segunda-feira, 31 de janeiro de 2022

OPINIÕES DE SEGUNDA

Violência e “fairplay” no desporto

É da violência e da falta de “fairplay” no desporto que Nélson Fernandes fala na crónica destra segunda-feira.

Na sua opinião, “é uma pena que muitas pessoas que se julgam adeptos do desporto promovam a violência.” Porque “o desporto é totalmente o oposto disso. O desporto é desafio, equipa, talento, companheirismo, dedicação, saúde.”

"A violência destrói tudo aquilo que pretende defender."

A violência no desporto é algo que faz parte dos nossos dias. Trata-se de comportamentos que causam, intencionalmente, danos ou intimidação e que são cada vez mais visíveis no mundo desportivo, apesar dos esforços para os eliminar.

Mas, afinal, quais são os motivos que levam à violência? Em primeiro lugar, há fatores sociais. Numa sociedade como a atual, caracterizada por stress constante, não se pode excluir este aspeto como um possível motivo para a prática da violência. Para além disso, pode também ser um ato influenciado pelos nossos familiares, amigos ou até pelo que vemos e ouvimos na televisão, que tem um papel cada vez mais importante nas nossas escolhas. Os fatores económicos assumem, igualmente, um grande papel, podendo a falta de dinheiro levar a atos de violência. Há ainda a considerar os fatores genéticos, com casos de pessoas que já nascem com tendências para a prática de violência, como por exemplo os “Serial Killers”.

É uma pena que muitas pessoas que se julgam adeptos do desporto promovam a violência. O desporto é totalmente o oposto disso. O desporto é desafio, equipa, talento, companheirismo, dedicação, saúde. Penso que todos deveríamos ser gratos pela prática desportiva, tanto coletiva como individual, e manter uma competição saudável e com fairplay e não uma partilha de ódio constante entre dois rivais.

E esta violência vai muito para além de estádios, ginásios, pavilhões ou qualquer tipo de estrutura desportiva. A violência começa muito antes disso. Começa na internet, nos bares, no trânsito, nas ruas, no quotidiano. Esta hostilidade existe de todas as maneiras e formas, seja verbal ou física. O bullying e o racismo tomaram proporções gigantescas no desporto, apesar das muitas campanhas de sensibilização do público. Para além disto, também podemos falar do vandalismo, que se aplica a quase todas as situações de violência no desporto. São destruídas propriedades públicas e privadas, sem qualquer motivo, e as consequências são dramáticas.

Já pensaram que tudo isto são motivos que têm vindo a influenciar famílias a não assistirem ao vivo à sua equipa ou jogador preferido? Infelizmente, hoje em dia, é perfeitamente banal irmos a um estádio e ficarmos assustados com a possibilidade de sermos engolidos por adeptos furiosos, se é que assim lhes podemos chamar, que acham que estão a fazer um favor à sua equipa.

Considero que, nos dias de hoje, ganhar ou perder não importa mais. O que importa é bater no peito e berrar aos quatro ventos o quão orgulhoso eu sou do meu clube e visto as cores da sua camisola.

Nélson Fernandes, 12.º ano.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2022

 “Arte no Holocausto” pode ser visitada até 11 de fevereiro 

“Arte no Holocausto” é o título da exposição que, até ao próximo dia 11 de fevereiro, se encontra patente ao público, no átrio do Bloco C da Escola Secundária de Ponte da Barca.

A mostra acontece no âmbito da celebração do Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto e é promovida pelo Grupo Disciplinar de História, em colaboração com o Yed Vashem, a Biblioteca Escolar e a equipa dos Planos Nacionais das Artes e do Cinema do Agrupamento de Escolas de Ponte da Barca.

A inauguração realizou-se no dia em que se assinalou o 77.º aniversário da libertação do campo de concentração de Auschwitz (27 de janeiro) e contou com um momento musical, a cargo de Owen Chippendale (12.º ano), que interpretou um tema ao saxofone, e com intervenções do Diretor do Agrupamento, Carlos Louro, e da professora de História, Maria José Gonçalves.

Ambos chamaram a atenção para a barbárie do Holocausto, que vitimou milhões de judeus e pessoas de outras minorias, e para a importância de todos avivarmos a memória desta página horrível da Humanidade, para que algo de semelhante jamais volte a suceder.

Outra ideia sublinhada teve a ver com o poder da arte e do pensamento, últimos redutos da liberdade, que ninguém nos pode retirar, e que, em situações-limite, acabam por ser os únicos refúgios que nos alimentam a esperança da sobrevivência.

“Aprender com o Holocausto”

A celebração do Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto contou também com a colaboração da Câmara Municipal, que cedeu o auditório municipal, na Casa de Santo António do Buraquinho, para a exibição do filme “Uma Turma Difícil”, da cineasta francesa Marie-Castille Mention Schaar, dirigido a alunos do 9.º ano. Trata-se de uma película que remete para a questão do Holocausto e do seu impacto nos jovens de hoje e que integra a plataforma do Plano Nacional do Cinema.

A Biblioteca Escolar expôs também algumas obras da literatura universal que aludem à temática do Holocausto, tendo disponibilizado um desdobrável alusivo à efeméride, que foi entregue aos alunos após a exibição fílmica.

Os Planos Nacionais das Artes e do Cinema do Agrupamento sugeriram algumas atividades que poderão ser dinamizadas durante os quinze dias da exposição, a partir da criação de um roteiro interdisciplinar em que alunos são desafiados a operacionalizar o projeto “Aprender com o Holocausto – Arte no Holocausto”, para manter a memória deste trágico genocídio e para que aprofundem os princípios da tolerância, da não discriminação, do respeito mútuo e da promoção da dignidade humana.

A pesquisa da temática do Holocausto na arte (literatura, teatro, pintura, música…) é uma das tarefas propostas, desejando-se que, como produto final, resulte a criação de cartazes que darão corpo a uma outra exposição aberta à comunidade.

A Organização

segunda-feira, 24 de janeiro de 2022

OPINIÕES DE SEGUNDA

O sonho como condição da vida humana

Na crónica desta semana, Maria João Cerqueira fala do sonho e da sua centralidade na vida de todas as pessoas.

Na sua opinião, “o sonho tem duas vertentes: a de amigo e a de impulsionador. É uma condição essencial da vida humana e é indispensável para o progresso da humanidade.”

Então, bons sonhos!

“Eles não sabem, nem sonham, / Que o sonho comanda a vida. / E que sempre que um homem sonha / O mundo pula e avança." (António Gedeão)

O sonho é a forma que o ser humano encontrou para expressar os seus desejos, anseios e motivações. É o nosso parceiro em diversos momentos da nossa vida, desde os mais felizes até aos mais tristes.

Quando éramos pequenos, e abríamos as prendas de Natal, e nos deparávamos com aquela boneca de cabelos louros, com o vestido cor de rosa e o biberão a condizer, que já queríamos há tanto tempo, pensávamos imediatamente em todos os momentos que iríamos passar a brincar com ela. Isto é sonhar.

Antes de dormir, quando fechamos os olhos e imaginamos o nosso casamento, a nossa futura casa, as viagens que queremos fazer, os pratos que vamos provar…, estamos a sonhar.

Mas os sonhos são aqueles amigos fiéis e verdadeiros e, como tal, também estão presentes nos momentos menos bons da vida. Todos nós reagimos de forma diferente quando somos invadidos por pensamentos perturbadores e negativistas, mas, no fim de chorarmos e de nos lamentarmos, há sempre uma voz na nossa cabeça que nos diz: “Foca-te nas coisas boas da tua vida, pensa em todos os momentos fantásticos que ainda vais viver.” E, mais uma vez, o nosso amigo sonho aparece para nos ajudar e, com ele, somos capazes de imaginar todos os momentos maravilhosos que ainda queremos vivenciar.

O sonho é, portanto, o nosso grande amigo, e, tal como toda a gente precisa de um grande amigo, também todos precisamos do sonho.

Mas ainda há outra vertente do sonho que acho fundamental abordar. A progressão e a evolução do mundo está diretamente ligada ao sonho. É ele que permite que o mundo evolua e se construa diariamente. Se refletirmos um pouco no assunto, constatamos que para existir água canalizada, para termos aquecimento, para existirem carros, para vivermos num mundo globalizado..., foi necessário alguém sonhar.

O sonho é, portanto, o impulsionador do mundo, pois é devido a ele que a humanidade se desenvolveu, se desenvolve e se edifica todos os dias.

Em suma, na minha opinião, o sonho tem duas vertentes: a de amigo e a de impulsionador. É uma condição essencial da vida humana e é indispensável para o progresso da humanidade.

Maria João Cerqueira, 12.º ano

sábado, 22 de janeiro de 2022

 Teatro “A Noite de Natal” encanta alunos

Os alunos do 6.º ano ficaram encantados com “A Noite de Natal”, um espetáculo teatral inspirado na obra homónima de Sophia de Mello Breyner Andresen, levado a palco pelo Grupo de Teatro MiNC Juvenil.

Encenado por Ana Rosário Costa, o espetáculo marcou o início do Festival de Teatro de Ponte da Barca, que se prolonga pelos próximos meses, e proporcionou aos alunos um contacto muito enriquecedor com os múltiplos códigos cénicos.


Distribuídos por duas sessões e respeitando sempre as regras de segurança da Direção-Geral da Saúde, os participantes tiveram oportunidade de apreciar e aplaudir a riqueza dos adereços e dos cenários, o jogo da luz e do som, a expressividade do movimento e da postura em palco, a força da palavra e do silêncio, protagonizadas por atores que, bem vistas as coisas, são colegas um pouco mais velhos.

Numa época em que muitas vezes viramos a cara para não ver os menos afortunados, a peça falou do divino em cada humano, pelo que, em termos mais globais, este foi também um momento em que os alunos foram confrontados com os valores da amizade pura e verdadeira entre duas crianças de estratos sociais diferentes, da solidariedade, da partilha, e ainda com o desafio da construção de uma sociedade mais inclusiva, mais humanista.

A atividade foi promovida pela Biblioteca Escolar e resultou da estreita parceria existente entre o Agrupamento de Escolas e a Câmara Municipal.

Biblioteca Escolar

segunda-feira, 17 de janeiro de 2022

OPINIÕES DE SEGUNDA

Doze anos marcantes

A escola, para além da família e do meio envolvente, representa um papel central no processo educativo e na formação da personalidade de cada pessoa.

Quase a terminar o Secundário, Maria Barreira analisa como a escola pode moldar “o nosso crescimento enquanto pessoas.” E conclui que muito daquilo que é hoje “se deve a estes doze anos e às pessoas que fizeram parte deles.”

"Muito do que nós somos é resultado do contacto que temos
com o meio em que vivemos e é isso que nos torna diferentes."

Com o aproximar do fim do ensino secundário, tenho vindo a pensar em como a escola pode influenciar o nosso crescimento enquanto pessoas. Ou seja, como é que a escola pode influenciar a nossa maneira de pensar, de agir e até alguns comportamentos que temos no nosso dia a dia.

A educação é o ato de educar, de instruir, de disciplinar, de ajudar a descobrir. No seu sentido mais amplo, educação significa o meio em que os hábitos, costumes e valores de uma comunidade são transferidos de geração em geração.

Por outro lado, a personalidade pode ser definida como as características estáveis de uma pessoa incluindo as capacidades, talentos, hábitos, preferências, fraquezas e outras qualidades importantes que variam de indivíduo para indivíduo. Na formação da personalidade, vários fatores exercem influência como conhecimentos, valores, experiências, crenças, modos de agir, costumes e hábitos.

Na minha opinião, estes dois conceitos estão interligados, ambos se complementam, no sentido em que a educação (a educação escolar e a educação que nos é dada pelos nossos pais) influencia bastante a construção da nossa personalidade. Esta construção tem início logo na infância, quando estabelecemos contacto com a nossa família. Nesse momento, somos influenciados pelas relações às quais somos submetidos com os nossos familiares, pelos processos educativos dos nossos pais, pela região em que moramos, entre outros. A partir daí, os diversos grupos com os quais interagimos no decorrer dos anos também moldam a nossa personalidade como, por exemplo, a escola, o grupo de amigos, os nossos vizinhos, os locais em que nos divertimos, etc. Seguindo esta linha de pensamento, é possível dizer que nós não nos mantemos os mesmos durante toda a nossa vida. Ou seja, quando entramos em contacto com diferentes grupos, a nossa trajetória é marcada por mudanças na forma de agir, de pensar, de encarar as situações, de socializar, enfim, somos seres mutáveis.

No meu caso pessoal, considero que a infância foi a etapa mais marcante no meu crescimento. É verdade que muito daquilo que sou hoje se deve a estes doze anos e às pessoas que fizeram parte deles, desde funcionários, professores, colegas, amigos. Todos foram e são importantes para o meu crescimento enquanto pessoa. A infância foi, sem dúvida, a idade mais bonita, mais feliz e aquela que me dá mais saudade. Também foi decisiva, pois é nesta fase que nós estamos mais “disponíveis” para ouvir, para descobrir, para adquirir valores como o respeito, a empatia, a solidariedade, valores esses essenciais na formação do ser humano.

Maria Barreira, 12.º ano.

terça-feira, 11 de janeiro de 2022

“Presépio em Família” celebra o espírito do Natal

“Presépio em Família” é um livro digital que apresenta os presépios que os alunos das turmas do 3.º C e do 4.º A da EB Diogo Bernardes elaboraram, sob a orientação das respetivas docentes titulares, Adelaide Leite e Guiomar Fernandes.

Construídos em contexto familiar, com recurso a materiais reciclados e/ou biodegradáveis, o resultado deste trabalho de articulação perfeita entre a Escola, a Família e o aluno é um conjunto alargado de verdadeiras obras de arte, que a todos encantam pela sua beleza e originalidade…

Numa segunda parte, o livro digital inclui um breve enquadramento sobre a origem e aspetos simbólicos do Natal, da autoria do Professor Luís Arezes.

Com esta edição da Biblioteca Escolar, pretende-se preservar os trabalhos da voragem irremediável do tempo e ainda reforçar os laços da Escola com a Família e a comunidade em geral.

Aceda aqui ao livro digital...

Biblioteca Escolar 

segunda-feira, 10 de janeiro de 2022

OPINIÕES DE SEGUNDA

Mazelas da Escola do século XXI

No início das atividades letivas do segundo período, Ana Carolina Amorim fala do ensino e dos desafios da Escola do século XXI.

Na sua opinião, “o atual sistema de ensino continua preso no século passado, criando, assim, problemas psicológicos nos estudantes e matando a sua criatividade.”

Para ler, refletir e atuar…

"O atual sistema de ensino continua preso no século passado".

O atual sistema de ensino mata a criatividade – Vivemos numa sociedade onde o ensino passou a ser obrigatório, algo que, para ser atingido, implicou uma luta imensa. No entanto, será o sistema de ensino o mais correto? Ou não será ele o assassino da criatividade dos jovens?

Bem, apesar de estarmos no século XXI, o sistema ficou preso no século XX. Basta pensar na maneira como os jovens, desde crianças, são obrigados a decorar uma certa quantidade de matéria, para aplicar num teste, sem dar uso à sua criatividade, deixando, assim, adormecida essa parte do nosso cérebro. O pior é que, ao longo da nossa vida, grande parte dessa matéria que somos obrigados a decorar durante os 12 anos da escolaridade obrigatória é deveras inútil, enquanto a criatividade descurada nos ajuda a ultrapassar todos os problemas do nosso dia a dia.

Por outro lado, a pressão que o corrente sistema de ensino coloca nos alunos provoca também problemas psicológicos em grande parte deles – situações como a ansiedade e a depressão –, ao não conseguirem os resultados esperados, apesar de muito estudo.

Além disso, a quantidade de matérias para estudar e a quantidade de trabalhos que levamos para casa limitam em muito o tempo que temos para passar com os amigos e família.

Em suma, o atual sistema de ensino continua preso no século passado, criando, assim, problemas psicológicos nos estudantes e matando a sua criatividade.

Ana Carolina Amorim, 12.º ano.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2022

OPINIÕES DE SEGUNDA

Aborto – sim ou não?

É da interrupção voluntária da gravidez que Elsa Peixoto fala na crónica desta segunda, a primeira de 2022.

Na sua perspetiva, em Portugal “a mulher permanece refém dos papéis que lhe são tradicionalmente atribuídos e a emancipação desses costumes continua a exigir um constante confronto com estruturas mentais e culturais profundamente enraizadas.”

Para ler e tomar posição…

Aborto - Sim ou Não?

O que é o aborto? “Aborto” é o termo utilizado para designar a interrupção da gravidez, quando ainda não há viabilidade do feto. Realizado precocemente, em serviços de saúde legais e autorizados, é um ato médico seguro e com reduzidos riscos.

E quais são os motivos que levam uma mulher a abortar? As razões mais frequentes são o risco para a saúde física ou psíquica da mulher grávida, uma grave doença ou malformação do feto, uma gravidez resultante de violação, sendo que, nestes casos, a interrupção voluntária da gravidez está contemplada na lei. Contudo, são muito mais as causas.

Na minha opinião, o aborto é um ato que deve continuar a ser legalizado mundialmente, porque considero ser um direito das mulheres, para que consigamos ter controlo para decidir o que é melhor para cada uma de nós, tanto a nível físico como psicológico.

A meu ver, a ilegalidade da interrupção da gravidez não desencadeia nada de benéfico, porque só por o aborto ser ilegal não significa que deixe de acontecer. Muitas mulheres recorrem a outras opções, como as clínicas clandestinas e os medicamentos abortivos sem orientação médica ou sem eficácia comprovada. Estes procedimentos realizados de modo não seguro podem comprometer a saúde da mulher. Ou seja, o aborto legal protege a vida da mulher, e o aborto mal feito pode ter severas consequências. Já para não falar de que o aborto é a consequência de um problema maior, a violência sexual. Estima-se que 94% das mulheres que procuram ajuda foram vítimas de violação, e 29% destas tinham entre 12 e 19 anos.

Posto isto, acho que a luta pela legalização do aborto é uma luta pelos Direitos Humanos. Os Direitos Sexuais e os Direitos Reprodutivos permitem acesso a informações, educação, métodos contracetivos e serviços médicos oportunos. Assim, estes Direitos deveriam ser universais.

Num país ainda marcado pela herança da ditadura salazarista e pelo peso da Igreja Católica, aquilo que deveria ser um direito inquestionável – a soberania da mulher sobre o seu próprio corpo, a sua sexualidade – continua a não ser consensual. Do mesmo modo, a perceção sobre a mulher continua marcada pela maternidade, como se essa fosse, à partida e por defeito, a sua “condição natural”. A mulher permanece refém dos papéis que lhe são tradicionalmente atribuídos e a emancipação desses costumes continua a exigir um constante confronto com estruturas mentais e culturais profundamente enraizadas, que invisibilizam modos de repressão naturalizados.

Elsa Peixoto, 12.º ano.