segunda-feira, 30 de novembro de 2020

 “Opiniões de Segunda” – A “morte do outro” ocupa-me o pensamento

Para muitos, é um tema tabu. Uma questão delicada e sensível, “que muitas vezes tentamos ocultar”.

Pois bem, é da morte que a Ana Beatriz Gonçalves nos fala na sua crónica desta semana. E do sentimento de perda. «Tudo isto porque, talvez fruto das circunstâncias inimagináveis que vivemos, "a morte do outro" ocupa-me o pensamento.»

"Todo o amor, se quiserem, é uma forma de suicídio."

"A morte do outro" – Um dia, perguntaram-me se eu achava que o sofrimento da perda de um irmão gémeo seria igual ao da perda de outro irmão. A minha resposta foi instantânea: "Irmão é irmão".  No entanto, nos últimos tempos, tenho pensado muito nisto.

Irmão é irmão, mas aquele que desde o primeiro instante esteve ligado a nós, aquele com quem festejamos o aniversário, aquele que vemos quando nos olhamos ao espelho, admito que nos toque ainda mais a sua ausência.

Tudo isto porque, talvez fruto das circunstâncias inimagináveis que vivemos, "a morte do outro" ocupa-me o pensamento. Trata-se de um assunto delicado e sensível, que muitas vezes tentamos ocultar. Talvez por amarmos a vida, a morte apareça como algo tão dolorosa que melhor é não falar nela.

Mas a verdade é que todos os seres humanos sabem que a morte é inevitável. Não tem dia nem hora marcada, simplesmente aparece e não há nada que possamos fazer! Será que, se soubéssemos a hora da sua chegada, isso nos traria tranquilidade? Sou uma adolescente de 16 anos e confesso que o que mais me assusta é a morte "dos meus". Assusta-me pensar na falta da sua presença, na falta daquele braço! 

Termino com uma frase de um livro, que muitas vezes me faz pensar: "Não é tanto a minha própria morte que é intolerável, mas, sim, a morte daqueles que me rodeiam. Porque os amo. E parte de mim morre com eles. Portanto, todo o amor, se quiserem, é uma forma de suicídio".

Ana Beatriz Gonçalves, 11.º ano. 

sábado, 28 de novembro de 2020

 Animação teatral promove valores

A importância dos valores da solidariedade, da convivência e da entreajuda no combate aos medos e no reforço da autoestima e da confiança estiveram no centro de uma animada teatralização que entusiasmou as crianças da Educação Pé-escolar e do 1.º ano do Ensino Básico do Agrupamento de Escolas de Ponte da Barca.

A atividade foi dinamizada pela atriz e contadora de histórias Inácia Cruz e partiu do livro “Salto, Saltinho, Saltão – Cantor de Vocação”, de Júlio Borges e ilustração de Ângela Vieira, obra selecionada para o concurso de leitura deste escalão.


Ao longo de várias sessões pelas Escolas Básicas de Crasto, Entre Ambos-os-Rios e Diogo Bernardes, Inácia Cruz deliciou os miúdos com uma interpretação criativa da obra, proporcionando-lhes uma experiência entusiasmante, com todos a sentirem-se envolvidos na história, interagindo com a convidada e sentindo o fascínio da língua materna, do livro, da leitura e da expressão cénica.

A criatividade, a fantasia e a riqueza expressiva da comunicação teatral foram outras dimensões exploradas nesta atividade organizada pela Biblioteca Escolar (BE), que resultou, mais uma vez, da parceria existente entre o Agrupamento e as Edições Opera Omnia.

Numa fase prévia, os encontros foram preparados com um trabalho conjunto entre as educadoras, os docentes titulares da turma e a BE, que dinamizou a Hora do Conto, com a leitura expressiva da obra.

Biblioteca Escolar

quinta-feira, 26 de novembro de 2020

Alunos do 1.º Ciclo participam em animação teatral



Os alunos dos 2.º, 3.º e 4.º anos do Agrupamento de Escolas de Ponte da Barca participaram numa teatralização inspirada na obra “A Lágrima”, de Guerra Junqueiro, com ilustração de Susana Lima.

O trabalho foi dinamizado pelo ator e contador de histórias Rui Ramos, que, ao longo de dois dias, visitou as Escolas Básicas de Entre Ambos-os-Rios, de Crasto e Diogo Bernardes, apresentando aos miúdos uma interpretação muito interessante do livro selecionado para o concurso de leitura do 1.º Ciclo.



Para além da interação criada, a animação permitiu um contacto com os múltiplos códigos da linguagem teatral, desafiou a imaginação e a criatividade dos participantes e promoveu a apetência pelo livro e pela leitura.

Entre os valores trabalhados, destacam-se os da solidariedade e da justiça social, para além de uma forte mensagem ao nível da educação ambiental e proteção da natureza.

Os encontros foram preparados pela equipa da Biblioteca Escolar, que, na “Hora do Conto”, fez com cada uma das turmas a leitura expressiva da obra, e pelos respetivos professores titulares, que, posteriormente, exploraram “A Lágrima”.

Recorde-se que esta atividade se desenvolveu no âmbito da parceria existente, desde há vários anos, entre o Agrupamento de Escolas e as edições “Opera Omnia”.

Biblioteca Escolar    

segunda-feira, 23 de novembro de 2020

 Opiniões de Segunda” – Alertas da pressão escolar

Com o ano letivo em pleno andamento, o Luís Filipe Cerqueira traz para a reflexão um tema quantas vezes desvalorizado: a pressão escolar e suas consequências.

Os desafios são, por vezes, demasiado exigentes. E “o aluno acaba por ter pouco tempo para si mesmo e para estar com a sua família e amigos, estimulando e criando laços afetivos tão importantes nesta fase de desenvolvimento, a adolescência.”

Como conseguir o equilíbrio?

É importante uma mudança drástica 
na forma como se lida com a escola.

Aprender a lidar com a pressão escolar – Para este texto, optei por apresentar um tema que, na minha opinião, é fundamental debater, uma vez que atinge a maior parte dos estudantes: a pressão escolar.

De facto, o incentivo para o estudo e para a aprendizagem formal na escola é cada vez mais intenso. Além disso, o aumento da escolaridade obrigatória e o desejo, sobretudo, dos pais de quererem filhos formados para enfrentar um futuro demasiado desafiante, levam a que haja uma pressão nos estudos que arrasta, muitas vezes, os estudantes para situações-limite.

Entre o número excessivo de horas escolares obrigatórias e as aulas extra (explicações, apoios…), o aluno acaba por ter pouco tempo para si mesmo e para estar com a sua família e amigos, estimulando e criando laços afetivos tão importantes nesta fase de desenvolvimento, a adolescência.

Neste contexto, é comum percebermos que cada vez mais é difícil lidar com a frustração e o insucesso, pois o investimento feito, tanto em termos humanos como financeiros, é demasiado grande. Por este motivo, torna-se comum os alunos sofrerem de ansiedade, depressão e outras doenças, que muitas vezes, se não forem devidamente tratadas, podem levar a graves consequências. Note-se, por exemplo, que o suicídio entre os jovens tem vindo a aumentar.

Em suma, é importante, a meu ver, uma mudança drástica na forma como se lida com a escola, pois a pressão escolar pode acarretar sérios problemas.

Luís Filipe Cerqueira, 12.º ano.

segunda-feira, 16 de novembro de 2020

 “Opiniões de Segunda” – Benefícios de um passatempo                       que nos faça sorrir

Tão importante como o trabalho são os momentos de lazer, o tempo dedicado ao nosso passatempo favorito.

Na opinião da Íris Almeida, “ter um hobby é extremamente importante, pois só traz benefícios para a nossa saúde, aumenta a longevidade e ajuda-nos a fluir.”

"Nunca deixem de fazer o que gostam."

Benefícios de um passatempo que nos faça sorrir – Após seis meses em casa, finalmente voltamos à escola. Claro que temos que nos preocupar com os estudos e com os exames, mas também temos que manter a nossa saúde mental.

Termos algum passatempo é extremamente importante para a nossa saúde, seja ela física ou mental. Existe uma imensa variedade de hobbys a que nos podemos dedicar, de acordo com o gosto de cada um, apenas temos que encontrar aquele que nos faça sorrir nos tempos mais difíceis e stressantes.

A verdade é que com o desenvolvimento das novas tecnologias, pouquíssimas pessoas têm um passatempo que não seja ficar no quarto em frente do computador ou do telemóvel, coisa que não é nada saudável.

Quando temos algum passatempo que nos permita o contacto com a natureza, eu digo que somos 75% mais felizes, uma vez que podemos expressar os nossos sentimentos da forma e no local mais puro que existe.

Além disso, como diz o nome “passatempo”, é uma forma de convertermos o tempo que tínhamos e não íamos usar para nada em tempo precioso que nos pode dar aquele momento de que nós tanto precisamos, após um longo dia de escola.

Ter um hobby é extremamente importante, pois só traz benefícios para a nossa saúde, aumenta a longevidade e ajuda-nos a fluir. Existem, aliás, várias histórias de pessoas que tinham um hobby de que gostavam tanto que se tornou o emprego delas. Por isso, nunca deixem de fazer o que gostam e de se manter ocupados, porque serão mais felizes e mais saudáveis.

Íris Almeida, 8.º ano.

segunda-feira, 9 de novembro de 2020

 “Opiniões de Segunda” – Sonhar é viver!

Nesta segunda, a Maria Miguel Gusmão sublinha a importância do sonho na vida de cada um. Na sua perspetiva, trata-se de algo vital: “Sonhar é viver. A essência de cada um de nós transmite-se nos nossos sonhos e nas ambições que temos para o futuro”.

Vale a pena ler. E pensar!

                                            “O Homem é do tamanho do seu sonho” (F. Pessoa).

Sonhar é viver! – “Um homem que não se alimenta dos seus sonhos envelhece cedo”, disse William Shakespeare.

Sonhar é algo inerente ao ser humano, é algo de que precisamos. Alimenta a nossa alma, a nossa mente, os nossos sentidos e sentimentos.

Alimentamos sonhos desde tenra idade, porém todos temos alguns que se destacam, alguns que influenciam as nossas decisões e, até me atrevo a dizer, que provavelmente alguns moldam a nossa personalidade. Sonhar é viver. A essência de cada um de nós transmite-se nos nossos sonhos e nas ambições que temos para o futuro.

Sem metas, sem ambições, sem expectativas, teria a vida algum significado? Seria o Homem capaz de se superar a si mesmo? Provavelmente não, pois apenas quando tomamos o sonho como um ponto de partida (e de chegada) é que temos a motivação e a coragem para ir mais além e conquistar tudo aquilo que sempre desejámos.

A luta pelos nossos objetivos nem sempre é uma tarefa fácil. Por vezes, somos desafiados aos mais altos níveis e chegamos a questionar o motivo pelo qual nos encontramos naquela mesma posição, porém “nada é impossível” e jamais deveremos desistir.

Afinal, somos sempre mais fortes do que aquilo que julgamos que somos.

Maria Miguel Gusmão, 11.º ano.

quinta-feira, 5 de novembro de 2020

BIBLIOTECA ESCOLAR

 Ofertas de Fundo Documental

O fundo documental da Biblioteca da Escola Secundária de Ponte da Barca acaba de ser enriquecido com a doação de um conjunto alargado de materiais.

O Diretor do Agrupamento, Dr. Carlos Louro, disponibilizou vários títulos das áreas das Ciências da Educação, Filosofia, Sociologia, História e Geografia e Literatura.


           Por sua vez, a professora Isabel Gonçalves doou exemplares da série Harry Potter e o professor Rui Gomes ofereceu obras de apoio ao estudo, nomeadamente, das disciplinas de Matemática, Português, Economia A e Educação Tecnológica.

Aos três, muito obrigado!

Biblioteca Escolar

segunda-feira, 2 de novembro de 2020

 “Opiniões de Segunda” – As tecnologias e o espírito crítico

A Sara Lopes traz esta semana para a reflexão um dos grandes desafios do século XXI: o exercício do espírito crítico na utilização das novas tecnologias.

As potencialidades das TIC são enormes, mas os riscos também existem em grande escala. Daí a recomendação da Sara: saber "tirar proveito, sem deixar que nos dominem ou manipulem…".

 

Tirar proveito, com espírito crítico e responsabilidade.

Tirar proveito das tecnologias, sem deixar que nos dominem ou manipulem – Todos sabem que, ao longo dos tempos, a evolução tecnológica tem oferecido um enorme contributo à vida das pessoas.

Nos tempos em que vivemos, em que tudo se agita em constante mudança, estar fora das tecnologias é como estar fora do mundo.

Esta pandemia tem sido um exemplo disso mesmo. Se recordarmos os tempos de quarentena por que passámos, o uso de ferramentas digitais foi vital e permitiu que a vida não parasse. Fez com que, de uma forma diferente, mais impessoal, é certo, conseguíssemos manter a comunicação e estar ao corrente do que acontecia no país e no mundo.

A verdade é que nem tudo é perfeito… Por um lado, a quantidade imensa de informação que surge e que nos obriga a estarmos atentos para conseguirmos filtrar aquilo que interessa e corresponde à verdade daquilo que são as fake news e as notícias sensacionalistas.

Além disso, o uso prolongado das tecnologias aumenta as dependências e corre o risco de fazer com que percamos o contacto de proximidade e deixemos de fazer outras coisas, porventura mais saudáveis e que se revestem de um maior proveito individual e coletivo.

Penso que o mais importante é que tenhamos a noção da importância das novas tecnologias e do impacto positivo que têm na vida de cada um de nós, mas também que estejamos atentos e sejamos cidadãos críticos e responsáveis… Tirar proveito, sem deixar que nos dominem ou manipulem…

Sara Lopes, 7.º ano