“À Descoberta
de Novos Mundos”
celebra 500 anos da
epopeia de Fernão de Magalhães
“À Descoberta de Novos Mundos” é o título de uma exposição de pintura que
hoje foi inaugurada, no átrio do bloco C da Escola Secundária de Ponte da
Barca, com a presença do Diretor do Agrupamento, Carlos Louro, do Presidente da
Câmara Municipal, Augusto Marinho, e da Vereadora da Educação, Fernanda
Marques, entre outros.
Da autoria do professor José Félix, a exposição pretende assinalar a
capacidade de realização, a inovação, a criatividade, a abertura, o encontro de
culturas e de civilizações, o sonho, o engenho e a arte do ser humano, nas mais
diversas áreas de ação / conhecimento, e acontece a propósito dos 500 anos do
início da exploração da passagem labiríntica que viria a ficar conhecida como o
Estreito de Magalhães.
A mostra, que pode ser visitada até ao final do mês de outubro, é uma
organização conjunta da coordenação do Plano Nacional das Artes no Agrupamento
e da Biblioteca Escolar, contando com o apoio da Direção, da Câmara Municipal e
da Publivez.
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Fernão de Magalhães
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D. Afonso Henriques
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Isaac Newton
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Salvador Dalí
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Luís Vaz de Camões
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Ludwig van Beethoven
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Enquadramento
Há 500 anos, Fernão de Magalhães e a Armada das Molucas entraram numa
região labiríntica e assustadora, cheia de estreitos, ilhas e grandes baías
interiores. O mentor, organizador e capitão-geral da expedição estava
firmemente convencido de que seria por ali a tão desejada passagem do Oceano
Atlântico para o outro mar, o então chamado Mar do Sul.
Foi há 500 anos. Foi no dia 21 de outubro de 1520!
Pela frente, acabariam por ter perto de 600 quilómetros para explorar, em
condições dificílimas. Eram tais os desafios que uma das naus, a “Santo
António”, desertou, a 8 de novembro.
Mas a persistência, o espírito de sacrifício e o sonho indomável de Fernão
de Magalhães levaram-no em frente, desafiando os medos do desconhecido, sempre À DESCOBERTA
DE NOVOS MUNDOS.
E conseguiu. Conseguiu concretizar um grande sonho: a 28 de novembro de
1520, a armada entrou, novamente, no mar aberto, navegando já num outro oceano,
“para lá do fim do mundo”. Diz-se que as lágrimas escorreram pelo rosto de
Magalhães… Depois da tempestade, surgia a bonança e as condições náuticas que
encontraram eram tão favoráveis que ao navegador só ocorreu um nome para o novo
mar – chamou-lhe Oceano Pacífico.
À passagem que tinha acabado de descobrir, dando NOVOS MUNDOS ao mundo, “por mares nunca de antes
navegados” (Camões), atribuíram
a designação de Canal de Todos-os-Santos. Depressa, porém, os cartógrafos
trataram de lhe dar o nome que ficou para a posteridade, imortalizando o seu
descobridor – Estreito de Magalhães.
Ainda tinham grandes desafios para ultrapassar. Como o da travessia, pela primeira vez e à primeira
tentativa, da
imensidão do Oceano
Pacífico, até chegarem às
longínquas Filipinas. Mas já estava conseguida a primeira grande descoberta da
mais extraordinária expedição marítima da história e da ciência, que se
tornaria “A Primeira Viagem ao redor do
Mundo” (António Pigafetta) em continuidade. A viagem mais revolucionária, que
revelaria à Humanidade, de uma forma experimental, a verdadeira dimensão global
do planeta que habitamos e que alteraria, para sempre, os limites do
conhecimento e redesenharia o “mapa
mundi” que ainda hoje usamos.
O arrojo da sua aventura
épica
traduziu-se, de facto, numa notável
herança científica,
cultural, civilizacional, num valioso património universal.
500 anos depois, Fernão de Magalhães – que tem as suas raízes em Ponte da
Barca, a antiga Terra da Nóbrega – permanece um símbolo unânime de ação, da
excelência, do espírito empreendedor, da resiliência, da inovação, da abertura,
do encontro de culturas e de civilizações.
Ele é um herói à escala universal, que uniu povos, abraçou o mundo. Um
visionário, que soube “ALIMENTAR SONHOS”!
Tal como o são D. Afonso Henriques, Luís de Camões, Isaac Newton, Ludwig
van Beethoven, Salvador Dalí, que nesta exposição também são recriados.
Em diferentes épocas e nas mais diversas paragens, todos foram espíritos
inquietos, criativos, sonhadores.
Todos viveram À DESCOBERTA DE NOVOS MUNDOS!
No final da exposição, os trabalhos passarão a integrar o fundo documental
da Biblioteca Escolar, desejando-se que inspirem os utilizadores no desafio
pessoal da construção autónoma do conhecimento e da aprendizagem ao longo da
vida.
Ao professor José Félix, muito obrigado!
Prof. Luís Arezes