segunda-feira, 30 de maio de 2022

OPINIÕES DE SEGUNDA

O oxigénio da tirania

Na crónica desta segunda, Owen Chippendale fala da(s) tirania(s) ou, se preferirmos, do desejo do poder.

Na sua perspetiva, o problema surge quando essa busca se torna “algo imprescindível, (…) incontrolável, como uma pequena fogueira que rapidamente destrói o bosque inteiro.”

Os exemplos abundam. “Infelizmente!”

"(...) Como se fosse o oxigénio da vida."

Desde o início da história que o homem procura o poder, que existe a oposição entre quem tem poder e quem não o tem, entre quem tudo quer e quem nada pode.

Toda a gente deseja o poder, mas alguns encaram-no como uma necessidade, como se fosse o oxigénio da vida, algo imprescindível. O poder torna-se, então, algo perigoso, incontrolável, como uma pequena fogueira que rapidamente destrói o bosque inteiro. É a tirania!

A história da humanidade está cheia de exemplos, desde os faraós no Egito clássico até Putin, nos dias de hoje. Pelo meio, lembro uma das maiores tiranias do mundo, o império romano, há dois milénios atrás, e a loucura de Hitler, há menos de um século. Outro exemplo da atualidade é o de Putin, que, por razões que, admito, não entendo, está, neste momento em guerra, invadindo e destruindo a Ucrânia.

Ditadores como estes, a que posso acrescentar Salazar no nosso próprio país, ou Mussolini em Itália, ou Franco em Espanha, são pessoas que procuram o poder total a vida toda, tudo sacrificando sem quaisquer reservas, para que os seus objetivos sejam alcançados. São homens polémicos e determinados, movidos por crenças imorais que os levam a cometer atos desumanos e a espalhar o medo por toda a parte…

Concluindo, posso afirmar que foram muitos os tiramos, ao longo dos séculos. Mas acredito que o futuro nos vai oferecer muitos mais. Incompreendida por muitos, a tirania é a razão de viver para outros. Infelizmente!

Owen Chippendale, 12.º ano.

segunda-feira, 23 de maio de 2022

OPINIÕES DE SEGUNDA

Sobre a eutanásia

Nesta segunda, retomamos um tema considerado fraturante, tendo em conta as múltiplas dimensões que envolve.

Sara Rodrigues reconhece que “o assunto é delicado”, mas, apesar do desespero que estas situações-limite acarretam, diz “não querer acreditar que a solução está na opção pela eutanásia.” Prefere “continuar a acreditar no amor e na ciência e encontrar neles a força para viver em dias difíceis.”

"Prefiro continuar a acreditar no amor e na ciência."

Sei quanto o assunto é delicado. Falo da eutanásia, que, de uma forma simples, pode ser apresentada como a ação deliberada para apressar a morte de um doente.

Todos nós conhecemos casos de desespero, de dor inexplicável, mas continuo a não querer acreditar que a solução está na opção pela eutanásia. Não quero aceitar que, em momento algum, tenha de ser eu ou algum dos meus a fazer esta escolha.

Concordar com esta alegada solução é desistirmos de alguém que amamos, pelo que temos de lutar para que o Estado não legalize um “homicídio premeditado”. Em vez disso, os responsáveis devem é criar cada vez mais condições para que não se chegue a este caso extremo.

Admito que esta minha posição possa incomodar quem já, por alguma vez, desejou que a eutanásia fosse legal. Mas o grande problema é que esta opção, profundamente angustiante, é uma decisão irreversível.

Termino com a esperança de que não se desista da vida humana. Prefiro continuar a acreditar no amor e na ciência e encontrar neles a força para viver em dias difíceis.

Sara Rodrigues, 12.º ano.

quinta-feira, 19 de maio de 2022

Entrega dos Prémios do Concurso de Leitura

Os alunos que ficaram classificados nos três primeiros lugares de cada um dos escalões do Concurso de Leitura receberam os respetivos prémios, no decorrer de uma sessão que aconteceu no âmbito da programação da Feira do Livro do Município.

Com o patrocínio da Câmara Municipal, o prémio traduziu-se na entrega de um cheque-livro que os contemplados devem aplicar na aquisição de obras à sua escolha, disponíveis no certame, que decorre até domingo, no Jardim dos Poetas.

A sessão contou com a presença do Presidente da Câmara Municipal e Vereadores, Diretor do Agrupamento, professores e educadoras, assistentes operacionais, familiares e, como é óbvio, dos próprios galardoados.

Nas suas intervenções, tanto o autarca Augusto Marinho como o Diretor Carlos Louro enalteceram o poder da leitura na formação de cidadãos esclarecidos e felizes, felicitando os premiados, assim como as respetivas famílias e a escola, na pessoa dos professores.

A circunstância foi também aproveitada para dirigir uma palavra de gratidão ao Bibliotecário Municipal, Arsénio Dias, que acaba de passar à situação de aposentado, pela sua vida de dedicação ao livro e à leitura.

Os premiados

Organizado em seis escalões, a edição deste ano letivo apurou os seguintes resultados, na Educação Pré-escolar: turmas A, D e E da Escola Básica Diogo Bernardes (ex aequo), Escola Básica de Entre Ambos-os-Rios e Escola Básica de Crasto (sala A).

No escalão dos 1.º e 2.º anos do 1.º Ciclo, os premiados foram Francisco Viana Coelho (2.º ano da EB Diogo Bernardes), Beatriz Lobo (2.º ano da EB Crasto) e Lara Vieira (1.º ano da EB Diogo Bernardes). Por sua vez, no escalão dos 3.º e 4.º anos, os melhores desempenhos foram alcançados por Miguel Ângelo Carvalho (4.° ano da EB Crasto), Marta Esteves Alves (3.° ano da EB Diogo Bernardes) e Valentim Monteiro Cerqueira (4.° ano da EB Diogo Bernardes).

No 2.º Ciclo do Ensino Básico, Francisca Martins Cerqueira (6.º ano) obteve o primeiro lugar, seguindo-se, ex aequo, Simão de Brito Alves (5.º ano) e António Agostinho Cerqueira (6.º ano).

Já no 3.º Ciclo, o pódio foi ocupado, respetivamente, por Leonor Imperadeiro Lemos, Maria João Esteves Pereira e Maria Rodrigues Pereira Rego, todas do 7.º ano, enquanto no Secundário as vencedoras foram Rita Lima Ribeiro (12.º ano), Rita Rodrigues Vilela (12.º ano) e Mariana Rafaela Sousa da Silva (11.º ano).

O Concurso de Leitura é uma atividade já com um longo percurso, que resulta de um trabalho conjunto dos Departamentos da Educação Pré-escolar, do 1.º Ciclo e de Línguas, em articulação com a Biblioteca Escolar e a Biblioteca Municipal.  

A Organização

segunda-feira, 16 de maio de 2022

OPINIÕES DE SEGUNDA

Pertinência da energia nuclear

Faz parte do quotidiano da vida dos Portugueses e, nos últimos tempos, ganhou redobrada atualidade. É a crise, a crise financeira, a crise económica, a crise energética, a crise social, a crise humanitária.

Na sua crónica desta segunda, Clara Marinho fala destas fragilidades de Portugal e chama a atenção para o problema energético, colocando a questão: “Deve o país avançar para esta fonte de energia mais barata?”

A ler… e pensar!

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"Deve o país avançar para esta fonte de energia mais barata?"

A crise económica portuguesa – Não é novidade que Portugal é um dos países mais pobres da Europa, e este facto tem efeitos negativos na população portuguesa.

Nós, enquanto povo, sofremos com o estado debilitado da nossa economia, mas será que poderíamos ter feito alguma coisa para mudar a nossa situação atual?

Na minha opinião, o facto de sermos muito dependentes de outros países é um fator negativo. Uma das maiores crises financeiras que se fez sentir em todo o mundo foi a de 2008, e começou nos Estados Unidos da América. Portugal já se debatia com a estagnação do crescimento económico e com a queda de emprego desde o início do século, mas, quando a crise do subprime atingiu Portugal, a atividade económica do nosso país diminuiu drasticamente e Portugal foi afetado nas suas exportações e no crédito bancário.

Todos nós estamos a par do que se passa na Ucrânia e sabemos das sanções que estão a ser impostas à Rússia por diversos países, incluindo Portugal. Os impactos negativos que estas sanções estão a ter em Portugal já fazem parte do nosso quotidiano. Exemplo disso é o aumento dos custos energéticos, como os combustíveis, o gás, a energia elétrica, assim como de outros produtos. Estas são algumas das consequências diretas desta guerra de poder.

Portugal encontra-se numa situação difícil, tem uma dívida externa acentuada, e uma dependência do exterior muito elevada, talvez consequência de políticas erradas e de falta de visão. Se adicionarmos a esta crise económica a corrupção, estamos perante uma combinação perigosa.

A questão energética é muito sensível, pois é um dos mais importantes fatores produtivos. Aqui chegados, devemos refletir sobre a pertinência da energia nuclear. Deve o país avançar para esta fonte de energia mais barata? Qual o seu impacto económico? Que riscos estão associados? Deve Portugal ter uma palavra a dizer na central nuclear espanhola que se encontra junto à fronteira portuguesa?

Em conclusão, Portugal é um país frágil, em termos económicos, e uma má gestão da nossa economia agrava o problema. É importante que os jovens tenham conhecimento da nossa situação económica e política, pois isso tem um profundo impacto no nosso futuro, enquanto cidadãos e profissionais do nosso país.

Clara Marinho, 9.º ano.

sábado, 14 de maio de 2022

Agrupamento partilha projetos 

em reuniões da DGEstE

Três projetos do Agrupamento de Escolas de Ponte da Barca foram apresentados em reuniões de “microrrede temática de partilha”, promovidas pela Equipa Regional do Norte da Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares (DGEstE), nos dias 3, 4 e 11 de maio.

Ao longo de três sessões por videoconferência, os professores Luís Arezes, Renato Ferreira e Lucília Oliveira, deram a conhecer as dinâmicas educativas do “Opiniões de Segunda” e do programa semanal de rádio “Leituras e Companhia”. Os professores Emanuel Cruz e Lucília Oliveira deram ainda conhecimento do projeto “IamART”.

A participação do Agrupamento surgiu na sequência de um convite formulado pelo CENFIPE (Centro de Formação e Inovação dos Profissionais de Educação/ escolas associadas do Alto Lima e Paredes de Coura), constituindo uma excelente oportunidade de partilha de práticas sobre os temas “Estratégias de ensino-aprendizagem promotoras do desenvolvimento de competências do PASEO” e “Ambientes de Aprendizagem ativos e inovadores”.

As sessões possibilitaram ainda um interessante e produtivo debate em torno dos temas em análise, com a participação ativa de representantes da Tutela, de Centros de Formação de Professores e de agrupamentos de escolas/ escolas não agrupadas.

A Organização

sexta-feira, 13 de maio de 2022

Alunos do 12.º ano aplaudem 

“Memorial do Convento”

Os alunos do 12.º ano da Escola Secundária de Ponte da Barca foram ao teatro para assistir a uma encenação inspirada no romance “Memorial do Convento”, de José Saramago.

O espetáculo aconteceu no Cine-teatro Garrett, na Póvoa de Varzim, e teve encenação e produção da companhia “ETCetera Teatro”.

Com esta aula aberta, os alunos puderam contactar com uma leitura teatral desta obra clássica de José Saramago, que faz parte dos conteúdos programáticas que estão a trabalhar na disciplina de Português.

Esta foi também uma oportunidade para os estudantes apreciarem e aplaudirem os múltiplos códigos cénicos, da força da palavra ao silêncio, da expressividade do movimento à postura em palco, da indumentária e dos adereços à música e à sonoplastia.

O balanço global da atividade é claramente positivo, tal a riqueza e a diversidade das linguagens levadas a palco e o forte contributo proporcionado, ao nível da qualidade das aprendizagens e do exercício da cidadania.

Os docentes de Português do 12.º ano

segunda-feira, 9 de maio de 2022

OPINIÕES DE SEGUNDA

Ensinam-nos tudo!

Diz-se que são pais duas vezes e, de facto, a intensidade da presença dos avós deixa uma marca profunda na vida da maioria das pessoas.

Na crónica desta semana, Raquel Neiva celebra a sua grandeza e presta uma homenagem sentida à sua avó materna, a quem deve quase tudo o que sabe: “ensinou-me a ser feliz, apesar de todas as circunstâncias, (…) ajudou-me a perceber que as dificuldades também nos ajudam a crescer.”

"Os avós ensinam-nos tudo, exceto a viver sem eles."

Os avós ensinam-nos tudo, exceto a viver sem eles. Desde que nascemos, estão prontos para nos amar, ajudar e, sobretudo, ensinar.

Conforme vamos crescendo, vamos criando maior ligação com um deles, no meu caso é a minha avó materna. Eu passei a maior parte da minha vida com ela e, com o passar do tempo, foi ela que me ensinou a maioria do que sei hoje.

Ensinou-me a falar, a andar e, quando tive dificuldades em aprender a tabuada, ela ajudou-me. Mais importante do que tudo, ensinou-me a ser feliz, apesar de todas as circunstâncias.

A minha avó ajudou-me a perceber que as dificuldades também nos ajudam a crescer. Como nasci numa época de sofrimento para ela, tornei-me na esperança de um futuro melhor. Talvez por isso é que eu e ela temos esta conexão tão especial.

A primeira vez que li "Os avós ensinam-nos tudo, exceto a viver sem eles", deu-me que pensar. Como vai ser, um dia, estar em casa sem a ouvir a rir ou a resmungar comigo, porque deixei a luz do corredor acesa? Como vou viver o resto da minha vida sem ela para me acalmar e fazer rir? Assusta-me a simples ideia da vida sem ela ao meu lado…

Se é verdade que os avós nos ensinam tudo, exceto a viver sem eles, resta-nos a consolação de saber que os que amamos nunca partem. Ficam sempre connosco, no nosso mundo.

Raquel Neiva, 10.º ano.

segunda-feira, 2 de maio de 2022

OPINIÕES DE SEGUNDA

 Agradecer aos Bombeiros

Estão sempre alerta para partir em socorro de uma  emergência.

Na opinião de Gonçalo Gonçalves, Ricardo Reis e Simão Calheiros, são verdadeiros heróis do Voluntariado e do serviço altruísta, a quem a sociedade muitas vezes não dá o devido valor.

O que não deixa de ser lamentável. Porque – afirmam – “os bombeiros merecem todo o nosso respeito e a nossa profunda gratidão.”

"(...) Os bombeiros merecem 
todo o nosso respeito e a nossa profunda gratidão."

Com a chegada do tempo quente, os bombeiros voltam a estar na ordem do dia, apesar de terem um trabalho extraordinário que se desenvolve ao longo de todo o ano e que nem sempre é devidamente valorizado.

Poucas são as pessoas que se dedicam ao seu ofício de corpo e alma. Poucas são as que apostam a sua vida pela do outro, pelo bem comum. Mas podemos identificar estas características nos nossos soldados da paz, nos nossos bombeiros.

Bombeiros são para nós sinónimo de generosidade, abnegação e sacrifício. Numa sociedade atravessada por numerosos fenómenos de egoísmo e de crueldade contra o homem, o voluntariado no serviço próximo constitui uma força de primeira ordem, um autêntico valor. Estas corporações são, aliás, de interesse público, visto que desempenham tarefas de extrema importância para a nossa segurança, o nosso bem-estar, e para a preservação do nosso património.

Lamentavelmente, este reconhecimento não é, de todo, evidenciado por grande parte da nossa sociedade. Ainda existem, infelizmente, bastantes pessoas que têm uma imagem desvalorativa dos nossos soldados da paz.

A verdade é que os bombeiros merecem todo o nosso respeito e a nossa profunda gratidão. Porque não há maior generosidade do que estar sempre pronto para dar a “Vida por Vida”. Voluntariamente!

Ricardo Reis, Gonçalo Gonçalves e Simão Calheiros, 11.º ano

domingo, 1 de maio de 2022

O elogio do “Respeito”

Foi um verdadeiro hino ao valor do “Respeito” o espetáculo apresentado pelo Grupo de Teatro MiNC Juvenil a alunos do 8.º ano da Escola Secundária de Ponte da Barca.

Encenado por Ana Rosário Costa, o espetáculo aconteceu no auditório da Escola e constituiu um momento de singular beleza, em que os participantes puderam apreciar e aplaudir múltiplos códigos cénicos, da força da palavra ao silêncio, da expressividade do movimento à postura em palco, da indumentária e dos adereços à música e à sonoplastia.


A representação – que ofereceu ainda o mérito inspirador de ser levada a palco por atores que eram colegas do público – teve uma primeira parte em que duas irmãs deram vida a uma paródia do quotidiano em família, ridicularizando situações do dia a dia, num contexto localizado em Ponte da Barca.

Seguiu-se um momento de grande intensidade humanista, um verdadeiro hino ao valor do “Respeito” pelo Homem, pela Natureza, pelos Idosos, pelos Pobres, pelos Refugiados. A terminar, foi deixada uma mensagem de aceitação e de esperança e confiança nas capacidades de cada um.

Biblioteca Escolar