Doze anos marcantes
A escola, para além da
família e do meio envolvente, representa um papel central no processo educativo
e na formação da personalidade de cada pessoa.
Quase a terminar o
Secundário, Maria Barreira analisa como a escola pode moldar “o nosso
crescimento enquanto pessoas.” E conclui que muito daquilo que é hoje “se deve
a estes doze anos e às pessoas que fizeram parte deles.”
"Muito do que nós somos é resultado do contacto que temos com o meio em que vivemos e é isso que nos torna diferentes." |
Com o aproximar do fim do ensino secundário, tenho vindo a pensar em como a escola pode influenciar o nosso crescimento enquanto pessoas. Ou seja, como é que a escola pode influenciar a nossa maneira de pensar, de agir e até alguns comportamentos que temos no nosso dia a dia.
A educação é o ato de
educar, de instruir, de disciplinar, de ajudar a descobrir. No seu sentido mais
amplo, educação significa o meio em que os hábitos, costumes e valores de uma
comunidade são transferidos de geração em geração.
Por outro lado, a
personalidade pode ser definida como as características estáveis de uma pessoa
incluindo as capacidades, talentos, hábitos, preferências, fraquezas e outras
qualidades importantes que variam de indivíduo para indivíduo. Na formação da
personalidade, vários fatores exercem influência como conhecimentos, valores,
experiências, crenças, modos de agir, costumes e hábitos.
Na minha opinião, estes
dois conceitos estão interligados, ambos se complementam, no sentido em que a
educação (a educação escolar e a educação que nos é dada pelos nossos pais)
influencia bastante a construção da nossa personalidade. Esta construção tem
início logo na infância, quando estabelecemos contacto com a nossa família.
Nesse momento, somos influenciados pelas relações às quais somos submetidos com
os nossos familiares, pelos processos educativos dos nossos pais, pela região
em que moramos, entre outros. A partir daí, os diversos grupos com os quais
interagimos no decorrer dos anos também moldam a nossa personalidade como, por
exemplo, a escola, o grupo de amigos, os nossos vizinhos, os locais em que nos
divertimos, etc. Seguindo esta linha de pensamento, é possível dizer que nós
não nos mantemos os mesmos durante toda a nossa vida. Ou seja, quando entramos
em contacto com diferentes grupos, a nossa trajetória é marcada por mudanças na
forma de agir, de pensar, de encarar as situações, de socializar, enfim, somos
seres mutáveis.
No meu caso pessoal,
considero que a infância foi a etapa mais marcante no meu crescimento. É
verdade que muito daquilo que sou hoje se deve a estes doze anos e às pessoas
que fizeram parte deles, desde funcionários, professores, colegas, amigos.
Todos foram e são importantes para o meu crescimento enquanto pessoa. A
infância foi, sem dúvida, a idade mais bonita, mais feliz e aquela que me dá
mais saudade. Também foi decisiva, pois é nesta fase que nós estamos mais
“disponíveis” para ouvir, para descobrir, para adquirir valores como o
respeito, a empatia, a solidariedade, valores esses essenciais na formação do
ser humano.
Maria Barreira, 12.º ano.
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