quarta-feira, 26 de outubro de 2022

 Alunos do 9.º ano debatem Métodos de Estudo

Em articulação com a Direção de Turma e os docentes de OFC, CD e PORT, o professor bibliotecário desenvolveu com cada uma das cinco turmas do 9.º ano de escolaridade uma sessão sobre metodologias de estudo.

O trabalho teve como objetivo educar para a autonomia e para o espírito crítico, suscitando nos alunos a apropriação de metodologias e técnicas de trabalho, e apoiar os utilizadores na apropriação de métodos de trabalho e de estudo autónomo, acompanhando-os na consolidação de competências e de hábitos de trabalho, baseados na consulta, tratamento e produção da informação.

Foi uma oportunidade para analisar/ refletir sobre uma série de situações a evitar e sobre opções a tomar quanto antes, no sentido de tornar o trabalho mais rentável, favorecendo a autonomia dos alunos.

A importância de uma alimentação adequada, de descanso e de momentos de lazer, e a necessidade de criar rotinas de estudo diário, com um horário fixo, foram outros aspetos explorados, assim como um conjunto de recomendações práticas para tornar o estudo mais produtivo.

No final, foi distribuída a cada participante uma brochura intitulada “Metodologia de Estudo”, da autoria do Prof. Luís Arezes, que apresenta seis etapas para um método de estudo e elenca 26 normas para o trabalho individual.

Na página web do Agrupamento (“Alunos”, “Materiais de Apoio”) e no blogue da Biblioteca Escolar (página “Materiais de Apoio”) continua disponível o tutorial utilizado na dinamização da atividade, um documento de apoio aos estudantes e respetivos encarregados de educação, que se vem juntar a outros já anteriormente disponibilizados.

O trabalho revelou-se muito produtivo, despertando nos alunos grande interesse e um sentido de compromisso, tendo em vista a alteração de comportamentos e de atitudes e uma maior responsabilização quanto às tarefas escolares.

Biblioteca Escolar

segunda-feira, 24 de outubro de 2022

NO DIA DAS BIBLIOTECAS ESCOLARES...

 Um ratinho especial

 

Para abordar a leitura,

De um rato vou falar,

O que roía os livros

De uma forma invulgar.

 

O ratinho comilão

Adorava a leitura,

Entrava na biblioteca,

Comia livros à fartura.

 

Este rato roedor,

Temido por muita gente,

Roía sem estragar,

Porque era inteligente!

 


O menino, com preguiça,

Os livros, arrumava,

Mas o pequeno animal

Roía e estudava.

 

Roía e estudava?

Oh que facto tão estranho…

Um rato não estragar?!

Disparate sem tamanho!

 

Este rato pequenino

Apenas a letra devora,

Quer ler, quer aprender,

E que fazer agora?

 

Por favor, não façam nada

Contra o ratinho estudioso,

Depois de ler tudo e saber,

Põe as palavras, é zeloso.

 

E tu, que estás na biblioteca,

Responde sem hesitação,

Também és como o ratinho?

Aprendeste a sua lição?!

                                           Prof.ª Rosa Maria Sousa

sábado, 22 de outubro de 2022

... UMA "ESCOLA A LER"

 António Mota aos alunos do 6.º ano:

– “Ler não engorda”

O escritor António Mota partilhou com os alunos do 6.º ano do Agrupamento de Escolas de Ponte da Barca um forte apelo à leitura, porque sem ler é impossível escrever bem e interpretar a vida e o mundo de uma forma adequada e, além do mais, ler não engorda.

Falando no Auditório Municipal, no âmbito do projeto “As palavras que nos unem”, o escritor conversou com os mais novos sobre o seu processo criativo – que se traduz em mais de uma centena de livros publicados – e recordou também memórias da sua infância e adolescência, até porque o encontro tinha como mote “Eu já fui da vossa idade”.

A sessão foi aberta pela Vereadora da Educação e Cultura, Rosa Maria Arezes, que a todos deu as boas-vindas, aplaudindo a riqueza e as potencialidades da leitura, cabendo depois João Morales, programador da iniciativa, a tarefa da moderação da conversa que, para curiosidade dos alunos, foi acompanhada em língua gestual.

Num registo descontraído e informal, António Mota falou da vida que cada palavra tem e da magia da escrita, sublinhando, no entanto, que gosta muito mais de ler do que de escrever e ainda bem, porque – explicou – para se escrever com qualidade é preciso ler, ler, ler muito.

Entre recordações da infância e da adolescência e partilha do ambiente que rodeia a criação dos seus enredos, personagens e espaços literários, o convidado respondeu às múltiplas perguntas dos participantes, recomendando ainda alguns livros que lhe são especialmente queridos.

Se, na sequência desta conversa, algum de vocês tiver curiosidade e resolver ler um livro, confesso que já ganhei o dia, porque – concluiu António Mota – talvez tenha ganho um leitor.

E nem de propósito. O autor acabaria por ser surpreendido por uma aluna, a Matilde Pimenta, que brindou o auditório com a leitura – bem expressiva – de um excerto de um dos seus livros, atitude que mereceu um caloroso aplauso. 


Recorde-se que “As palavras que nos unem” foi uma iniciativa no âmbito de um projeto da Comunidade Intermunicipal do Alto Minho (CIM Alto Minho), envolvendo os 10 Municípios em encontros literários com autores portugueses, com o objetivo de promover uma reflexão sobre o poder das palavras enquanto instrumento privilegiado para combater desigualdades, alertar para a exclusão e motivar coletivamente para a coesão social.

Com esta participação, a comunidade escolar deu mais um passo no seu esforço diário de promoção do livro e da leitura, reforçando o desígnio da construção de uma “Escola a Ler”.

Biblioteca Escolar

terça-feira, 18 de outubro de 2022

... UMA "ESCOLA A LER" NO CENTENÁRIO DE JOSÉ SARAMAGO

“A Maior Flor do Mundo”

A Biblioteca Escolar dinamizou uma sessão da hora do conto centrada na exploração da obra “A Maior Flor do Mundo”, de José Saramago.


O trabalho envolveu todas as salas/ turmas da Educação Pré-escolar e do 1.º Ciclo das Escolas Básicas de Crasto e de Entre Ambos-os-Rios e ainda as turmas dos 1.º e 2.º anos da EB Diogo Bernardes.

Com esta dinâmica, pretendeu-se dar um contributo para o envolvimento dos mais novos na celebração do centenário do escritor, que nasceu a 16 de novembro de 1922, e também mobilizá-los para as grandes desafios da proteção do meio ambiente e da sustentabilidade.

Biblioteca Escolar

segunda-feira, 17 de outubro de 2022

Assinaturas do “Público” para alunos do Secundário aprofundarem cidadania e literacia mediática

 

Os alunos do Ensino Secundário voltam a ter ao seu dispor, até ao final do ano letivo, 12 assinaturas digitais (individuais e não transmissíveis) grátis do jornal “Público”.

Este serviço resulta de mais uma candidatura apresentada pelo Plano Nacional das Artes do Agrupamento de Escolas de Ponte da Barca, com o objetivo de proporcionar às turmas do Secundário oportunidades de dinamização de trabalhos, utilizando o jornal como um recurso pedagógico, e, ao mesmo tempo, o desenvolvimento de projetos que promovam a literacia dos “media”.

As assinaturas permitem o acesso às notícias de forma ilimitada e a conteúdos exclusivos, incentivando o compromisso cultural com a comunidade educativa e promovendo a participação, fruição e criação cultural, numa lógica de inclusão e aprendizagem.

Em tempos de desinformação e de crescente manipulação dos cidadãos, a informação credível, sustentada na verdade dos factos e em opiniões qualificadas, é um bem essencial para navegarmos nestes tempos excecionais em que vivemos, num exercício adulto de cidadania que aposta na literacia mediática e na responsabilização cultural.

Usar o jornal como recurso pedagógico, quer no consumo da informação, quer na produção dessa informação, permite dar espaço e voz aos mais jovens de modo transdisciplinar, servindo o Plano Nacional das Artes e o “Público” como agentes potenciadores de aprendizagens mais significativas, para além de oferecerem a diversificação de estratégias pedagógicas que vão ao encontro das competências preconizadas no “Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória”.

Recorde-se que este programa orientado para os estudantes comprometidos com o Plano Nacional das Artes acontece no âmbito de uma parceria estabelecida entre o Ministério da Cultura e este meio de comunicação social.

A equipa PNA | PCE

sexta-feira, 7 de outubro de 2022

DIA NACIONAL DOS CASTELOS

 VISITA GUIADA AO CASTELO DA NÓBREGA

Em Ponte da Barca, quando se fala em castelos, somos imeadiatamente levados a pensar no de Lindoso.

Trata-se de um castelo muito conhecido, cuja antiguidade é atestada pelas “Inquirições” de 1258 e que, ao longo dos primeiros séculos da Nacionalidade e também nas campanhas da Restauração ou Aclamação (1641-1664), desempenhou um importante papel na defesa do Vale do Lima.

No Dia Nacional dos Castelos, impõe-se, no entanto, a visita a um outro menos conhecido, apesar de central na história e na identidade desta terra e das suas gentes – o castelo da Nóbrega.

O vocábulo “Nóbrega” é, provavelmente, de origem celta e significa “local fortificado”. Refere-se ao castro defensivo que existiu, durante séculos, no enorme e quase inacessível maciço rochoso de granito, de cota 775, sobranceiro ao lugar de Ventuzelo (Livramento), na freguesia de Sampriz.

Pela sua localização estratégica, designou uma das circunscrições em que, desde os tempos romanos ou mesmo pré-romanos, o território se dividia para fins administrativos, judiciais, militares e religiosos. Na Idade Média, deu mesmo nome à Terra da Nóbrega (e não Terras da Nóbrega…), circunscrição territorial que, mais tarde, passou a ser conhecida por Ponte da Barca.

Local do castelo da Nóbrega, visto do lado sul

O texto mais antigo que se conhece a mencionar o nome de “Nóbrega” (ou “Anóbriga”) é um inventário dos bens do mosteiro de Guimarães, do ano de 1059. O primeiro governador militar da Terra da Nóbrega, depois da constituição do Condado Portucalense, parece ter sido Ourigo Ourigues, O Velho, que restaurou a fortaleza, um castelo roqueiro em madeira. Seguiram-se-lhe Ourigo Ourigues e Rodrigo Mendes, ambos mencionados num documento de 1195.

Os séculos medievais da fundação da nacionalidade e da afirmação de quem somos foram tempos de enorme importância para o castelo. À sua proteção se acolhiam as populações das freguesias, sempre que se sentiam ameaçadas. E estas mesmas freguesias contribuíam para a sua grandeza e para o sustento do casteleiro.

Depois, a partir do séc. XV, deixou de ter importância defensiva. Vieram os tempos em que a Nação se voltou para o mar e nasceu um Portugal de navegadores... O castelo começou a cair no abandono e a entrar em ruínas, tal como a vizinha ermida de S. Miguel Arcanjo!

Em 1527, o “Numeramento” da população refere o castelo, dizendo que está situado “sobre uma frágua, ermo e casi no meo do concelho”. As suas ruínas, porém, ainda seriam aproveitadas, mais de um século depois, quando os tambores da guerra com Espanha voltaram a soar, durante as campanhas da Restauração ou da Aclamação, entre 1641 e 1664.

Vista do Vale do Lima, a partir do local do castelo

No verão de 1662, o general inimigo não hesitou em ocupar as suas ruínas. Baltasar Pantoja tinha estabelecido o seu quartel no Paço de Giela, em Arcos de Valdevez, e, no dia três de agosto desse ano, deu ordens às suas tropas para, em Vila Nova de Muía, atravessarem o rio Lima e subirem em direção ao castelo. A partir das alturas do Livramento, queria apoiar o ataque a Ponte de Lima e a Braga. É verdade que não o conseguiu, graças à pronta atuação de D. Francisco de Sousa, conde de Prado e governador das Armas do Minho. Mas nem por isso se foi embora. Bem pelo contrário! Utilizou as suas ruínas para coordenar as forças que atacaram a vila e o concelho de Ponte da Barca e tomaram o castelo de Lindoso. 

As incursões dos soldados invasores alargaram-se, de facto, à maior parte do concelho. A igreja matriz de Ponte da Barca foi uma das principais vítimas. Ficou em tal estado que o culto teve de ser transferido para a igreja da Misericórdia. Só passadas mais de duas décadas é que começaram as diligências para restaurar o templo, uma obra que conheceu altos e baixos e se prolongou pela primeira metade de Setecentos.

Quanto ao castelo de Lindoso, em 1662 caiu nas mãos dos espanhóis, mas, nos princípios de 1664, foi, definitivamente, reconquistado.

E assim, pela última vez, o castelo da Nóbrega esteve na linha da frente da nossa História. E foi personagem no capítulo decisivo da nossa Restauração.

Hoje, é uma lição, quase apagada no tempo! Uma lição que apenas a memória e a vontade de saber quem somos e que História temos nos obriga a conhecer e a guardar.

Luís Arezes

quinta-feira, 6 de outubro de 2022

Exposição assinala 112 anos da República

Encontra-se patente ao público, até ao próximo dia 14 de outubro, no átrio do bloco C da Escola Secundária, uma exposição que assinala os 112 anos da proclamação da República.

Promovida pela Biblioteca Escolar, a mostra apresenta três painéis que recuperam trabalhos desenvolvidos no contexto das celebrações do centenário, em 2010: “Da Monarquia à República”, “Educação e Ensino na 1.ª República”, e “A República em Ponte da Barca”.

A Organização