A Biblioteca Escolar deseja
BOAS FESTAS
Ferramenta de divulgação interativa das atividades da BE e de promoção das literacias...
"LIBERDADE"
Em
plena quadra natalícia e quatro dias depois da celebração dos 75 anos da proclamação,
pela Assembleia Geral das Nações Unidas, da “Declaração Universal dos Direitos
Humanos” (10/12/1948), a edição desta semana de “A Cantiga é uma Arma” dedica a
sua atenção a um tema clássico – “Liberdade”, de Sérgio Godinho.
Editada
alguns meses depois da Revolução dos Cravos, esta canção de intervenção faz
parte do disco “À Queima-Roupa”, tendo-se afirmado, rapidamente, como um dos
temas mais conhecidos do cancioneiro revolucionário do pós “25 de Abril”.
Depois
de mais de quatro décadas de ditadura, com a Revolução de Abril sentia-se a
aurora esperada de um tempo novo, o país vivia “O dia inicial inteiro e limpo /
Onde emergimos da noite e do silêncio / E livres habitamos a substância do
tempo”, como escreveu Sophia de Mello Breyner Andresen.
Conquistado
o sonho da Liberdade, impunha-se, então, a urgência política de passar à
realidade. E, neste contexto, o refrão da canção torna-se emblemático, inspirando
a mudança de mentalidades e a transformação social:
“Só
há liberdade a sério quando houver
A
paz, o pão,
Habitação,
saúde,
educação
Só
há liberdade a sério quando houver
Liberdade
de mudar e decidir
quando
pertencer ao povo o que o povo produzir.”
Eis
o resumo de uma das grandes aspirações da Revolução, que nos convoca para um
dos três famosos “D”, que
constituíam os propósitos centrais no programa político do MFA: Democracia,
Descolonização e… Desenvolvimento.
Um
desenvolvimento traduzido, antes de mais, na garantia dos direitos fundamentais
do ser humano, consagrados e protegidos numa sociedade democrática.
Quase cinco
décadas depois, a mensagem de “Liberdade” – uma canção que é
considerada como uma espécie de “proto rap” – continua atual, tantos são
os desafios dos nossos dias, ao nível da paz, do pão, da habitação,
da saúde, da educação.
Mais do que palavras de ordem, continuam
necessidades prementes no mundo e também em Portugal, um país que está a
caminho dos 50 anos do “25 de Abril”.
Vamos, então, ouvir – e cantar –
“Liberdade”, com Sérgio Godinho…, um tema cujo refrão é um slogan inesquecível
que o próprio autor descreve como “um grafiti posto em rock”.
Sarau de Poesia celebra espírito natalício
Um grupo alargado de alunos do 1.º Ciclo e ainda
algumas crianças da Educação Pré-escolar deram voz a um Sarau de Poesia que
celebrou o espírito da quadra festiva que estamos a viver.
Promovido pela Biblioteca Escolar, o Sarau decorreu na
BE da Escola Básica Diogo Bernardes, contando também com a presença de colegas,
professores e de alguns encarregados de educação.
Em sintonia, todos deram voz ao encanto da Palavra
feita musicalidade, ritmo, Poesia. Todos exercitaram a fluência leitora em voz
alta e em público e aprofundaram a interação Escola/ Família.
Em suma, todos disseram e sentiram a riqueza e a
beleza da Arte, celebrando o Natal e trabalhando na construção de uma “Escola a
Ler”.
Biblioteca Escolar
Entrega dos prémios do Concurso de Leitura
Os três melhores desempenhos em cada um dos cinco escalões do Concurso
de Leitura 2022/2023 receberam os respetivos prémios, no decorrer de uma sessão
que aconteceu no âmbito da programação da Feira do Livro do Município.
Com o patrocínio da Câmara Municipal de Ponte da Barca, o prémio
traduziu-se na entrega de um cheque-livro que os contemplados aplicaram na
aquisição de obras à sua escolha, disponíveis na Feira, que esteve patente ao
público na Praça da República.
A sessão contou com a presença do Diretor do Agrupamento e da Vereadora
da Educação e Cultura, professores e educadoras, assistentes operacionais,
familiares e, como é óbvio, dos próprios premiados.
Nas suas intervenções, tanto o Diretor, Carlos Louro, como a autarca,
Rosa Maria Arezes, enalteceram o trabalho realizado, felicitando os galardoados,
assim como as respetivas famílias e a escola, na pessoa dos professores.
Os premiados
Organizado em cinco escalões, o concurso 2022/2023 trabalhou, na
Educação Pré-escolar, o livro “Poemas para Brincar e Pensar”, de Isabel Pereira
Santos, tendo sido apurados os seguintes resultados: crianças finalistas da EB
Diogo Bernardes, turma B da EB de Crasto e turma A da EB de Entre
Ambos-os-Rios.
No escalão do 1.º Ciclo (“Os Três Desejos”, de Júlio Borges), os
premiados foram Sophie Miculis de Souza, do 4.º ano da EB Diogo Bernardes,
Mariana Martins Freitas, do 4.º ano da EB de Entre Ambos-os-Rios, e Maria João
Araújo, também do 4.º ano da EB de Crasto.
No 2.º Ciclo (“O Menino-Estrela”, de Oscar Wilde), os três melhores
desempenhos foram conseguidos, respetivamente, por Tomás Dias Veloso, Joana
Paço Gomes e Diogo Sousa Gonçalves, todos do 5.º ano.
Finalmente, no Secundário (“O Acontecimento”, da Prémio Nobel Annie
Ernaux), as vencedoras foram três jovens do 12.º ano, atualmente já a
frequentar o Ensino Superior: José Pedro Cerqueira, Inês Sofia Batista Bago e
Mariana Rafaela Sousa da Silva.
A mobilização para a atividade e a qualidade dos desempenhos dos
participantes constituem um bom indicador do impacto positivo da estratégia em
curso, tendo em vista o reforço da construção de uma “Escola a Ler”.
Recorde-se que o Concurso de Leitura é uma atividade já com um longo
percurso, que resulta de um trabalho conjunto dos Departamentos da Educação
Pré-escolar, do 1.º Ciclo e de Línguas, em articulação com a Biblioteca Escolar
e a Biblioteca Municipal.
A Organização
Promoção
das Literacias em Saúde Oral e da Leitura
As
crianças da Educação Pré-escolar e do 1.º Ciclo do Agrupamento de Escolas de
Ponte da Barca participaram em mais um ciclo de sessões de promoção da higiene
e saúde orais.
A
ação envolveu as 27 salas/turmas a funcionar nas Escolas Básicas Diogo
Bernardes, em Ponte da Barca, de Crasto e de Entre Ambos-os-Rios e foi
dinamizada pela Biblioteca Escolar, em articulação com a equipa de Saúde
Escolar da UCC de Ponte da Barca e ainda a Unidade de Saúde Pública do Alto
Minho (ULSAM).
Com
o objetivo da promoção transversal da higiene e saúde orais, da autoestima,
bem-estar e saúde mental positiva, e também do gosto pelo livro e pela leitura,
o trabalho conheceu um primeiro momento com a Biblioteca Escolar a dinamizar a
leitura expressiva das estórias “Pedro e a Pasta de Dentes” e “Amigas
Inseparáveis”, da autoria dos 3.º A e 3.º B da EB Diogo Bernardes, no último ano
letivo, sob a orientação das professoras titulares Anabela Canossa e Emília
Pinto, e que constam do livro digital “SOBE + NA BARCA”, que a BE editou.
Seguiu-se
uma animada conversa de educação para a saúde oral, com a enfermeira
Alexandrina Rodrigues, da equipa de Saúde Escolar da UCC de Ponte da Barca, a
interagir com os miúdos acerca dos cuidados para manter “dentes fortes,
saudáveis e bonitos”.
Ao
mesmo tempo, aconteceu também a aplicação de verniz de flúor às crianças da
Educação Pré-escolar, pela Higienista Oral Ângela Ferreira, da Unidade de Saúde
Pública do Alto Minho.
O
interesse e envolvimento dos miúdos nas atividades constitui um excelente
indicador quanto ao seu compromisso na adoção de comportamentos amigos da saúde
oral.
Biblioteca Escolar
“Portugal
Resiste”
Na
edição desta semana de “A Cantiga é uma Arma”, visitamos um cantor sem grande
visibilidade pública nos tempos que correm, mas que é considerado um dos
primeiros, ou mesmo o primeiro músico de intervenção.
Num
artigo no jornal “Público” (10/09/2020), Nuno Pacheco não tem qualquer dúvida,
considerando que “o canto de exílio português tem um pioneiro e o seu nome é
Luís Cília”.
De
facto, não é possível falar sobre exílio e canções de protesto sem mencionar Luís
Cília, um compositor e intérprete nascido em Angola, mas que veio para Portugal
em 1959, para prosseguir os seus estudos.
Cinco
anos depois, em 1964, acabaria por se exilar em Paris, apenas regressando uma
década mais tarde, a 30 de abril de 1974, no avião em que vieram também umas
quatro dezenas de exilados políticos, entre outros, Álvaro Cunhal e José Mário
Branco.
Neste
período de 10 anos, realizou recitais junto das comunidades emigrantes dos
“bidonvilles” parisienses e em quase todos os países da Europa, denunciando a
guerra colonial e a falta de Liberdade no nosso país. Na altura, os seus discos
entravam em Portugal, clandestinamente, e animavam os convívios da Resistência.
No
ano em que Luís Cília chega a Paris, 1964, chega também à capital francesa
Manuel Alegre. Numa entrevista a João Céu e Silva, publicada no “Diário de
Notícias” (22/02/2018), Cília recorda que conheceu o poeta e resistente
antifascista “num café do Quartier Latin” e que, de seguida, foram “para o
quartinho onde eu vivia, num sétimo andar no Boulevard Sebastopol, onde ele ia
dizendo os poemas e eu musicava.”
E
assim nasce o seu primeiro disco, “Portugal-Angola: Chants de Lutte” (1964),
uma gravação que em boa medida é facilitada pela amizade que, entretanto, havia
travado com a cantora Collete Magny, que o encaminhou para a famosa editora
Chant du Monde.
Trata-se
de um disco que é uma afirmação da Liberdade e um protesto veemente contra a
guerra colonial. A canção “Exílio”, cuja letra é da autoria de Manuel Alegre,
fala por si:
Venho
dizer-vos que não tenho medo,
A
verdade é mais forte do que as algemas,
Venho
dizer-vos que não há degredo
Quando
se traz a alma cheia de poemas.
Pode
ser uma ilha ou uma prisão,
Em
qualquer lado eu estou presente,
Tomo
o navio da canção
E vou direto ao coração de toda a gente.
No
ano seguinte, em 1965, Luís Cília publica novo álbum, "Portugal
Resiste". Com música simples, acompanhando a voz com apenas o som de uma
guitarra tocada pelo próprio cantor, esta canção com o mesmo nome do disco
tornar-se-ia um tema emblemático de combate contra a opressão, a repressão, a
guerra colonial, a ditadura.
Vamos,
então, ouvir – e cantar – “Portugal Resiste”, um poema de Manuel Alegre, musicado e interpretado por Luís Cília…
A Organização
Autora
entusiasma os mais novos para o fascínio da leitura
Um
grupo de alunos do 2.º Ciclo, que integram o Clube de Leitura da EB Diogo
Bernardes, participou numa sessão com Joana Luísa Matos.
Aproveitando
a visita da escritora ao Agrupamento de Escolas de Ponte da Barca, para
dinamizar encontros com a Educação Pré-escolar e o 1.º ano, os discentes
mostraram interesse em conhecer e conversar com a autora de “As Cinco Ânforas
de Ouro” (2015), uma obra que tinha despertado grande interesse entre os
leitores.
Foi
uma tertúlia emocionante que andou à volta da importância dos cinco valores
centrais trabalhados no livro: a amizade, a solidariedade, a esperança, o
trabalho e o amor.
Num
registo espontâneo e muito próximo, os alunos fizeram perguntas e verbalizaram
experiências e sonhos, ambiente a que Joana Luísa Matos correspondeu com a
partilha do seu percurso de vida, seja como leitora, seja como criadora/
escritora, seja como profissional da área da saúde.
A
mensagem final foi de que, com trabalho persistente e com paixão/ amor, as
coisas tornam-se mais fáceis e os sonhos mais ousados podem mesmo virar
realidade.
Esta
ação – que foi organizada pela Biblioteca Escolar – aconteceu no âmbito da
parceria que o Agrupamento mantém com as edições Opera Omnia, com o objetivo de
favorecer o gosto pelo livro e pela leitura.
PEDRA FILOSOFAL
Na
sexta-feira da semana passada, assinalámos o Dia Nacional da Cultura
Científica. E foi escolhido o 24 de novembro porque foi nesse dia, em 1906, que
nasceu Rómulo de Carvalho, professor de Física e Química, grande responsável
pela promoção do ensino de ciência e da cultura científica em Portugal.
Acontece
que, para além de homem da ciência e de professor, Rómulo de Carvalho foi
também um grande poeta. E como poeta ficou conhecido pelo pseudónimo de António
Gedeão.
Pois
bem… Nesta edição oitava de “A Cantiga é uma Arma”, vamos dedicar a nossa
atenção a uma dos poemas mais conhecidos de Gedeão. Chama-se “Pedra Filosofal”
e faz parte da obra “Movimento Perpétuo”, publicada em 1956.
Mas,
afinal, o que é que vem a ser a “pedra
filosofal”?
Segundo
a “Enciclopédia Significados”, “pedra filosofal é um objeto ou substância
lendária com poderes incríveis, capaz de transformar qualquer metal em ouro.”
Também poderia ser usada para criar o elixir da vida, “que tinha a propriedade
de prolongar a vida da pessoa que o bebesse.”
Por
isso é que a “pedra filosofal e os seus poderes estão relacionados com a
transmutação e a vontade de criar que existe dentro de cada ser humano.”
Não
admira, portanto, que o poema tenha despertado tanto interesse e, sobretudo, se
tenha tornado muito popular, quando, em 1970, Manuel Freire, o musicou e
interpretou.
Exaltando
a força criadora do Sonho, que “é uma constante da vida” ao longo da história
da Humanidade, o poema (e a canção…) lançam um fortíssimo desafio à ação, à
intervenção, à capacidade da alma humana de imaginar, de antecipar, de modelar,
de criar, de transformar:
“(…) Eles não
sabem, nem sonham,
que o sonho comanda
a vida,
que sempre que um
homem sonha
o mundo pula e
avança
como
bola colorida
entre
as mãos de uma criança.”
Pelo
contexto em que se vivia, em Portugal, no início dos anos 70 do século passado,
a canção rapidamente se tornou num hino e numa bandeira da resistência contra a
ditadura.
Dir-se-ia
que estávamos perante um grito de cidadania, que apelava, simbolicamente, à
busca da “Pedra Filosofal”, capaz de transformar o país num Portugal novo, um
país de Liberdade, de Democracia.
Vamos,
então, ouvir – e cantar – a “Pedra Filosofal”, um poema inspirador e intemporal de Gedeão, na voz de Manuel Freire…
A
Organização
Boas
razões para rever um teste
Depois da entrega de um teste devidamente
corrigido por parte do professor, o processo não está concluído.
Para além da correção no grupo/ turma, importa
ainda fazer uma reflexão pessoal sobre os motivos que levaram a que uma ou
outra questão não tivesse sido respondida. E sobre as respostas erradas ou
incompletas…
Para te orientar, partilhamos um documento da autoria da professora Isabel Gonçalves: “Razões para rever um teste”.
Biblioteca Escolar
Joana Luísa Matos ajuda crianças
a vencer o medo
A escritora e médica dentista Joana Luísa Matos
visitou as Escolas Básicas de Crasto e de Entre Ambos-os-Rios, onde dinamizou
sessões com as crianças da Educação Pré-escolar e do 1.º ano de escolaridade.
Partindo da sua mais recente obra, “Os
Dentuças – A Patrulha do Bem”, a autora manteve uma conversa muito próxima e
interessante com os mais novos, ajudando-os a reforçarem a autoconfiança e a
ultrapassarem os seus múltiplos receios.
A
interação gerada ao longo das sessões serviu ainda para a convidada chamar a
atenção para um conjunto de comportamentos saudáveis, ao nível da higiene oral.
Fazendo
apelo à imaginação e à riqueza sugestiva das ilustrações do livro, da autoria
de Nuno Alexandre Vieira, Joana Luísa Matos orientou ainda uma viagem
fantástica com a Patrulha do Bem, ao encontro da Fada dos Dentes e dos duendes,
com o objetivo de ajudar as crianças a vencer o monstro do medo.
Como
é habitual, esta ação – que foi organizada pela Biblioteca Escolar, em
articulação com os Departamentos da Educação Pré-escolar e do 1.º Ciclo – aconteceu
no âmbito da parceria que o Agrupamento mantém, há vários anos, com as edições
Opera Omnia.
Em
jeito de preparação para este “À Conversa com…”, a Biblioteca Escolar
proporcionou a cada uma das turmas envolvidas uma leitura expressiva da obra,
procurando favorecer o gosto pelo mundo do maravilhoso, através do contacto com
o livro e a leitura, porque assim se constrói uma “Escola a Ler”!
Biblioteca Escolar
48 anos do “25 de Novembro”: “Força, força,
companheiro Vasco”
A
dois dias de se assinalar 48 anos do “25 de Novembro de 1975”, o apontamento “A
Cantiga é uma Arma” recua no tempo e recorda o ambiente revolucionário que
então se viveu em Portugal.
Falamos
do Verão Quente de 75 e do PREC – Processo Revolucionário em
Curso, um período durante o qual foi muito popular a canção desta semana,
“Força, força, companheiro Vasco”, interpretada por Maria do Amparo e Carlos
Alberto Moniz.
Eis
o contexto…
A
seguir ao “25 de Abril”, especialmente ao longo de 1975, Portugal regista
grande agitação social, política e militar.
São
tempos muito turbulentos, marcados por manifestações, saneamentos, ocupações de
empresas e de explorações agrícolas, nacionalizações de diversos setores
estratégicos, vários governos provisórios, por um cerco à Assembleia da
República, que impediu, durante dois dias, os deputados de saírem do
Parlamento, e até por confrontos militares.
O
país vive uma radicalização política, com confrontos entre os que pretendiam
prosseguir a Revolução com o MFA (depois da “intentona” do “11 de Março” de
1975 designado Conselho da Revolução), incluindo-se aqui os quatro governos
provisórios liderados por Vasco Gonçalves (“gonçalvismo”), e os que entendiam
que o caminho se devia fazer com os partidos políticos sufragados em eleições.
Toda
esta tensão atinge o auge a 25 de novembro de 1975, já lá vão 48 anos. Setores
da esquerda radical tentam um Golpe de Estado, que acaba por ser frustrado
pelos militares que se encontravam com o moderado “Grupo dos Nove”, apoiados
por um plano militar liderado por Ramalho Eanes.
Clarificada
a situação, abre-se caminho para a realização de eleições democráticas que, a
25 de abril de 1976, dão maioria aos partidos moderados.
Ao
longo de 1975, dir-se-ia que a Revolução se espalhou pelas ruas, pelas empresas,
pelos campos.
É
o chamado Verão Quente ou PREC, isto é, Processo Revolucionário
em Curso…, durante o qual foi muito popular a canção desta semana, “Força,
força, companheiro Vasco”, que exalta Vasco Gonçalves e as medidas que então
havia tomado como primeiro-ministro de quatro governos provisórios.
A canção é o lado B do single “Daqui o Povo Não
Arranca Pé!”, editado precisamente em 1975.
Vamos
lá, então, recuar a 1975 e ouvir e cantar “Força, força, companheiro Vasco”,com Maria do Amparo e Carlos Alberto Moniz…
A Organização
Júlio
Borges lança desafio:
Vamos
ler cinco ou dez minutos por dia?
“Experimentem começar a ler cinco ou dez minutos
por dia e vão verificar que, ao fim de um mês, já conseguiram ler um ou dois
livros, sem grande dificuldade, o que é fantástico.”
O desafio é de Júlio Borges e foi lançado
aos alunos dos 5.º e 6.º anos da Escola Básica Diogo Bernardes, no decurso de
uma conversa que teve como ponto de partida “D. Afonso Henriques: Do Sonho ao
Nascimento de uma Nação”, a sua mais recente obra, que os alunos haviam trabalhado
previamente, com o apoio da Biblioteca Escolar.
Leiam e escrevam, todos os dias, nem que
seja durante um curto período, e vão verificar que conseguem alcançar coisas
fantásticas e adquirir o prazer de ler e de escrever.
Ao mesmo tempo – realçou o convidado –,
estarão a desenvolver a vossa criatividade e imaginação, a alargar os vossos
conhecimentos e a aprofundar a vossa capacidade de análise e de estruturação de
ideias. Por outras palavras, estarão a crescer como pessoas e como cidadãos.
As sessões aconteceram no âmbito do ciclo “À
conversa com…”, da responsabilidade da Biblioteca Escolar, e resultam da
parceria que o Agrupamento mantém com as edições Opera Omnia, tendo em vista o
aprofundamento da competência leitora, mediante a promoção de um ambiente amigo
do livro e da leitura.
Biblioteca
Escolar
“Canta, canta, amigo, canta”
A caminho dos 50 anos do “25 de Abril”,
continuamos a dar voz ao apontamento “A Cantiga é uma Arma”.
Semana a semana, recuperamos uma canção
que tenha marcado essa época de transição do Estado Novo para a Liberdade e a
Democracia.
Na edição 6 desta iniciativa, vamos ao
encontro de um tema que ficou no imaginário popular, antes e depois do “25 de
Abril”.
Apesar de, atualmente, estar praticamente
esquecida, tal como o seu autor, António Macedo, “Erguer a voz e cantar” (ou
“Canta, canta, amigo, canta”) é uma canção-chave dos “filhos da madrugada”.
Nos últimos anos do Estado Novo, não havia
reunião, convívio, passeio, em que não se fizesse ouvir o “canta, canta, amigo,
canta, / Vem cantar a nossa canção, / Tu sozinho não és nada, / Juntos temos o
mundo na mão”.
Trata-se, de facto, de uma balada
considerada por muitos como um hino de resistência, que faz parte da memória
coletiva, na medida em que marcou uma geração e uniu muita gente, contribuindo para
o aprofundamento do espírito de luta, nos anos que antecederam a Revolução dos
Cravos.
Com uma mensagem muito forte de apelo à entreajuda
e à solidariedade, a canção exalta ainda o sentido cívico da participação ativa
(“Erguer a voz e cantar”…, por oposição à fraqueza de quem se limita a “Viver
sempre a esperar”) e semeia a esperança “dum novo dia”: “Não vás ao sabor do
vento / Aprende a canção da esperança / Vem semear tempestades / Se queres
colher a bonança.”
O autor deste tema emblemático é António Macedo (1946-1999), nome que se destacou
pela força das suas canções e pela sua ação interventiva, antes e durante a
Revolução.
Com uma discografia curta, a sua música é simples e direta, para o contexto da época, destacando-se do seu
primeiro disco, de 1970, o tema "Erguer a voz e cantar", que ficou no
imaginário popular antes e depois do “25 de Abril”.
O jornalista Mário Contumélias, reportando
para a revista “Cinéfilo” de 6 de abril de 1974 o I Encontro da Canção
Portuguesa, que se realizara a 30 de março, escrevia: “Fosse lá porque fosse,
naquela noite, no Coliseu, senti-me. E isso não nos acontece todos os dias.
Isso é importante!”.
“Estavam lá, não sei se já vos disse, 5
mil pessoas. Eram 10 horas, passavam 30 minutos da hora prevista para o começo
do espetáculo. Cantava-se em coro ‘Canta, canta, amigo, canta’… Era assim que
os 5 mil pediam que o espetáculo, também ele, começasse.”
Dir-se-ia que aquela noite, de finais de março
de 1974, já fazia antever o que, umas três semanas depois, viria a acontecer….
Vamos lá, então,
ouvir – e cantar – “Canta,canta, amigo, canta”, de António Macedo…
A Organização
Educação
Pré-escolar e 1.º ano participam em encontro com Joana Luísa Matos
“Os
Dentuças – A Patrulha do Bem”, a mais recente obra de Joana Luísa Matos, esteve
no centro de uma animada conversa que a autora manteve com as crianças da
Educação Pré-escolar e do 1.º ano da Escola Básica Diogo Bernardes.
Ao
longo de três sessões, a escritora, que profissionalmente é médica dentista,
interagiu com os mais novos, chamando a atenção para um conjunto de
comportamentos saudáveis, ao nível da higiene oral.
Fazendo
apelo à imaginação e à riqueza sugestiva das ilustrações do livro, da autoria
de Nuno Alexandre Vieira, Joana Luísa Matos orientou ainda uma viagem
fantástica com a Patrulha do Bem, ao encontro da Fada dos Dentes e dos duendes,
com o objetivo de ajudar as crianças a ganharem mais confiança e a vencerem o monstro
do medo.
Como
é habitual, esta ação – que foi organizada pela Biblioteca Escolar, em
articulação com os Departamentos da Educação Pré-escolar e do 1.º Ciclo – aconteceu
no âmbito da parceria que o Agrupamento mantém, há vários anos, com as edições
Opera Omnia.
Em jeito de preparação dos encontros, a Biblioteca Escolar proporcionou a cada uma das catorze turmas envolvidas uma leitura expressiva da obra, procurando favorecer o gosto pelo mundo fantástico, através do contacto com o livro e a leitura, porque assim se constrói uma “Escola Ler”!
No dia 27, a autora está de volta ao Agrupamento, para visitar as crianças das Escolas Básicas de Crasto e de Entre Ambos-os-Rios.
Biblioteca Escolar