: erradicar a pobreza (1), erradicar a fome (2), cidades e comunidades sustentáveis (11), produção e consumo sustentáveis (12) e parcerias para a implementação dos objectivos (17).

Biblioteca Escolar

segunda-feira, 29 de novembro de 2021

OPINIÕES DE SEGUNDA

                Ilusões do mundo virtual

São muitos os que passam grande parte do seu tempo presos à cor e ao movimento que as redes sociais oferecem. Tudo sugere um mundo fantástico, “mas a verdade é que, por trás de um rosto sorridente, é muito provável que esteja uma alma a sofrer.”

Por isso é que Ana Gonçalves não hesita em afirmar que “deveríamos dar um intervalo ao mundo virtual e aproveitar mais os momentos presentes, reais, preservando, ao máximo, a nossa privacidade.”  

Fica o convite!

"(...) Deveríamos dar um intervalo ao mundo virtual, 
(...) preservando, ao máximo, a nossa privacidade."

E tu, vives no mundo real? Assistimos a uma crescente preocupação em estar ligado ao mundo virtual através da internet. Todo esse tempo despendido leva à negligência das próprias vidas.

Nas redes sociais, vemos, todos os dias, uma felicidade aparente, mas a verdade é que, por trás de um rosto sorridente, é muito provável que esteja uma alma a sofrer. Somos inundados por rostos felizes, aparentemente bem-sucedidos, porventura numa tentativa desesperada de aliviar frustrações ou de procurar afirmação perante o mundo. Vidas expostas, quase ao minuto, através de fotos, vídeos, “stories”, numa busca frenética da aparência de felicidade plena...

Com frequência, encontramos pessoas que, apesar de acompanhadas, mantêm diálogos digitais, em vez de conversarem com quem se encontra a seu lado. Grupos de amigos que, em vez de comunicarem entre si verbalmente, prestam mais atenção às redes sociais. Pais que não acompanham o crescimento dos filhos, jovens e adultos que não procuram realizar-se profissionalmente, por esperarem que a vida perfeita que almejam lhes surgirá sem empenho e dedicação.

Canalizar todos os esforços para a publicação da foto ideal, sob o ângulo mais perfeito, pode traduzir a derradeira tentativa de transformar momentos “imperfeitos” na vida de sonho. E, quantas vezes, o querer, constantemente, parecer feliz e realizado nas redes sociais mais não é do que uma tentativa de camuflar uma angústia ou frustração permanente…

Acredito que devemos partilhar o que nos traz felicidade, mas, quando passamos demasiado tempo a fazê-lo nas redes sociais, resta-nos menos tempo para o vivenciar, em pleno, na vida real.

O medo de partilhar as nossas angústias e sofrimento leva a este refúgio. Acontece que a partilha do menos bom nas nossas vidas também é importante. Para isso precisamos da confiança que um ombro amigo e uma boa conversa nos podem oferecer.

Não digo que sou contra as redes sociais, pois facilitam-me imenso, ao poder falar com o meu pai e a minha família distante, mas, às vezes, deveríamos dar um intervalo ao mundo virtual e aproveitar mais os momentos presentes, reais, preservando, ao máximo, a nossa privacidade.

Ana Gonçalves, 10.º ano

quinta-feira, 25 de novembro de 2021

Alunos dos 3.º e 4.º anos

aplaudem valores humanistas 

Os alunos dos 3.º e 4.º anos do Agrupamento de Escolas de Ponte da Barca participaram numa teatralização inspirada na obra “O Homem da Nuvem Escura”, de Inês Vinagre e ilustração de Sebastião Peixoto.

O trabalho foi dinamizado pelo ator Rui Ramos, que apresentou aos miúdos uma interpretação muito interessante do livro selecionado para o concurso de leitura deste escalão.

As sessões decorreram nos auditórios da Escola Básica Diogo Bernardes e ainda das Escola Básica de Crasto e de Entre Ambos-os-Rios, proporcionando um momento profundamente enriquecedor, sob o ponto de vista humanista, na medida em que a obra faz apelo à proximidade, à entreajuda e à solidariedade, valores que, no seu conjunto, podem fazer desaparecer muitas nuvens escuras e transformar a vida de muitas pessoas.

Para além da interação criada, da riqueza encantatória da palavra, a animação permitiu um contacto com os múltiplos códigos da linguagem teatral, desafiando a imaginação e a criatividade dos participantes e promovendo a apetência pelo livro e pela leitura.

Os encontros foram preparados pela equipa da Biblioteca Escolar, que, na “Hora do Conto”, fez com cada uma das turmas a leitura expressiva da obra, e pelos respetivos professores titulares, que exploraram o livro.

Recorde-se que esta atividade se desenvolveu no âmbito da parceria existente, desde há vários anos, entre o Agrupamento de Escolas e as edições “Opera Omnia”.

Biblioteca Escolar  


segunda-feira, 22 de novembro de 2021

OPINIÕES DE SEGUNDA

Viajar a nossa alma

Na crónica desta semana, Rita Zamith propõe uma viagem. Uma viagem pelo universo do “eu” e à descoberta do mundo do “outro”.

Tudo isto “para nos conhecermos com a ajuda daquilo que nos rodeia ‘para além daquilo que está dentro de nós’, como as pessoas com quem lidamos.”

Então, boa viagem!

Mudança do processo de autodescobrimento durante as viagens

Viajar não é tão simples quanto parece. Não é uma questão de fazer as malas e visitar novos locais. Vai muito além disso. Deixamos para trás parte do nosso antigo “eu” e construímos uma nova peça que faltava para nos conhecermos com a ajuda daquilo que nos rodeia “para além daquilo que está dentro de nós”, como as pessoas com quem lidamos.

O mundo é demasiado grande para o conhecermos na íntegra. Portanto, penso que cada um de nós o perceciona da forma que lhe foi apresentado, conforme a cultura onde nasceu e tudo o que construímos, de acordo com a nossa personalidade. Quando viajamos, é-nos mostrado outro mundo, novas facetas que nunca antes tínhamos visto, cheirado, ouvido,… sentido. Assim, creio que, a partir desse momento, as nossas imagens mentais mudam. Descobrimos outras pessoas, outros tipos de seres, aos quais não estávamos acostumados e, quando fazemos uma autoanálise acerca do nosso próprio ser, apercebemo-nos de que está diferente, está mudado. Mas o mais relevante é que, enquanto fazemos esta autorreflexão, concluímos que nos estamos a encontrar, também, a nós mesmos. Não totalmente. Acredito que estamos num processo de autodescobrimento até ao fim dos nossos dias. Porém, encontramos mais um bocadinho de nós.

Concluo que viajar não é viajar o corpo, a vida e a mala. Acho que viajar é viajar o “eu”, a nossa alma, que descobre o outro à medida que se autodescobre.

Rita Zamith, 12.º ano

sexta-feira, 19 de novembro de 2021

Animação teatral promove 

valores ambientais entre os mais novos

A importância da preservação do meio ambiente e da promoção da sustentabilidade esteve no centro de uma animada teatralização que entusiasmou as crianças da Educação Pré-escolar e dos 1.º e 2.º anos do Ensino Básico do Agrupamento de Escolas de Ponte da Barca.

A atividade foi dinamizada pela atriz e contadora de histórias Inácia Cruz e partiu do livro “Viagem de encantar para o planeta salvar”, de Júlio Borges e ilustração de Nuno Vieira, obra selecionada para o concurso de leitura deste escalão.

Ao longo de várias sessões pelas Escolas Básicas de Crasto, Entre Ambos-os-Rios e Diogo Bernardes, Inácia Cruz deliciou os miúdos com uma interpretação criativa da obra, proporcionando-lhes uma experiência entusiasmante, com todos a sentirem-se envolvidos na história, interagindo com a animadora e sentindo o fascínio da língua materna, do livro, da leitura e dos valores da educação ambiental.

A criatividade, a fantasia e a riqueza expressiva da comunicação teatral foram outras dimensões exploradas nesta atividade organizada pela Biblioteca Escolar (BE), que resultou, mais uma vez, da parceria existente entre o Agrupamento e as Edições Opera Omnia.

Numa fase prévia, os encontros foram preparados com um trabalho conjunto entre as educadoras, os docentes titulares da turma e a BE, que dinamizou a Hora do Conto, com a leitura expressiva da obra.

Biblioteca Escolar


quarta-feira, 17 de novembro de 2021

Animação com Inácia Cruz

Esta quinta e esta sexta, a Educação Pré-escolar e os 1.º e 2.º anos do Agrupamento de Escolas de Ponte da Barca vão celebrar o livro e a leitura, na companhia de Inácia Cruz, que dinamiza um conjunto de sessões/ teatralizações da obra “Viagem de Encantar para o Planeta Salvar”, de Júlio Borges e ilustração de Nuno Vieira. 

O trabalho, no âmbito da parceria que o Agrupamento de Escolas mantém, desde há vários anos, com as edições Opera Omnia, realiza-se de acordo com o seguinte calendário:

Biblioteca Escolar

segunda-feira, 15 de novembro de 2021

OPINIÕES DE SEGUNDA

Hino à “força desmedida da Mulher afegã”

Na crónica desta semana, Maria Miranda resgata do esquecimento uma tragédia e escreve um verdadeiro hino à “força desmedida da Mulher afegã”.

Deixa ainda uma pergunta: Como é possível “a Humanidade, impávida e serena, silenciar e pactuar com os talibãs e outros fanáticos/ fanatismos?!..., aniquiladores da liberdade, melhor dizendo, da Dignidade do ser humano, em geral, e da mulher/ Mulher, em particular?" 

"Aliem-se à Luta!... Eu já estou a caminho!!!"

Um Mundo Novo… Nascerá!... – Mullah Noruddin Turabi, um dos fundadores do movimento talibã e um dos membros mais conservadores do grupo, surge, enquanto líder, determinado a ativar punições/ atrocidades extremas.

Este alto responsável talibã deixa um aviso à comunidade Internacional: – " Ninguém nos vai dizer quais devem ser as nossas leis, seguiremos o Islão e faremos as nossas leis sobre o Alcorão", palavras desafiadoras, dignas de combate arrojado, congregador de mãos unidas, a falar numa só Voz – a da condenação e combate prementes…

Na verdade, como pode a Humanidade, impávida e serena, silenciar e pactuar com os talibãs e outros fanáticos/ fanatismos?!..., aniquiladores da liberdade, melhor dizendo, da Dignidade do ser humano, em geral, e da mulher/ Mulher, em particular, impondo-lhe códigos de vestuário obrigatório e, mais grave, ainda, negando-lhe, titanicamente, o acesso ao emprego e à educação. Assim, privada dos muitos direitos que lhe estão consignados, incluindo o do trabalho, condicionador da sua autonomia financeira, vê-se afastada da vida pública, privada da educação, do emprego, da saúde, melhor dizendo, da Vida Pessoal e Social. Consequentemente, ei-la dependente de membros da família do sexo masculino e, o mais grave, condenada ao sofrimento silencioso e devorador, entre outras circunstâncias, o de “uso” e abuso doméstico.

Enaltecedor aos olhos dos que se dignam cidadãos, é a capacidade enérgica com que, não muitas, contudo, algumas delas, ávidas de inverter a marcha da anulação e adulação feminina, elevam a voz do protesto, ecoando, bem alto, a defesa dos seus direitos e, o mais curioso, depois de os talibãs assumirem o controlo de Cabul e de grande parte do país, numa postura de titãs. Grave, grave… é que, enquanto isso, caminha o Mundo, sem ação de combate, parece-me, a lamentar, quase só, adiando a urgência de atuar…

Prometiam os americanos, juntamente, com os seus comparsas, um Afeganistão renovado e emancipado, mais justo, enfim, Novo!!! Tudo foi eclipsado. A própria chama da redenção apocalíptica, augurada, ofuscou-se. Por isso, vivamos a acreditar no seu esplendor, a acontecer com a força desmedida da Mulher afegã e de tantas outras que, Humanidade-fora, acendem o facho da esperança de um Mundo Melhor, antes de tudo, digno de Ser e do seu Ser, a acontecer, quando o Homem quiser, Ontem, Hoje, Amanhã. Tudo adiado?!... Mesmo assim, fico à espera, negando a sombra, mas, inversamente, de olhos postos na Luz que, Acredito, reinará. Aliem-se à Luta!... Eu já estou a caminho!!!

 Maria Miranda, 10.º ano.

quarta-feira, 10 de novembro de 2021

Biblioteca Escolar dinamiza oferta de milhares de livros a duas escolas de Cabo Verde
O Rotary Club de Ponte da Barca acaba de entregar ao Rotary Club da Praia, Cabo Verde, 2952 livros escolares e de literatura e ainda um conjunto alargado de material escolar, desde cadernos, a lápis, esferográficas e borrachas.

Todos estes recursos educativos foram angariados no âmbito da campanha “Um abraço para Cabo Verde”, dinamizada pela Biblioteca Escolar, em articulação com o Rotary Club de Ponte da Barca. 

Ultrapassados os expedientes alfandegários e de transporte, os três metros cúbicos de material já chegaram ao destino, tendo sido entregues ao Rotary Club da Praia, que, agora, vai gerir a oferta destes recursos educativos a duas escolas da região.  

Com esta intervenção, procurou-se aprofundar o exercício da cidadania ativa e dos valores humanistas, promovendo a língua portuguesa e os laços históricos que unem Portugal e Cabo Verde e também os dois clubes rotários, que estão geminados.

No universo da comunidade docente da Escola Secundária, foi possível recolher, numa primeira fase, mais de cinco centenas de livros, que foram entregues pelo Diretor do Agrupamento de Escolas, Carlos Louro, ao Rotary Club local.

A esta campanha associaram-se, entretanto, o Rotary Club de Monção, que também disponibilizou um conjunto alargado de livros e de material escolar, assim como encarregados de educação, que ofereceram livros e equipamento multimédia.


Num segundo momento, a Direção do Agrupamento de Escolas ofereceu ainda todos os manuais disponíveis dos 7.º e 10.º anos de escolaridade que, entretanto, deixaram de ser usados, na sequência da adoção de novos projetos editoriais.

A todos quantos tornaram possível esta ação de profundo alcance cívico, ajudando a marcar a diferença pela positiva, a Biblioteca Escolar e o Rotary Club de Ponte da Barca desejam expressar, publicamente, o seu mais sentido reconhecimento. 

Biblioteca Escolar

segunda-feira, 8 de novembro de 2021

OPINIÕES DE SEGUNDA

 Algo “pintado” na pele

Cada vez mais generalizada, a tatuagem “traduz um estilo próprio” ou não passa de um sinal de puro exibicionismo?

Para Carolina da Silva, não há espaço para qualquer dúvida no que diz respeito às pessoas que se tatuam. E mais: “não é por terem algo “pintado” na pele que devem ser discriminados. Nem por isso, nem por outro motivo qualquer…”  

"Eu vejo a tatuagem como um modo de vida. 
Traduz um estilo próprio."

Modo de vida ou exibicionismo…? – Muitas pessoas acreditam que o ato de realizar uma tatuagem é puramente com uma finalidade exibicionista, sem qualquer significado ou propósito específico. Na minha opinião, não é disso que se trata.

Eu vejo a tatuagem como um modo de vida. Traduz um estilo próprio, um conjunto de valores, uma visão do mundo única e uma forma de cada um se expressar. De facto, penso que a maioria das pessoas que realiza uma tatuagem tem uma visão diferente de todas as outras.

Existe uma crença errada de que as pessoas se tatuam por pura exibição ou para impressionar os outros, mas, em geral, não é bem assim. Os que se tatuam sem significado algum por trás são exceções à regra.

É também errado pensar que quem é dono de uma ou de várias tatuagens poderá ser um(a) marginal e/ou má pessoa. A maioria dos que se tatuam são pessoas interessantes e as suas personalidades muito diferentes das demais. Frequentemente, possuem uma profunda consciência do valor da vida, da liberdade individual, da harmonia com a natureza, bem como dos direitos dos animais, para só referir algumas situações.

Reforço, por isso, a ideia de que as pessoas que possuem tatuagens são, nada mais, nada menos, seres humanos como todos os outros e não é por terem algo “pintado” na pele que devem ser discriminados. Nem por isso, nem por outro motivo qualquer…

Carolina da Silva, 12.º ano.