segunda-feira, 23 de maio de 2022

OPINIÕES DE SEGUNDA

Sobre a eutanásia

Nesta segunda, retomamos um tema considerado fraturante, tendo em conta as múltiplas dimensões que envolve.

Sara Rodrigues reconhece que “o assunto é delicado”, mas, apesar do desespero que estas situações-limite acarretam, diz “não querer acreditar que a solução está na opção pela eutanásia.” Prefere “continuar a acreditar no amor e na ciência e encontrar neles a força para viver em dias difíceis.”

"Prefiro continuar a acreditar no amor e na ciência."

Sei quanto o assunto é delicado. Falo da eutanásia, que, de uma forma simples, pode ser apresentada como a ação deliberada para apressar a morte de um doente.

Todos nós conhecemos casos de desespero, de dor inexplicável, mas continuo a não querer acreditar que a solução está na opção pela eutanásia. Não quero aceitar que, em momento algum, tenha de ser eu ou algum dos meus a fazer esta escolha.

Concordar com esta alegada solução é desistirmos de alguém que amamos, pelo que temos de lutar para que o Estado não legalize um “homicídio premeditado”. Em vez disso, os responsáveis devem é criar cada vez mais condições para que não se chegue a este caso extremo.

Admito que esta minha posição possa incomodar quem já, por alguma vez, desejou que a eutanásia fosse legal. Mas o grande problema é que esta opção, profundamente angustiante, é uma decisão irreversível.

Termino com a esperança de que não se desista da vida humana. Prefiro continuar a acreditar no amor e na ciência e encontrar neles a força para viver em dias difíceis.

Sara Rodrigues, 12.º ano.

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