segunda-feira, 25 de abril de 2022

OPINIÕES DE SEGUNDA

Celebrar Abril!

No dia em que se assinala o 48.º aniversário da Revolução dos Cravos, Rita Vilela evoca a “opressão e a pobreza extrema” dos tempos do Estado Novo e canta a “Revolução que deu asas a Portugal para reconquistar a dignidade e a liberdade perdidas.”

Eis o canto de uma jovem à “Revolução que reclamou a dignidade, a saúde, a educação, o tomar nas mãos o destino das nossas vidas. (…) O 25 de abril!”

"(...) A ressuscitação chegou com um cravo vermelho ao peito."

Felizmente, nasci muito depois do Estado Novo, muito depois do país salazarista sufocado pela opressão e pobreza extrema. Tempos marcados pela clausura, mais tarde derrotada pela Revolução que deu asas a Portugal para reconquistar a dignidade e a liberdade perdidas.

Antes do que viria a ser o 25 de abril de 1974, viviam-se momentos de terror e angústia testemunhados por aqueles que resistiram ao caos de um país censurado e acorrentado ao fascismo e à ditadura. Desde os testemunhos das crianças e adolescentes que viram a PIDE matar e espancar inocentes, aos testemunhos das mulheres, mães e esposas obedientes que aprenderam a ler às escondidas e rezavam oprimidas e aos testemunhos dos homens, jovens, maridos e pais ausentes, obrigados a ir para a guerra sofrer e ver os companheiros morrer.

Corações atropelados pela tormenta de um país em ruínas, onde os dias demoravam a passar e eram invadidos pelo negrume de uma vida de submissão e guerra. Era viver do pouco que a vida dava e do único prato cheio do dia, a esperança que aquecia as almas cansadas, mesmo sem certezas do que estaria por vir. A esperança de dias melhores.

Aquela que viria a ser a ressuscitação chegou com um cravo vermelho ao peito. Levantaram-se as vozes recalcadas, cantou-se a liberdade e viu-se renascer das cinzas o país. A Revolução que reclamou a dignidade, a saúde, a educação, o tomar nas mãos o destino das nossas vidas. A libertação do povo escravizado, exaurido e torturado.

O mudar de vida dos Portugueses…

O 25 de abril!

Rita Vilela, 12.º ano.

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