Alunos do 4.º C participam na produção

do “Dicionário Ilustrado do Alto Minho”

Raul Pereira apresenta o texto sobre Ponte da Barca

A turma do 4.º C da Escola Básica Diogo Bernardes, sob a orientação da respetiva professora titular, Adelaide Leite, participou ativamente na construção do “Dicionário Ilustrado do Alto Minho”, ou melhor, do “Dicionário livre e delirante feito a partir de uma colheita de palavras nas terras do Alto Minho”, uma obra que acaba de vir a público, proporcionando uma viagem fantástica pelos dez concelhos que integram este território.

Numa primeira fase, o autor do texto, Raul Pereira, e a ilustradora do capítulo relativo a Ponte da Barca / Terra da Nóbrega, Marta Madureira, interagiram com a turma, no sentido de selecionarem as palavras-chave ou aspetos a explorar na história ilustrada e no dicionário, tendo a colheita caído em “castelo”, “espigueiro”, “Pai-Velho”.

Concluída a obra, aconteceu por estes dias um segundo momento na biblioteca Escolar, com a apresentação do trabalho final, um belo livro que valoriza o património material e imaterial dos dez concelhos do Alto Minho.

A sessão, que contou com a presença do Diretor do Agrupamento de Escolas, Carlos Louro, e também de Raul Pereira e do ilustrador Hélder Dias, foi enriquecida com uma exposição itinerante – 12 painéis, fazendo um conjunto de quatro "paliteiros" – com as ilustrações do livro.

Da esquerda para a direita:
Hélder Dias, Raul Pereira e Carlos Louro

A turma do 4.º C em plena ação...

Na oficina, os alunos do 4.º C ouviram o texto sobre Ponte da Barca na voz do próprio autor, e, sob a orientação do artista plástico, tiveram ainda oportunidade de produzir um artefacto inspirado na figura do Pai-Velho.

No final do encontro, cada um dos alunos foi presenteado com um livro, que fica como testemunho de mais uma experiência marcante no esforço diário de promoção do livro e da leitura e de afirmação da História local, reforçando o desígnio da construção de uma “Escola a Ler”.

Recorde-se que este projeto colaborativo potenciador de pedagogias alternativas, que reescreve e consolida a identidade territorial, acontece no âmbito do “+REDE”, cujo objetivo passou pela dinamização e acompanhamento transversal do Plano Intermunicipal Integrado de Combate ao Insucesso Escolar no Alto Minho, promovido pela CIM Alto Minho.  

Biblioteca Escolar

Sempre uma "ESCOLA A LER"...

 Sarau Poético celebra o Poder da Palavra

Foi pequeno o Auditório Municipal de Ponte da Barca para acolher todos quantos se quiseram associar ao Sarau de Poesia que, na noite desta quarta-feira, assinalou o encerramento das atividades letivas 2022/2023.

Crianças da Educação Pré-escolar, alunos de todos os ciclos do Ensino Básico e do Secundário, encarregados de educação e professores deram voz a um Sarau que contou ainda com uma numerosa plateia, sempre atenta e reconhecida aos múltiplos desempenhos.

Em sintonia, todos deram voz à Palavra feita Poesia, ora dita, ora cantada, partilharam emoções e sentiram a riqueza e a beleza da Arte, numa iniciativa da Biblioteca Escolar e do Projeto Cultural do Agrupamento, em parceria com a Câmara Municipal, que contou com a colaboração de professores de Português e de professores titulares do 1.º Ciclo.

Entre os presentes, esteve a Vereadora da Educação e Cultura, Rosa Maria Arezes, a Presidente do Conselho Geral do Agrupamento, Lucília Oliveira, e a Adjunta da Direção, Sílvia Barbosa.

Nas suas intervenções, tanto a Vereadora como a representante da Direção felicitaram os participantes e enalteceram a importância da leitura e o poder da Palavra, numa sociedade da Informação e do Conhecimento como é a nossa.

Estão de parabéns todos quantos tornaram possível esta atividade, alunos, familiares e amigos, professores. “Viva a Poesia” é a mensagem intemporal que a todos continua a inspirar…

A Organização

CONVITE SARAU DE POESIA - 7 DE JUNHO | 21.30 H

COLÓQUIO NA SECUNDÁRIA

MUNDO RURAL PROPORCIONA MÚLTIPLAS OPORTUNIDADES

Hoje é prestigiante dedicar-se à atividade agrícola e as oportunidades neste setor são múltiplas, a ponto de se poder afirmar que o limite é a imaginação e a capacidade de empreender e de inovar de cada um.

Mesa que presidiu aos trabalhos.

Esta é a conclusão central do colóquio “As Riquezas do Mundo Rural: Ponte da Barca e a Gestão de Oportunidades” que se realizou no auditório da Secundária, com intervenções do Subdiretor do Agrupamento de Escolas, Dr. Soares Alves, da Vereadora com os Pelouros do Desenvolvimento Rural e das Florestas, Dr.ª Rosa Maria Arezes, da representante da Cooperativa Agrícola de Arcos de Valdevez e de Ponte da Barca, Eng.ª Beatriz Silva, e da representante da Associação Comercial e Industrial de Arcos de Valdevez e Ponte da Barca (ACIAB), Dr.ª Fernanda Velinças.

Organizado por Helena Oliveira, docente de Português de duas turmas do Ensino Profissional, em articulação com a Biblioteca Escolar, o colóquio esteve aberto à participação de alunos, maioritariamente do Profissional, para quem a iniciativa abriu perspetivas em termos profissionais.

Auditório acompanha os trabalhos com atenção.

Ao longo da sessão, foram, de facto, analisadas múltiplas oportunidades e sublinhada a importância da defesa da identidade do mundo rural, valorizando a economia de proximidade e dos produtos e produtores locais.

Cada vez estamos mais próximos de tudo, dispomos de um contacto profundo com a Natureza, que é uma riqueza incalculável, possuímos um património riquíssimo e temos bom clima, abundância de água e solo fantástico, situação que nos abre um manancial de oportunidades, ao nível, por exemplo, do turismo em espaço rural, água, fruticultura, exploração pecuária e cultura da vinha.

Para a Eng.ª Beatriz Silva, outra área com enorme potencial tem a ver com a aplicação de inovações tecnológicas à atividade agrícola, tanto mais que está em curso uma fase de reestruturação, com forte apoio à transição digital.

De apoios e oportunidades de formação certificada e de atualização falou também a representante da ACIAB. Entre outros, a Dr.ª Fernanda Velinças deu a conhecer o PROCOM – Programa de Apoio ao Comércio, com destaque para as ideias da revitalização dos Centros Históricos e do comércio com História, com Identidade, o Programa Qualificação do Interior do Vale do Lima, com a valorização dos produtos endógenos, e ainda a marca “100% Alto Minho”.

Tudo começa com uma ideia de negócio e, a partir daí, surgem os apoios em termos de estudo de viabilidade do projeto. Caso haja “pernas para andar”, importa aproveitar as diversas medidas existentes para apoio a jovens em regime de primeira instalação (por conta própria). Temos é de saber ao que vamos e de gostar do que pretendemos fazer – foi sublinhado com insistência.

Produtos endógenos e sustentabilidade

Na mesma linha se pronunciou a Dr.ª Rosa Maria Arezes. Na sua qualidade de Vereadora da Câmara Municipal, apresentou as linhas mestras da aposta do Município nas áreas do turismo e do desenvolvimento rural, salientando, entre outros aspetos, a prioridade da valorização de um conjunto de produtos endógenos que constituem uma marca muito forte da nossa identidade.

A título de exemplo, referiu a importância da produção do vinho e do mel, áreas em que o número de produtores, com marca registada, tem vindo a crescer de uma forma consistente, a exploração da raça cachena – uma riqueza com denominação de origem protegida –, e ainda a exploração do linho, produto que neste momento regista uma enorme procura, tendo em conta preocupações ambientais e de sustentabilidade.

Em nome da sustentabilidade falou também o Subdiretor do Agrupamento que, dirigindo aos alunos, desafiou-os a construírem projetos com soluções inovadoras e sustentáveis.

Vocês são os fazedores do amanhã e aquilo que todos desejamos é que implementem projetos que criem valor neste e para este território – disse o Dr. Soares Alves.

Folclore e poesia a abrir e a fechar os trabalhos.

A abrir o colóquio, o Rancho Folclórico do Agrupamento de Escolas acolheu os participantes com um momento que deu vida a uma das riquezas maiores do mundo rural – a música, a dança e o traje tradicionais – e, a encerrar, duas alunas disseram outros tantos sonetos de um dos vultos maiores do nosso património literário, Diogo Bernardes.

A Organização