segunda-feira, 28 de junho de 2021

OPINIÕES DE SEGUNDA

 Parar enquanto há tempo

Os problemas são globais, mas as opções começam por ser pessoais, seja perante a fome, a pobreza e o consumismo, seja face ao desperdício e à poluição.

É uma questão de cidadania, de responsabilidade social. Porque, afirma Ana Carolina Amorim, “se não fizermos algo de imediato, quando tentarmos será tarde demais”.

"A mim o que me rodeia é o que me preocupa" (C. Verde).

Vivemos num mundo repleto de grandes problemas com os quais todos nos devemos preocupar. Na verdade, não devemos ter apenas preocupação e sensibilidade para com eles, devemos até fazer algo para os resolver.

No meu ponto de vista, um dos problemas mais assustadores é a fome e a pobreza de tantas famílias. Um bilião de pessoas não tem acesso a recursos fundamentais como comida e água. Não serão essas pessoas merecedoras da nossa atenção? Nós, como seres humanos empáticos, temos o dever não só de nos preocuparmos com elas como também de tentar ajudá-las, começando por consumir menos, por exemplo.

São necessários 2.1 hectares para cada ser humano, logo a terra não tem capacidade para alimentar os sete biliões de pessoas que nela habitam. Então a resposta a este problema passa por cada um de nós. Passa pela diminuição do consumismo.

Outro problema é a poluição e o desperdício. Temos apenas um planeta para habitar, no entanto esse planeta está a ser destruído por cada um de nós. Seja através da desflorestação, do uso exagerado do plástico, do consumismo ou do excesso de água utilizada, a verdade é que o nosso planeta está a ficar sem recursos para sustentar a nossa vida e a dos vindouros. A vontade de ter sempre mais e mais a qualquer custo está a levar à destruição de florestas, à poluição de mares e rios e à extinção de espécies e, consequentemente, da biodiversidade.

Em suma, nós, seres humanos, devemos deixar de olhar apenas para o nosso umbigo e começar a olhar para os problemas que nos rodeiam. Devemos estar orgulhosos da evolução que conquistamos até agora, mas devemos também saber quando parar. Se não fizermos algo de imediato, quando tentarmos será tarde demais, pois não será apenas um bilião de pessoas com fome, mas, sim, todos nós. 

Ana Carolina Amorim, 11.º ano.

segunda-feira, 21 de junho de 2021

OPINIÕES DE SEGUNDA

 Um tema que nos toca a todos!

A violência doméstica é um crime público que a pandemia e os períodos de confinamento ajudaram a agravar.

Face a este problema, o exercício da cidadania responsável exige o contributo de todos. Daí que Sofia Bastos lance um apelo: “Estejamos atentos às pessoas que nos rodeiam!”.

"Estejamos atentos às pessoas que nos rodeiam!"

Em Portugal, são mortas três mulheres por mês, vítimas de violência doméstica.

A violência doméstica é todo um padrão de comportamentos (violência ou outro tipo de abuso) que ocorre num contexto doméstico, entre os casais ou contra crianças e idosos.

Dados recentes demonstram que a violência doméstica continua a atingir sobretudo as mulheres (83% das queixas). Em 2020, ano marcado pela pandemia, foram registados, em Portugal, 683 casos de violência doméstica durante o isolamento, período de tempo em que as vítimas ficaram mais expostas aos seus agressores.

O Código Penal Português prevê e pune o crime de violência doméstica. Esta assume a natureza de crime público, o que significa que o procedimento criminal não está dependente de queixa por parte da vítima, bastando uma denúncia numa Esquadra da PSP, num Posto da GNR, ou diretamente no Ministério Público.

Estejamos atentos às pessoas que nos rodeiam!

Linha de apoio – 800 202 148. 

Nas palavras de Jean-Paul Sartre, filósofo, escritor e crítico francês, “A violência, seja qual for a maneira como ela se manifesta, é sempre uma derrota.”

Sofia Bastos, 12.º ano.

quarta-feira, 16 de junho de 2021

 Alunos entregam donativo aos Bombeiros

Os alunos das turmas A, B e C do 8.º ano entregaram à Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Ponte da Barca o montante de 545 euros, angariados com a distribuição de “O Cavaleiro da Dinamarca EnQUADRAdo”, um livro por eles produzido, sob a liderança da professora de Português, Rosa Maria Arezes.

A sessão decorreu na escadaria da entrada da Escola Secundária e contou com a presença do Diretor do Agrupamento, do Presidente da Câmara Municipal, do Presidente da Direção dos Bombeiros, do Comandante do Corpo Ativo e ainda de professores envolvidos no projeto.

Publicado com o patrocínio do Município de Ponte da Barca, o livro é um reconto em quadra popular da obra “O Cavaleiro da Dinamarca”, de Sophia de Mello Breyner, com ilustrações também da autoria dos alunos, sob a orientação dos professores de Educação Visual. 


Nas suas intervenções, tanto o Diretor, Carlos Louro, como o Presidente da Autarquia, Augusto Marinho, enalteceram a qualidade do trabalho realizado e, sobretudo, o gesto de cidadania ativa e de sensibilidade humanitária, traduzido na vertente solidária de aplauso e ajuda ao trabalho altruísta dos nossos Soldados da Paz.

Carlos Louro fez mesmo questão de partilhar uma mensagem enviada pelo Secretário de Estado Adjunto e da Educação, Carlos Costa, felicitando o Agrupamento e os promotores do projeto que, entretanto, já conheceu novos desenvolvimentos, com a criação colaborativa de um roteiro da peregrinação do Cavaleiro no “Google Earth WEB” e, em articulação com o Agrupamento de Escolas D. Maria II (Braga), a leitura da obra em linguagem gestual, a ponto de estes materiais passarem a integrar os recursos disponibilizados pelo Plano Nacional de Leitura.

A sessão de entrega do donativo foi valorizada com intervenções musicais de alunos e com uma demonstração levada a cabo por dois elementos do Corpo Ativo, que apresentaram o equipamento e as potencialidades de socorro de um Veículo Urbano de Combate a Incêndios (VUCI).

A Organização

segunda-feira, 14 de junho de 2021

OPINIÕES DE SEGUNDA

 O conflito israelo-palestiniano

A guerra é sempre lamentável por todos os horrores que traz consigo. E, se há um conflito que parece eternizar-se no tempo, esse é o israelo-palestiniano.

É para esta situação que Guilherme Afonso chama a atenção. Porque, na sua opinião, o ambiente vivido na região “faz com que a vida dos habitantes destes territórios se torne, lamentavelmente, impossível.”

"Paz é fulcral."

Vidas impossíveis – Nas últimas semanas de maio, um conflito antigo ganhou destaque no mundo. Trata-se da guerra entre Israel e a Palestina e esse destaque, como não podia deixar de ser, deveu-se a maus motivos. 

Em primeiro lugar, o conflito entre os dois povos em questão, nesta zona do globo, é um problema antigo e que se tem prolongado, sem se vislumbrar uma solução. Apesar desta longevidade, esta é uma guerra da qual ainda não saiu qualquer vencedor, sendo os únicos derrotados os povos de ambos os lados, que são obrigados a lidar com um conflito armado à porta de suas casas.

Ao longo desta guerra, temos assistido de ambos os lados a atitudes lamentáveis por parte dos respetivos governos. No caso de Israel, podemos ver o bombardeamento de escolas, hospitais ou fábricas como exemplos desta vergonha. Já do lado palestiniano, governado pelo movimento terrorista Hamas, temos visto, por exemplo, a utilização de crianças como “homens-bomba”, algo que corresponde a uma violação dos direitos humanos e a uma atrocidade.

Por último, não existe qualquer povo que goste de viver num local em guerra. Sendo assim, esta guerra tem criado nos últimos anos milhares de refugiados cujo único objetivo é viver num local em paz. Para que se perceba a magnitude desta situação, um em cada três refugiados no mundo é palestiniano e a estimativa atual é de que 7,2 milhões de palestinianos sejam refugiados.

Concluindo, uma guerra não é benéfica para povo algum, mas, no caso israelo-palestiniano, um conflito de tantos, tantos anos, torna-se mais prejudicial ainda e faz com que a vida dos habitantes destes territórios se torne, lamentavelmente, impossível.

Guilherme Afonso, 10.º ano.

sexta-feira, 11 de junho de 2021

Rede de Bibliotecas Escolares 

reforça apoio ao “EmBarca na Escrita”

 

O projeto “EmBarca na Escrita”, dinamizado pela Biblioteca Escolar em articulação com o Grupo Disciplinar de Português, acaba de ser contemplado com um reforço financeiro da Rede de Bibliotecas Escolares (RBE), destinado à implementação da 2ª fase da Candidatura, mediante o enriquecimento do fundo documental.

A decisão surge na sequência da análise do relatório intercalar do projeto e da apreciação das ações/ atividades já implementadas, nomeadamente, as edições semanais do “Opiniões de Segunda” e do programa de rádio “Leituras e Companhia”.

Recorde-se que o “EmBarca na Escrita” é um projeto aprovado pela RBE, eminentemente orientado para a promoção das literacias da informação, dos “media” e da leitura, para o desenvolvimento do espírito crítico e da autonomia, e ainda para o exercício da escrita e de uma cidadania ativa.

A qualidade do trabalho desenvolvido despertou, recentemente, o interesse do MIL Obs (Observatório sobre “Media”, Informação e Literacia, da Universidade do Minho), tendo o “Opiniões de Segunda” e o “Leituras e Companhia” sido objeto de duas edições do “Ouvido Crítico”, na Antena 1 (20 e 27 de abril).

Biblioteca Escolar

quinta-feira, 10 de junho de 2021

SE EU FOSSE...

Foi com profundo orgulho e amizade que a turma 8.º A participou no projeto da “Ajudaris” com o texto "Se eu fosse" elaborado colaborativamente, no âmbito da disciplina de Oferta Complementar.

Refletimos primeiro sobre a importância da escrita como meio de veicular sentimentos, pensamentos, realçando o seu potencial crítico, reflexivo e de ação. Com o nosso texto, simples, mas repleto dos sentimentos mais puros, foi nosso intuito mostrar a beleza da vida e a grandiosidade dos gestos de generosidade.

Agradecemos a ação meritória da “Ajudaris”, à qual com amizade nos juntamos, tendo recebido da parte dos mesmos um agradecimento especial.

Professora Cristina Leitão

Se eu fosse um gigante, bem pomposo e charmoso, não de gruta, mas de luta, vestiria o meu traje mais faustoso, afinaria a minha voz de tenor e exclamaria bem alto para este mundo atordoado pelo desamor: “ACORDEMMMMMM!!! SEJAMMMM HUMANOS!!!”

Se eu fosse um leão, imponente, forte e temível, soltaria o meu rugido mais sonoro e defenderia a vida acima de tudo. Escaparia dos malditos predadores e não deixaria espaço aos malfeitores.

Se eu fosse um elefante, seria grande e macio. Teria nos dentes um brilhante e uma tromba elástica para me servir de chuveiro. No tempo do calor, enchê-la-ia no ribeiro com água pura e fresquinha para refrescar a barriguinha. Dentes, orelhas e pernas…, tudo em tamanho gigantão. Sabem o que seria maior? O meu coração!

Se eu fosse uma cadela, teria o pelo macio e brilhante, ergueria o meu olhar firme e cativante, para proteger as crianças com o meu ladrar ensurdecedor e amordaçaria os cânticos de temor.

Se eu fosse um golfinho, emergiria das profundezas dos oceanos, vestiria uma fatiota de político e, num tom bem alto, lançaria o som mais melodioso e sibilante para despertar os adormecidos: “Adotem comportamentos de amizade e de respeito!”

Se eu fosse uma borboleta majestosa, a dançar de flor em flor, com as minhas asas coloridas, abraçaria todos num só gesto de candor, oferecendo paz e amor.

Se eu fosse um esquilo, com a minha natural agilidade e velocidade, subiria à maior árvore e gritaria para que todas as pessoas pudessem ouvir: “Sejam cuidadosos! Respeitem e protejam o vosso LAR”.

Se eu fosse um pássaro, voaria até as minhas asas se cansarem, pousaria nas nuvens macias, faria sobre elas ninhos que pareceriam algodão-doce, cantaria com as estrelas uma canção para as criancinhas adormecerem e, após isso, deitar-me-ia me na lua. Enfim! Se eu fosse um pássaro, viveria aventuras inexplicáveis, iria até ao limite possível, que ainda fica bem longe.

Se eu fosse uma grande árvore, acolheria debaixo dos meus ramos todas as pessoas que precisassem de ajuda, levantá-las-ia no ar para lhes dar aconchego e fazê-las sonhar, porque, afinal, não dizem que o sonho comanda a vida?

Mas, sou um simples ser humano a sonhar com um mundo colorido e prazeroso, no qual dominariam as cores do arco-íris, sem tonalidades sombrias, nem ténues…, cores bem fortes e vivas que apelassem ao amor, ao respeito, à liberdade, à partilha e à VIDA…

Como ser humano, posso e devo agir em prol deste nosso planeta com atitudes de respeito, solidariedade, generosidade e empatia. Se cada um de nós o fizer com gentileza e bondade, ah que bem que ficaríamos! Ah que belo que seria o nosso mundo! Vamos tentar dar o nosso jeito a esse mundo cheio de maleitas?

A turma do 8.º A do Agrupamento de Escolas de Ponte da Barca

segunda-feira, 7 de junho de 2021

OPINIÕES DE SEGUNDA

 Dançar para o bem-estar!

Na crónica desta semana, Maria Lima e Safira Pontes fazem o elogio da música e da dança.

São manifestações artísticas que nos trazem “alegria e bem-estar”, de tal modo que – afirmam – “Quando dançamos, colocamos à prova as nossas competências artísticas, demonstramos a nossa criatividade, expressamos sentimentos, sentimo-nos livres, num mundo que tantas vezes limita os nossos direitos e impõe regras...”.

É caso para dizer: – Vai uma dança?!

"Em cada passo de dança, tornamo-nos mais livres".

"Dançar é desenhar com o corpo o poema que habita na alma." – Somos colegas, amigas, e a dança consolidou laços de uma amizade profunda. Desde muito cedo, encantou-nos esta forma de manifestação artística que nos permite sair de dentro de nós mesmos e entrarmos numa dimensão que nos traz alegria e bem-estar.

Ao longo da nossa vida, a música e, mais propriamente, a dança têm feito parte do nosso quotidiano e, através delas, contactamos com outras culturas e com novos estilos rítmicos. Tudo isto aumenta o nosso conhecimento e torna-nos cidadãs mais atentas, ativas e participativas no mundo que nos rodeia.

Quando dançamos, colocamos à prova as nossas competências artísticas, demonstramos a nossa criatividade, expressamos sentimentos, sentimo-nos livres, num mundo que tantas vezes limita os nossos direitos e impõe regras...

É também uma excelente maneira de nos mantermos física e psicologicamente ativas, o que contribui muito para o nosso bem-estar emocional. Exercitando o corpo, acabamos por ter um dia mais proveitoso, porque nos sentimos mais saudáveis, mais leves.  

Trata-se de uma forma de integrar num só momento a mente, o corpo e o espírito e esta integração que a dança traz à alma é fundamental para a vida! Quando dançamos, a única coisa que pretendemos é superar-nos e surpreender-nos... Em cada passo de dança, tornamo-nos mais livres.

Terminamos com uma citação de Paulo Coelho: "A dança é uma das formas mais perfeitas de comunicação com a inteligência infinita."

Maria Lima e Safira Pontes, 8.º ano.

terça-feira, 1 de junho de 2021

Ser criança é...

 
                                Ser criança é descobrir na pequenez

                                Um autêntico jogo de xadrez,

                                Brincar, saltar, pular, imaginar,

                                Até as estrelas alcançar.

 

                                Acariciar com o olhar, caçar as descobertas,

                                Ficar maravilhados com fantasias incertas,

                                Rir até cair, sem parar de sorrir,

                                Ser um projeto de VIDA a florir.

Gonçalo Ferreira, Guilherme Costa e Ruben Marques – 8.º B

(poema escrito colaborativamente, no âmbito do apoio de Português,

sob a orientação da professora Cristina Leitão)