quinta-feira, 28 de abril de 2022

Aluna oferece coleção “Tempo dos mais novos”

A aluna Bruna Mesquita, do 12.º ano, tomou a decisão de oferecer à Biblioteca Escolar da Secundária de Ponte da Barca a coleção completa “Tempo dos mais novos”.

Trata-se de uma coleção constituída por 24 volumes, em que escritores consagrados da atualidade recontam/ adaptam para os mais novos, com ilustrações, obras clássicas da Literatura Portuguesa.

Em causa estão livros de autores como Gil Vicente, Pêro Vaz de Caminha, Padre António Vieira, Almeida Garrett, Alexandre Herculano, Júlio Dinis, Camilo Castelo Branco, Eça de Queiros e Fernando Pessoa.

Saudamos esta atitude, felicitando a Bruna pelo seu gesto de cidadania ativa, partilhando com a comunidade escolar fontes de informação que potenciam oportunidades de conhecimento.

Biblioteca Escolar

501 da MORTE DE MAGALHÃES

Celebrando um Património da Humanidade

Encontra-se patente ao público, até ao próximo dia 6 de maio, no átrio dos Paços do Concelho de Ponte da Barca, a exposição “501 anos da Partida Suprema de Magalhães”.

Organizada pelo Agrupamento de Escolas (Biblioteca Escolar e Plano Nacional das Artes) em parceria com a Câmara Municipal, a mostra foi inaugurada a 27 de abril, dia em que, há 501 anos, o navegador morreu na Ilha de Mactan, nas Filipinas.

A sessão contou com a presença do Presidente da Câmara Municipal, Augusto Marinho, vereadores da maioria, Subdiretor do Agrupamento, Manuel Soares Alves, Presidente da Junta da União de Freguesias de Ponte da Barca, Paço Vedro de Magalhães e Vila Nova de Muía, Vieira da Silva, e ainda de Fernando García Leyenda, de Puerto de Santa Cruz, na Argentina.

A mostra inclui um painel sobre a naturalidade do navegador, um outro sobre o seu percurso de vida, desde a sua chegada a Lisboa, em 1492, até às suas viagens pelo Oriente ao serviço de Portugal e à sua ida para Sevilha, em 1517, um terceiro sobre a viagem da “Armada das Molucas” e um último painel sobre o legado civilizacional do grande navegador.

Com esta iniciativa, pretende-se preservar e divulgar a vida e a obra de Magalhães, dando a conhecer, de uma forma simples, o enorme impacto científico da sua expedição e o Património notável que constitui a sua herança.  

Biblioteca Escolar


segunda-feira, 25 de abril de 2022

OPINIÕES DE SEGUNDA

Celebrar Abril!

No dia em que se assinala o 48.º aniversário da Revolução dos Cravos, Rita Vilela evoca a “opressão e a pobreza extrema” dos tempos do Estado Novo e canta a “Revolução que deu asas a Portugal para reconquistar a dignidade e a liberdade perdidas.”

Eis o canto de uma jovem à “Revolução que reclamou a dignidade, a saúde, a educação, o tomar nas mãos o destino das nossas vidas. (…) O 25 de abril!”

"(...) A ressuscitação chegou com um cravo vermelho ao peito."

Felizmente, nasci muito depois do Estado Novo, muito depois do país salazarista sufocado pela opressão e pobreza extrema. Tempos marcados pela clausura, mais tarde derrotada pela Revolução que deu asas a Portugal para reconquistar a dignidade e a liberdade perdidas.

Antes do que viria a ser o 25 de abril de 1974, viviam-se momentos de terror e angústia testemunhados por aqueles que resistiram ao caos de um país censurado e acorrentado ao fascismo e à ditadura. Desde os testemunhos das crianças e adolescentes que viram a PIDE matar e espancar inocentes, aos testemunhos das mulheres, mães e esposas obedientes que aprenderam a ler às escondidas e rezavam oprimidas e aos testemunhos dos homens, jovens, maridos e pais ausentes, obrigados a ir para a guerra sofrer e ver os companheiros morrer.

Corações atropelados pela tormenta de um país em ruínas, onde os dias demoravam a passar e eram invadidos pelo negrume de uma vida de submissão e guerra. Era viver do pouco que a vida dava e do único prato cheio do dia, a esperança que aquecia as almas cansadas, mesmo sem certezas do que estaria por vir. A esperança de dias melhores.

Aquela que viria a ser a ressuscitação chegou com um cravo vermelho ao peito. Levantaram-se as vozes recalcadas, cantou-se a liberdade e viu-se renascer das cinzas o país. A Revolução que reclamou a dignidade, a saúde, a educação, o tomar nas mãos o destino das nossas vidas. A libertação do povo escravizado, exaurido e torturado.

O mudar de vida dos Portugueses…

O 25 de abril!

Rita Vilela, 12.º ano.

sábado, 23 de abril de 2022

CONCURSO NACIONAL DE LEITURA

Dez alunos do Agrupamento participam 

na fase intermunicipal

Dez alunos do Agrupamento de Escolas de Ponte da Barca participaram, esta sexta-feira, na fase intermunicipal CIM Alto Minho do Concurso Nacional de Leitura.

A prova reuniu representantes dos 10 municípios do Distrito de Viana do Castelo e, este ano, ainda devido à situação pandémica, está a desenvolver-se em duas etapas, tendo sido a primeira em formato digital, com os concorrentes a realizarem as tarefas a partir da sua localidade de origem, cabendo à Biblioteca Municipal de Valença a organização e a condução dos trabalhos.

Em Ponte da Barca, a Biblioteca Escolar da Secundária foi o centro de operações, envolvendo os participantes de cada um dos quatro escalões – 1.º, 2.º e 3.º ciclos do Básico e Secundário –, que haviam sido apurados na fase anteriormente realizada ao nível da escola.

No 1.º ciclo, a representação barquense esteve a cargo de Miguel Ângelo Carvalho, Marta Alves e Valentim Cerqueira, enquanto o 2.º ciclo contou com a participação de Francisca Cerqueira, Simão Alves e António Agostinho Cerqueira.

Por sua vez, o escalão do 3.º ciclo foi defendido por Leonor Lemos, Maria João Pereira e Maria Rego, enquanto, no Secundário, a delegação barquense foi constituída por Rita Ribeiro.

Na próxima sexta-feira, no auditório da Escola de Ciências Empresariais de Valença, acontece a segunda etapa da prova, com a participação presencial dos cinco primeiros classificados em cada escalão.

A todos os participantes e respetivos professores e famílias, os nossos parabéns e a mensagem de que continuem a fazer da leitura um prazer! Porque é a ler que a gente cresce e se amadurece no saber…

Biblioteca Escolar

segunda-feira, 18 de abril de 2022

OPINIÕES DE SEGUNDA

Nascer para conviver

Os problemas da solidão e o seu impacto na estabilidade emocional continuam na ordem do dia. Mais ainda agora, na sequência da pandemia…

Nesta segunda-feira pascal, Sara Parente retoma o tema, sublinhando que a solidão “é um problema muito sério que deve ser cada vez mais falado e valorizado, pois o ser humano não nasceu para se sentir sozinho, nasceu para conviver e para amar e ser amado.”

"(...) O ser humano nasce para conviver."

Nos dias que correm, a solidão tem vindo a assumir novas formas que merecem uma reflexão especial, até porque, cada vez mais, as pessoas sentem-se sós, em diversas circunstâncias.

Em primeiro lugar, é importante distinguir o “sentir-se só” de “estar ou viver sozinho”. Estas expressões não têm o mesmo significado, pois o “sentir-se só” é quando a pessoa sente que não pertence a um lugar, é quando, mesmo estando com alguém, nos sentimos perdidos e isolados, sem qualquer tipo de comunicação, partilha e cumplicidade.

Por sua vez, “estar sozinho” é quando nós mesmos optamos por viver assim, seja pelo motivo que for, já que eu posso estar ou viver sozinha, mas não me sentir só, se é esta situação que eu pretendo para mim e que me preenche, em determinado momento da minha vida.

Por outro lado, a solidão é subjetiva e é assim que ela tem de ser compreendida. Quantas vezes, uma pessoa pode estar rodeada por outras pessoas e, mesmo assim, sentir-se só, porque a solidão é algo que se vive quando não estamos bem a nível psicológico e quando sentimos um vazio que nada nem ninguém consegue preencher. E, quando alguém entra neste estado, é frequente tentar aliviar a sua dor e problemas refugiando-se em substâncias prejudiciais para a saúde, tais como o álcool, o tabaco, as drogas.

É muito importante reconhecer os perigos da solidão, uma vez que não é nada bom uma pessoa sentir-se só, sentir que não pertence a um lugar, sentir que não é útil ou querido. A solidão não tem estatuto, pode afetar qualquer um e, por isso, é um problema muito sério que deve ser cada vez mais falado e valorizado, pois o ser humano não nasceu para se sentir sozinho, nasceu para conviver e para amar e ser amado.

Sara Parente, 12.º ano.

segunda-feira, 11 de abril de 2022

OPINIÕES DE SEGUNDA

Uma questão de confiança

Numa sociedade que, muitas vezes, gosta de cultivar a aparência, multiplicam-se os enganos e a confiança teima em escassear. O que é uma pena, pois, para Íris Almeida, “todos os enganos são maus”.

Na sua opinião, “os enganos que sofremos todos os dias podem fazer-nos pensar e desejar a "vida perfeita", mas isso não passa de uma ilusão.”

"(...) Todos os enganos são maus."

Os enganos, sejam eles quais forem, são um dos principais motivos para não termos uma sociedade 100% de confiança. Na minha opinião, todos os enganos são maus.

De facto, para mim, ser enganada ou traída pelas pessoas de quem gostamos e em quem confiamos é uma das piores situações que podem acontecer. Apesar da culpa não ser da vítima, a mesma sente-se culpada por não ser "boa" o suficiente e isso é algo que pode afetar a integridade humana da pessoa, fazendo-a duvidar de si mesma.

Já o engano do dinheiro faz as pessoas serem gananciosas e acreditarem que apenas precisam do dinheiro para viver, descartando completamente toda a empatia pelo próximo e levando-as a danificar as relações interpessoais ou até mesmo maltratar, roubar e humilhar alguém apenas por causa do dinheiro que, no fundo, não passa de papel e metal. De facto, a Humanidade dá muito valor aos bens materiais e acha que, tendo a maior quantia de dinheiro, mais poderoso é; por isso é que quanto mais temos mais queremos.

Para terminar, vou abordar um engano que abrange muito os(as) adolescentes da sociedade atual, nomeadamente o engano dos "padrões" da internet. O facto de as redes sociais se terem espalhado pelo mundo inteiro criou uma febre nos adolescentes, mas a pura verdade é que quase nada do que vemos lá é real. Muitos famosos que nós achamos que têm a vida e o corpo perfeitos não passam de uma farsa, pois utilizam aplicações para editar as suas fotos e, assim, passar a imagem do estereótipo perfeito, influenciando os adolescentes a entrarem em dietas malucas para ficarem com o corpo perfeito, o que os faz desenvolver diversas doenças.

Concluindo, os enganos que sofremos todos os dias podem fazer-nos pensar e desejar a "vida perfeita", mas isso não passa de uma ilusão que influencia a sociedade em pleno século XXI.

Íris Almeida, 9.º ano.

quarta-feira, 6 de abril de 2022

PARLAMENTO DOS JOVENS

Equipa do Secundário apurada para a final nacional 

À semelhança do que vem acontecendo há vários anos, a Escola Secundária de Ponte da Barca participou na fase distrital do Parlamento dos Jovens, que se realizou no auditório do Forte de Santiago da Barra, em Viana do Castelo.

A representação do 3.º Ciclo do Ensino Básico esteve a cargo de Íris Almeida, Guilherme Silva, Afonso Cerqueira e Tomé Lopes, enquanto no escalão do Ensino Secundário a comitiva barquense foi constituída por Manuel Ribeiro, Afonso Amorim e Afonso Alves.



Comum aos dois escalões é a temática da edição deste ano, a problemática abrangente da desinformação e da manipulação, mais conhecida por “fake news” ou notícias falsas.

Sob a orientação da professora Gabriela Menezes, o desempenho das duas equipas da Escola Secundária de Ponte da Barca foi muito positivo, em termos de exercício da cidadania e partilha de experiências, tendo mesmo a equipa do escalão do Secundário sido apurada para representar o Alto Minho na final nacional, que está agendada para 30 e 31 de maio, no Palácio de São Bento, em Lisboa.

Em debate está a problemática das “fake news” e os riscos que este desafio representa para a democracia. A reflexão orienta-se ainda no sentido de indagar “estratégias para combater a desinformação”,

Recorde-se, mais uma vez, que “desinformação” é o termo utilizado para definir qualquer tipo de conteúdo ou prática manipulada, que contribua para o aumento de informação falsa ou enganadora, com o objetivo de afastar os cidadãos do conhecimento factual da realidade e para obter vantagens económicas ou para enganar o público.

Este fenómeno de propaganda manipuladora, cada vez mais visível à escala mundial devido às plataformas de sociabilidade digital, representa um problema para a democracia em geral, na medida em que coloca em causa o debate livre e informativo, prejudica o interesse público, mina a confiança nas instituições e nos meios de comunicação tradicionais e digitais e, consequentemente, fragiliza a estabilidade das sociedades democráticas, ao comprometer a capacidade dos cidadãos de tomarem decisões bem informadas.

Daí que, neste contexto, seja fundamental a promoção das literacias mediática e digital, de tal modo que as pessoas se sintam habilitados a navegar no atual oceano da informação e sejam capazes de, num mar de mentiras e de desinformação, encontrar/ discernir o caminho civicamente responsável.

A Organização

segunda-feira, 4 de abril de 2022

OPINIÕES DE SEGUNDA

Uma nova globalização

O mundo tornou-se uma “aldeia global” e a problemática da globalização é um dos temas incontornáveis dos nossos tempos, com muitas vantagens, mas também com inúmeros perigos.

Na opinião de João Sousa, “poderia e deveria funcionar de outra maneira, mais igualitária, de tal forma que todos, a nível planetário, pudessem usufruir das suas vantagens.”

Eis um nobre desafio, “ainda mais agora, por causa dos efeitos da pandemia e da guerra na Ucrânia.”

"O segredo está no equilíbrio e num apurado sentido de justiça."

O tema da globalização é frequentemente discutido e levanta opiniões divergentes, ainda mais agora, por causa dos efeitos da pandemia e da guerra na Ucrânia.

Com o aparecimento de novas tecnologias de transporte e de comunicação, as relações entre os países/ povos estão cada vez mais interativas, tendo-se reduzido o tempo e a distância. Daí dizer-se que a globalização é a integração global da sociedade, da política, da economia e da tecnologia.

Como qualquer outro tema, a globalização tem vantagens, mas também perigos. Por um lado, promove, por exemplo, a inovação tecnológica e, favorecendo a competitividade, contribui para a diminuição dos preços e para o reforço da qualidade. Por outro, pode também aumentar as desigualdades e a destruição do meio ambiente.

Na minha perspetiva, a globalização tem grande importância nos dias de hoje e é uma realidade inevitável. É verdade que que tem os seus pontos negativos, por vezes geram-se dependências excessivas e perigosas, muitas pessoas são excluídas deste mundo e outras vivem tão fascinadas com as novas tecnologias que até se esquecem que devem dar um tempo a elas próprias e às pessoas das suas relações. Mas o segredo está no equilíbrio e num apurado sentido de justiça.

Concluo afirmando que, apesar de favorecer muitas desigualdades, a globalização possui, realmente, muitos benefícios. Mesmo tendo o privilégio de participar e beneficiar deste mundo, acredito que poderia e deveria funcionar de outra maneira, mais igualitária, de tal forma que todos, a nível planetário, pudessem usufruir das suas vantagens.

João Sousa, 12.º ano.