Parar enquanto há tempo
Os problemas são globais, mas as
opções começam por ser pessoais, seja perante a fome, a pobreza e o consumismo,
seja face ao desperdício e à poluição.
É uma questão de cidadania, de responsabilidade social. Porque, afirma Ana Carolina Amorim, “se não fizermos algo de imediato, quando tentarmos será tarde demais”.
Vivemos num mundo repleto de
grandes problemas com os quais todos nos devemos preocupar. Na verdade, não
devemos ter apenas preocupação e sensibilidade para com eles, devemos até fazer
algo para os resolver.
No meu ponto de vista, um dos
problemas mais assustadores é a fome e a pobreza de tantas famílias. Um bilião
de pessoas não tem acesso a recursos fundamentais como comida e água. Não serão
essas pessoas merecedoras da nossa atenção? Nós, como seres humanos empáticos,
temos o dever não só de nos preocuparmos com elas como também de tentar
ajudá-las, começando por consumir menos, por exemplo.
São necessários 2.1 hectares para
cada ser humano, logo a terra não tem capacidade para alimentar os sete biliões
de pessoas que nela habitam. Então a resposta a este problema passa por cada um
de nós. Passa pela diminuição do consumismo.
Outro problema é a poluição e o
desperdício. Temos apenas um planeta para habitar, no entanto esse planeta está
a ser destruído por cada um de nós. Seja através da desflorestação, do uso
exagerado do plástico, do consumismo ou do excesso de água utilizada, a verdade
é que o nosso planeta está a ficar sem recursos para sustentar a nossa vida e a
dos vindouros. A vontade de ter sempre mais e mais a qualquer custo está a
levar à destruição de florestas, à poluição de mares e rios e à extinção de
espécies e, consequentemente, da biodiversidade.
Em suma, nós, seres humanos,
devemos deixar de olhar apenas para o nosso umbigo e começar a olhar para os
problemas que nos rodeiam. Devemos estar orgulhosos da evolução que
conquistamos até agora, mas devemos também saber quando parar. Se não fizermos
algo de imediato, quando tentarmos será tarde demais, pois não será apenas um
bilião de pessoas com fome, mas, sim, todos nós.
Ana Carolina Amorim, 11.º ano.