terça-feira, 30 de novembro de 2021

EDUCAÇÃO AMBIENTAL E CIDADANIA

 Agrupamento dá “Papel por Alimentos”

O Agrupamento de Escolas de Ponte da Barca participou, mais uma vez, na campanha "Papel por Alimentos".

Dinamizada pela Biblioteca Escolar, a ação reuniu cerca de 200 kg de papel de jornais/revistas, fotocópias e livros retirados de circulação, que foram entregues no Banco Alimentar Contra a Fome de Viana do Castelo.


No âmbito de uma rede de solidariedade, o papel recolhido foi transportado por uma IPSS do concelho, o Centro de Dia de Cuíde de Vila Verde, por ocasião de uma viagem ao Banco Alimentar para levantar produtos.

A campanha "Papel por Alimentos" é uma ação promovida pela Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares, com contornos ambientais e de solidariedade: todo o papel recolhido é convertido em produtos alimentares básicos, por empresas certificadas de recolha e tratamento de resíduos.

Com esta ação, promoveu-se na comunidade escolar a educação ambiental e a sustentabilidade, para além de se ter valorizado a importância do papel de cada pessoa na sociedade e no mundo e a possibilidade de recuperar e reutilizar coisas que parecem não ter valor.

Com pequenos gestos, foi dado um contributo relevante na luta contra a fome, favorecendo, ao mesmo tempo, a proteção do ambiente e da natureza, assim como a concretização de 5 dos 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) que constam da “Agenda 2030”, da Organização das Nações Unidas, verdadeiro contrato com “uma lista das coisas a fazer em nome dos povos e do planeta”: erradicar a pobreza (1), erradicar a fome (2), cidades e comunidades sustentáveis (11), produção e consumo sustentáveis (12) e parcerias para a implementação dos objectivos (17).

Biblioteca Escolar

segunda-feira, 29 de novembro de 2021

OPINIÕES DE SEGUNDA

                Ilusões do mundo virtual

São muitos os que passam grande parte do seu tempo presos à cor e ao movimento que as redes sociais oferecem. Tudo sugere um mundo fantástico, “mas a verdade é que, por trás de um rosto sorridente, é muito provável que esteja uma alma a sofrer.”

Por isso é que Ana Gonçalves não hesita em afirmar que “deveríamos dar um intervalo ao mundo virtual e aproveitar mais os momentos presentes, reais, preservando, ao máximo, a nossa privacidade.”  

Fica o convite!

"(...) Deveríamos dar um intervalo ao mundo virtual, 
(...) preservando, ao máximo, a nossa privacidade."

E tu, vives no mundo real? Assistimos a uma crescente preocupação em estar ligado ao mundo virtual através da internet. Todo esse tempo despendido leva à negligência das próprias vidas.

Nas redes sociais, vemos, todos os dias, uma felicidade aparente, mas a verdade é que, por trás de um rosto sorridente, é muito provável que esteja uma alma a sofrer. Somos inundados por rostos felizes, aparentemente bem-sucedidos, porventura numa tentativa desesperada de aliviar frustrações ou de procurar afirmação perante o mundo. Vidas expostas, quase ao minuto, através de fotos, vídeos, “stories”, numa busca frenética da aparência de felicidade plena...

Com frequência, encontramos pessoas que, apesar de acompanhadas, mantêm diálogos digitais, em vez de conversarem com quem se encontra a seu lado. Grupos de amigos que, em vez de comunicarem entre si verbalmente, prestam mais atenção às redes sociais. Pais que não acompanham o crescimento dos filhos, jovens e adultos que não procuram realizar-se profissionalmente, por esperarem que a vida perfeita que almejam lhes surgirá sem empenho e dedicação.

Canalizar todos os esforços para a publicação da foto ideal, sob o ângulo mais perfeito, pode traduzir a derradeira tentativa de transformar momentos “imperfeitos” na vida de sonho. E, quantas vezes, o querer, constantemente, parecer feliz e realizado nas redes sociais mais não é do que uma tentativa de camuflar uma angústia ou frustração permanente…

Acredito que devemos partilhar o que nos traz felicidade, mas, quando passamos demasiado tempo a fazê-lo nas redes sociais, resta-nos menos tempo para o vivenciar, em pleno, na vida real.

O medo de partilhar as nossas angústias e sofrimento leva a este refúgio. Acontece que a partilha do menos bom nas nossas vidas também é importante. Para isso precisamos da confiança que um ombro amigo e uma boa conversa nos podem oferecer.

Não digo que sou contra as redes sociais, pois facilitam-me imenso, ao poder falar com o meu pai e a minha família distante, mas, às vezes, deveríamos dar um intervalo ao mundo virtual e aproveitar mais os momentos presentes, reais, preservando, ao máximo, a nossa privacidade.

Ana Gonçalves, 10.º ano

quinta-feira, 25 de novembro de 2021

Alunos dos 3.º e 4.º anos

aplaudem valores humanistas 

Os alunos dos 3.º e 4.º anos do Agrupamento de Escolas de Ponte da Barca participaram numa teatralização inspirada na obra “O Homem da Nuvem Escura”, de Inês Vinagre e ilustração de Sebastião Peixoto.

O trabalho foi dinamizado pelo ator Rui Ramos, que apresentou aos miúdos uma interpretação muito interessante do livro selecionado para o concurso de leitura deste escalão.

As sessões decorreram nos auditórios da Escola Básica Diogo Bernardes e ainda das Escola Básica de Crasto e de Entre Ambos-os-Rios, proporcionando um momento profundamente enriquecedor, sob o ponto de vista humanista, na medida em que a obra faz apelo à proximidade, à entreajuda e à solidariedade, valores que, no seu conjunto, podem fazer desaparecer muitas nuvens escuras e transformar a vida de muitas pessoas.

Para além da interação criada, da riqueza encantatória da palavra, a animação permitiu um contacto com os múltiplos códigos da linguagem teatral, desafiando a imaginação e a criatividade dos participantes e promovendo a apetência pelo livro e pela leitura.

Os encontros foram preparados pela equipa da Biblioteca Escolar, que, na “Hora do Conto”, fez com cada uma das turmas a leitura expressiva da obra, e pelos respetivos professores titulares, que exploraram o livro.

Recorde-se que esta atividade se desenvolveu no âmbito da parceria existente, desde há vários anos, entre o Agrupamento de Escolas e as edições “Opera Omnia”.

Biblioteca Escolar  


segunda-feira, 22 de novembro de 2021

OPINIÕES DE SEGUNDA

Viajar a nossa alma

Na crónica desta semana, Rita Zamith propõe uma viagem. Uma viagem pelo universo do “eu” e à descoberta do mundo do “outro”.

Tudo isto “para nos conhecermos com a ajuda daquilo que nos rodeia ‘para além daquilo que está dentro de nós’, como as pessoas com quem lidamos.”

Então, boa viagem!

Mudança do processo de autodescobrimento durante as viagens

Viajar não é tão simples quanto parece. Não é uma questão de fazer as malas e visitar novos locais. Vai muito além disso. Deixamos para trás parte do nosso antigo “eu” e construímos uma nova peça que faltava para nos conhecermos com a ajuda daquilo que nos rodeia “para além daquilo que está dentro de nós”, como as pessoas com quem lidamos.

O mundo é demasiado grande para o conhecermos na íntegra. Portanto, penso que cada um de nós o perceciona da forma que lhe foi apresentado, conforme a cultura onde nasceu e tudo o que construímos, de acordo com a nossa personalidade. Quando viajamos, é-nos mostrado outro mundo, novas facetas que nunca antes tínhamos visto, cheirado, ouvido,… sentido. Assim, creio que, a partir desse momento, as nossas imagens mentais mudam. Descobrimos outras pessoas, outros tipos de seres, aos quais não estávamos acostumados e, quando fazemos uma autoanálise acerca do nosso próprio ser, apercebemo-nos de que está diferente, está mudado. Mas o mais relevante é que, enquanto fazemos esta autorreflexão, concluímos que nos estamos a encontrar, também, a nós mesmos. Não totalmente. Acredito que estamos num processo de autodescobrimento até ao fim dos nossos dias. Porém, encontramos mais um bocadinho de nós.

Concluo que viajar não é viajar o corpo, a vida e a mala. Acho que viajar é viajar o “eu”, a nossa alma, que descobre o outro à medida que se autodescobre.

Rita Zamith, 12.º ano

sexta-feira, 19 de novembro de 2021

Animação teatral promove 

valores ambientais entre os mais novos

A importância da preservação do meio ambiente e da promoção da sustentabilidade esteve no centro de uma animada teatralização que entusiasmou as crianças da Educação Pré-escolar e dos 1.º e 2.º anos do Ensino Básico do Agrupamento de Escolas de Ponte da Barca.

A atividade foi dinamizada pela atriz e contadora de histórias Inácia Cruz e partiu do livro “Viagem de encantar para o planeta salvar”, de Júlio Borges e ilustração de Nuno Vieira, obra selecionada para o concurso de leitura deste escalão.

Ao longo de várias sessões pelas Escolas Básicas de Crasto, Entre Ambos-os-Rios e Diogo Bernardes, Inácia Cruz deliciou os miúdos com uma interpretação criativa da obra, proporcionando-lhes uma experiência entusiasmante, com todos a sentirem-se envolvidos na história, interagindo com a animadora e sentindo o fascínio da língua materna, do livro, da leitura e dos valores da educação ambiental.

A criatividade, a fantasia e a riqueza expressiva da comunicação teatral foram outras dimensões exploradas nesta atividade organizada pela Biblioteca Escolar (BE), que resultou, mais uma vez, da parceria existente entre o Agrupamento e as Edições Opera Omnia.

Numa fase prévia, os encontros foram preparados com um trabalho conjunto entre as educadoras, os docentes titulares da turma e a BE, que dinamizou a Hora do Conto, com a leitura expressiva da obra.

Biblioteca Escolar


quarta-feira, 17 de novembro de 2021

Animação com Inácia Cruz

Esta quinta e esta sexta, a Educação Pré-escolar e os 1.º e 2.º anos do Agrupamento de Escolas de Ponte da Barca vão celebrar o livro e a leitura, na companhia de Inácia Cruz, que dinamiza um conjunto de sessões/ teatralizações da obra “Viagem de Encantar para o Planeta Salvar”, de Júlio Borges e ilustração de Nuno Vieira. 

O trabalho, no âmbito da parceria que o Agrupamento de Escolas mantém, desde há vários anos, com as edições Opera Omnia, realiza-se de acordo com o seguinte calendário:

Biblioteca Escolar

segunda-feira, 15 de novembro de 2021

OPINIÕES DE SEGUNDA

Hino à “força desmedida da Mulher afegã”

Na crónica desta semana, Maria Miranda resgata do esquecimento uma tragédia e escreve um verdadeiro hino à “força desmedida da Mulher afegã”.

Deixa ainda uma pergunta: Como é possível “a Humanidade, impávida e serena, silenciar e pactuar com os talibãs e outros fanáticos/ fanatismos?!..., aniquiladores da liberdade, melhor dizendo, da Dignidade do ser humano, em geral, e da mulher/ Mulher, em particular?" 

"Aliem-se à Luta!... Eu já estou a caminho!!!"

Um Mundo Novo… Nascerá!... – Mullah Noruddin Turabi, um dos fundadores do movimento talibã e um dos membros mais conservadores do grupo, surge, enquanto líder, determinado a ativar punições/ atrocidades extremas.

Este alto responsável talibã deixa um aviso à comunidade Internacional: – " Ninguém nos vai dizer quais devem ser as nossas leis, seguiremos o Islão e faremos as nossas leis sobre o Alcorão", palavras desafiadoras, dignas de combate arrojado, congregador de mãos unidas, a falar numa só Voz – a da condenação e combate prementes…

Na verdade, como pode a Humanidade, impávida e serena, silenciar e pactuar com os talibãs e outros fanáticos/ fanatismos?!..., aniquiladores da liberdade, melhor dizendo, da Dignidade do ser humano, em geral, e da mulher/ Mulher, em particular, impondo-lhe códigos de vestuário obrigatório e, mais grave, ainda, negando-lhe, titanicamente, o acesso ao emprego e à educação. Assim, privada dos muitos direitos que lhe estão consignados, incluindo o do trabalho, condicionador da sua autonomia financeira, vê-se afastada da vida pública, privada da educação, do emprego, da saúde, melhor dizendo, da Vida Pessoal e Social. Consequentemente, ei-la dependente de membros da família do sexo masculino e, o mais grave, condenada ao sofrimento silencioso e devorador, entre outras circunstâncias, o de “uso” e abuso doméstico.

Enaltecedor aos olhos dos que se dignam cidadãos, é a capacidade enérgica com que, não muitas, contudo, algumas delas, ávidas de inverter a marcha da anulação e adulação feminina, elevam a voz do protesto, ecoando, bem alto, a defesa dos seus direitos e, o mais curioso, depois de os talibãs assumirem o controlo de Cabul e de grande parte do país, numa postura de titãs. Grave, grave… é que, enquanto isso, caminha o Mundo, sem ação de combate, parece-me, a lamentar, quase só, adiando a urgência de atuar…

Prometiam os americanos, juntamente, com os seus comparsas, um Afeganistão renovado e emancipado, mais justo, enfim, Novo!!! Tudo foi eclipsado. A própria chama da redenção apocalíptica, augurada, ofuscou-se. Por isso, vivamos a acreditar no seu esplendor, a acontecer com a força desmedida da Mulher afegã e de tantas outras que, Humanidade-fora, acendem o facho da esperança de um Mundo Melhor, antes de tudo, digno de Ser e do seu Ser, a acontecer, quando o Homem quiser, Ontem, Hoje, Amanhã. Tudo adiado?!... Mesmo assim, fico à espera, negando a sombra, mas, inversamente, de olhos postos na Luz que, Acredito, reinará. Aliem-se à Luta!... Eu já estou a caminho!!!

 Maria Miranda, 10.º ano.

quarta-feira, 10 de novembro de 2021

Biblioteca Escolar dinamiza oferta de milhares de livros a duas escolas de Cabo Verde
O Rotary Club de Ponte da Barca acaba de entregar ao Rotary Club da Praia, Cabo Verde, 2952 livros escolares e de literatura e ainda um conjunto alargado de material escolar, desde cadernos, a lápis, esferográficas e borrachas.

Todos estes recursos educativos foram angariados no âmbito da campanha “Um abraço para Cabo Verde”, dinamizada pela Biblioteca Escolar, em articulação com o Rotary Club de Ponte da Barca. 

Ultrapassados os expedientes alfandegários e de transporte, os três metros cúbicos de material já chegaram ao destino, tendo sido entregues ao Rotary Club da Praia, que, agora, vai gerir a oferta destes recursos educativos a duas escolas da região.  

Com esta intervenção, procurou-se aprofundar o exercício da cidadania ativa e dos valores humanistas, promovendo a língua portuguesa e os laços históricos que unem Portugal e Cabo Verde e também os dois clubes rotários, que estão geminados.

No universo da comunidade docente da Escola Secundária, foi possível recolher, numa primeira fase, mais de cinco centenas de livros, que foram entregues pelo Diretor do Agrupamento de Escolas, Carlos Louro, ao Rotary Club local.

A esta campanha associaram-se, entretanto, o Rotary Club de Monção, que também disponibilizou um conjunto alargado de livros e de material escolar, assim como encarregados de educação, que ofereceram livros e equipamento multimédia.


Num segundo momento, a Direção do Agrupamento de Escolas ofereceu ainda todos os manuais disponíveis dos 7.º e 10.º anos de escolaridade que, entretanto, deixaram de ser usados, na sequência da adoção de novos projetos editoriais.

A todos quantos tornaram possível esta ação de profundo alcance cívico, ajudando a marcar a diferença pela positiva, a Biblioteca Escolar e o Rotary Club de Ponte da Barca desejam expressar, publicamente, o seu mais sentido reconhecimento. 

Biblioteca Escolar

segunda-feira, 8 de novembro de 2021

OPINIÕES DE SEGUNDA

 Algo “pintado” na pele

Cada vez mais generalizada, a tatuagem “traduz um estilo próprio” ou não passa de um sinal de puro exibicionismo?

Para Carolina da Silva, não há espaço para qualquer dúvida no que diz respeito às pessoas que se tatuam. E mais: “não é por terem algo “pintado” na pele que devem ser discriminados. Nem por isso, nem por outro motivo qualquer…”  

"Eu vejo a tatuagem como um modo de vida. 
Traduz um estilo próprio."

Modo de vida ou exibicionismo…? – Muitas pessoas acreditam que o ato de realizar uma tatuagem é puramente com uma finalidade exibicionista, sem qualquer significado ou propósito específico. Na minha opinião, não é disso que se trata.

Eu vejo a tatuagem como um modo de vida. Traduz um estilo próprio, um conjunto de valores, uma visão do mundo única e uma forma de cada um se expressar. De facto, penso que a maioria das pessoas que realiza uma tatuagem tem uma visão diferente de todas as outras.

Existe uma crença errada de que as pessoas se tatuam por pura exibição ou para impressionar os outros, mas, em geral, não é bem assim. Os que se tatuam sem significado algum por trás são exceções à regra.

É também errado pensar que quem é dono de uma ou de várias tatuagens poderá ser um(a) marginal e/ou má pessoa. A maioria dos que se tatuam são pessoas interessantes e as suas personalidades muito diferentes das demais. Frequentemente, possuem uma profunda consciência do valor da vida, da liberdade individual, da harmonia com a natureza, bem como dos direitos dos animais, para só referir algumas situações.

Reforço, por isso, a ideia de que as pessoas que possuem tatuagens são, nada mais, nada menos, seres humanos como todos os outros e não é por terem algo “pintado” na pele que devem ser discriminados. Nem por isso, nem por outro motivo qualquer…

Carolina da Silva, 12.º ano.

domingo, 7 de novembro de 2021

Agrupamento de Escolas celebra 

Dia Mundial do Cinema

No Dia Mundial do Cinema (5 de novembro), a equipa do Plano Nacional de Cinema (PNC) propôs que, em todas as turmas, se iniciasse o dia com a exibição da curta-metragem "História Trágica com Final Feliz", de Regina Pessoa, recurso audiovisual disponibilizado pela plataforma do PNC.

Após um breve debate, foi solicitado aos alunos que escrevessem uma frase iniciada por “Ser diferente é...”. Os textos foram colocados numa tômbola no átrio do respetivo bloco de aulas e, posteriormente, serão divulgados.


Na Educação Pré-Escolar e no 1.º Ciclo, a data foi assinalada através da exibição de curtas ajustadas às faixas etárias em questão.

No 1.º Ciclo, o início, este mês de novembro, das comemorações do centenário de Saramago, foi motivo para a escolha da curta “A Maior Flor do Mundo”, adaptada do livro homónimo do escritor.

A estratégia passou pela exibição da curta-metragem, seguida de debate sobre o tema/ assunto tratado, culminando na elaboração de trabalhos plásticos e de pequenas frases alusivas.

Porque o cinema nos ajuda a pensar, a criar e a sonhar, importa inovar e investir em novas linguagens artísticas, explorando em contexto de sala de aula os mais diversos temas abordados na sétima arte.

Com esta atividade, pretendeu-se contribuir para a literacia fílmica da população escolar, cada vez mais exposta à imagem em movimento, e aprofundar aspetos relacionados com a cidadania ativa.

A Organização

segunda-feira, 1 de novembro de 2021

OPINIÕES DE SEGUNDA

 No devido tempo e na “quantidade” certa

Há temas que dividem opiniões e a sua abordagem está longe de reunir consensos. Daí que Manuel Ribeiro não hesite em afirmar que “devem ser ensinados às crianças e aos jovens, mas no devido tempo e na ‘quantidade’ certa para que as consequências não se tornem indesejáveis.

Uma crónica para ler e pensar…

"(...) Diversos temas devem ser ensinados 
no devido tempo e na 'quantidade' certa."
 

No devido tempo e na “quantidade” certa – Hoje em dia, a liberdade e a igualdade de direitos tendem a ser a base da educação, não só na escola como na sociedade. Por isso, coloca-se a questão, será que os alunos, especialmente os mais novos, terão de tomar conhecimento de atrocidades cometidas no passado, como a escravatura, a perseguição de homossexuais e a perseguição de certas religiões? Ou terão de tomar conhecimento das diferentes formas de orientação sexual?

Na minha opinião, a resposta não pode ser, de todo, linear. Pessoas diferentes e opiniões diversas fazem parte do mundo em que vivemos; contudo, a abordagem de certos temas deverá ser feita com cuidado. Por exemplo, na minha perspetiva, o racismo não se combate com manifestações, raiva ou revolta, mas, sim, com convívio, amizade e, essencialmente, integração, não forçada, mas natural.

Por outro lado, será que é essencial ensinar aos miúdos mais novos a existência de todas as orientações sexuais? Eu penso que não, porque uma criança de dez anos não tem maturidade suficiente para saber qual a sua orientação sexual ou com que género se identifica. Atenção, não defendo que a educação sexual e as orientações sexuais não façam parte do ensino, apenas o comento porque já vi muita gente a defender essa prática dirigida a estudantes mais novos.

Relativamente ao racismo, considero que, atualmente, a nossa educação aborda-o na “dose” certa. Muita gente acha que o racismo tem de ser mais falado na escola e que devia estar ainda mais presente no ensino dos alunos. Não sou dessa opinião, porque nos deparamos com manifestações antirracismo todos os dias, tanto na televisão como nas redes sociais e até em alguns partidos políticos. O antirracismo começou também a ser usado como forma de publicidade e de criação de boa imagem, mas este excesso de manifestação pode causar o efeito contrário daquilo que originalmente era pretendido, podendo fazer com que as pessoas fiquem saturadas de tais temas e comecem a desenvolver raiva contra eles, de tal modo que a tentativa de solução acaba por aumentar o problema.

Assim sendo, concluo que os mais diversos temas devem ser ensinados às crianças e aos jovens, mas no devido tempo e na “quantidade” certa, para que as consequências não se tornem indesejáveis.

Manuel Ribeiro, 12.º ano.