segunda-feira, 29 de março de 2021

OPINIÕES DE SEGUNDA

 Saber fazer uma filtragem crítica da informação

Na sociedade mediática em que vivemos, somos inundados com informação como nunca se imaginou ser possível.

No meio deste imenso oceano, a Inês Rêgo chama a atenção para a necessidade de sabermos filtrar os conteúdos, sob pena de corrermos o risco de sermos cidadãos muito mal informados e facilmente manipulados. Porque muito dessa alegada informação mais não é do que desinformação.

É uma questão de literacia mediática…

"(...) torna-se crucial, nos dias de hoje, 
fazer uso de espírito crítico." 

Saber fazer uma filtragem crítica da informação – Com a globalização e o crescimento das redes sociais, é cada vez mais fácil ter acesso a informação, inclusivamente, em tempo real. Contudo, com esta abundância de recursos e informação de todos os tipos, somos também expostos a uma enorme quantidade de informação pouco fidedigna ou mesmo falsa – as chamadas Fake News.

Lamentavelmente, as Fake News podem mesmo chegar-nos por intermédio de figuras possuidoras de autoridade e a quem atribuímos credibilidade, à escala nacional ou internacional, cujo papel deveria ser, entre outros aspetos, manter-nos devidamente informados.

Para evitar que caiamos no erro ou permaneçamos na ignorância, torna-se crucial, nos dias de hoje, fazer uso de espírito crítico e saber filtrar a informação que nos chega, rejeitando aquela que não é fiável.

Contudo, tem-se tornado cada vez mais difícil fazer esta seleção, pelo que, na minha opinião, não compete apenas ao cidadão comum procurar fontes seguras de conteúdo de caráter informativo, mas cabe também às entidades que regulam a comunicação social, as redes sociais e a própria World Wide Web criar normas e sanções (apropriadas à situação em causa), que combatam aquilo que se está a tornar numa pandemia.

Assim, do meu ponto de vista, é fundamental a adoção de medidas a nível individual (como a procura da certificação da informação, evitar utilizar fontes não credíveis ou fazer uma filtragem crítica da informação a que somos expostos), mas é, também, essencial que as entidades responsáveis adotem medidas de outro caráter, para proteger quem navega na Internet contra a desinformação manipuladora.

Inês Rêgo, 11.º ano.

sábado, 27 de março de 2021

 Sarau de Poesia celebra a Vida

Um sarau de poesia à distância marcou a conclusão das atividades letivas do 2.º período no Agrupamento de Escolas de Ponte da Barca.

Promovida pela Biblioteca Escolar, esta festa da palavra realizou-se no último dia de aulas, à noite, e mobilizou os alunos dos 3.º e 4.º anos das diversas escolas do Agrupamento, assim como as respetivas docentes.

Através de uma plataforma digital, todos sentiram, ainda que fisicamente distantes, a alegria da proximidade e a magia do encontro sem máscaras, olhos nos olhos, mediado através do encanto da palavra feita poesia.

Esta ideia foi, aliás, sublinhada pelo Diretor do Agrupamento, na sua mensagem final aos participantes e respetivas famílias.

Depois de testemunhar o seu apreço pela iniciativa e de felicitar os envolvidos, Carlos Louro fez o elogio da palavra e da leitura, mais ainda neste tempo novo de pandemia e de confinamentos, terminando com um aplauso pela celebração do encontro, da poesia e da língua portuguesa.

Nesta festa da palavra, cantou-se a vida e os sentimentos mais nobres, entre eles a alegria e a amizade. Daí que o sarau tenha encerrado com uma paráfrase de uma quadra ao gosto popular de Fernando Pessoa:

Tenho um desejo comigo

Que agora vou repetir:

Somos todos bons amigos,

Com amizade e a sorrir!...

Uma Páscoa Feliz e… saúde.

Biblioteca Escolar



quarta-feira, 24 de março de 2021

 “Aqui há História!”

Regressados os mais novos ao ensino presencial, prosseguiu o ciclo “Aqui há história!”, com a Biblioteca Municipal a dinamizar mais uma sessão junto de cada uma das 25 salas/turmas da Educação Pré-escolar e do 1.º Ciclo do Agrupamento de Escolas de Ponte da Barca.

Em articulação com a Biblioteca Escolar e os respetivos Departamentos, Inês Araújo visitou as Escolas Básicas Diogo Bernardes, de Entre Ambos-os-Rios e de Crasto, onde deu voz à palavra e à imaginação, fomentando entre os mais novos o gosto pelo livro e pela leitura.

O trabalho foi desenvolvido a partir dos livros “O elefante diferente”, de Manuela Castro Neves e ilustração de Madalena Matoso, “Uma lição de amor”, de Carmen Garcia e ilustração de Tiago Leal, e “Uma baleia no quarto”, de João Miguel Tavares e ilustração de Ricardo Cabral.

A iniciativa tem uma periodicidade mensal e acontece no âmbito do SABE (Serviço de Apoio à Biblioteca Escolar), uma estrutura com a missão de fomentar uma política coordenada de aquisições, apoio técnico especializado, dinamização do empréstimo interbibliotecas e desenvolvimento de atividades conjuntas nas áreas da promoção da leitura, da literacia da informação e da animação cultural no Concelho de Ponte da Barca.

Biblioteca Escolar



segunda-feira, 22 de março de 2021

OPINIÕES DE SEGUNDA

Tempos de confinamento

Neste tempo estranho, marcado por tantas perdas e pela saudade de tantas experiências felizes, há também muitas descobertas a valorizar.

Ao fim de um ano de pandemia, a Rita Vilela esboça um balanço deste tempo “que parece não ter fim”. Fala do lado sombrio e de realidades novas, porque “a verdade é que passamos a dar valor às pequenas coisas que antes nos pareciam tão insignificantes.”

Para ler e (re)pensar!   

"(...) dar valor às pequenas coisas 
que antes nos pareciam tão insignificantes."

Tempos de confinamentoSaudade! O que melhor descreveria esta fase, que já se prolonga há mais de um ano? Uma fase em que a solidão e o isolamento se apoderam de nós e nos deixam um vazio na alma…

Este ano, que parece não ter fim, tem muito que se lhe diga. Desespero e aflição da classe médica que luta com todas as suas forças, a tristeza de quem perde pessoas especiais e a angústia daqueles cuja vida parou e os deixou desamparados, sem nada. Um ano caótico, deveras, mas deu que pensar, isso deu. 

A verdade é que passamos a dar valor às pequenas coisas que antes nos pareciam tão insignificantes. O toque, os abraços, uma boa conversa, os sorrisos contagiantes, as tão queridas festas populares, o convívio com os amigos e tantas outras coisas. Esta solidão que nos atormenta deixa-nos a pensar como a vida era tão bonita, tão simples, mas tão bonita. Percebemos que tudo isto, os afetos, a união, o convívio e a proximidade nos fazem tanta falta.

E estes momentos desafiantes e agonizantes em que vivemos, a ausência de toda a convivência e contacto físico servem-nos de reflexão.  Ausência esta que nos deixa um vazio melancólico que só as lembranças e a esperança preenchem.

Por fim, fica a saudade, a saudade de tudo, dos momentos, das pessoas, das mais pequenas coisas que não valorizamos, inclusive daquilo que nos foi impedido de viver.

Rita Vilela, 11.º ano.

segunda-feira, 15 de março de 2021

OPINIÕES DE SEGUNDA

 A arte de simplificar

Nesta edição do “Opiniões de Segunda”, a Ana Rita Garrido fala do minimalismo e do combate à “sociedade consumista em que vivemos”.

Na sua perspetiva, trata-se de uma questão de qualidade de vida individual e de proteção do presente e do futuro do planeta. É que, “se toda a gente mudasse, só um bocadinho, os seus hábitos consumistas, conseguiríamos alcançar um mundo muito mais sustentável.” 

"(...) alcançar um mundo muito mais sustentável."

A arte de simplificar – O minimalismo e a arte de simplificar referem-se, primeiramente, a uma corrente estética e a uma série de movimentos culturais que percorreram diversos momentos do século XX. Mas não é essa a razão pela qual eu me refiro a ele nesta crónica...

O minimalismo aparece como uma expressão comportamental da sociedade e, na minha opinião, é muito mais do que um estilo de vida ou preferência estética. O minimalismo é uma forma de combater a sociedade consumista em que vivemos.

Uma das vantagens da cultura minimalista é que com essa atitude ganhamos mais tempo e deixamos de viver períodos tão estressantes, uma vez que temos menos coisas com que nos preocupar e focamo-nos naquilo que realmente importa. Por exemplo, aquele tempo todo que perdemos de manhã à procura de um casaco no meio dos vinte que não usamos, quando podíamos ter apenas os cinco a que realmente damos utilidade.

A vantagem que, a meu ver, é a mais relevante prende-se com o combate ao consumismo e, como consequência, tornar a sociedade e o mundo algo mais sustentável. Quando consumimos de forma compulsiva e sem necessidade, estamos a prejudicar gravemente o planeta, que é a nossa Casa Comum, ao contrário do consumismo qualitativo, em que se consome menos, logo produz-se menos lixo. Comprar coisas com uma qualidade mais elevada e que sabemos que vão durar muito tempo é melhor do que comprar algo com uma qualidade questionável só porque sabemos que é mais barato e que por um curto espaço de tempo vai servir o seu propósito. 

 Em síntese, o minimalismo tem estas e muitas mais vantagens, no que diz respeito a mudar a sociedade consumista.  Se toda a gente mudasse, só um bocadinho, os seus hábitos consumistas, conseguiríamos alcançar um mundo muito mais sustentável. 

Ana Rita Garrido, 12.º ano.

segunda-feira, 8 de março de 2021

SEMANA DA LEITURA - Ler! A qualquer hora, em qualquer lugar!


"Ler sempre. Ler em qualquer lugar" é o tema da Semana da Leitura 2021, este ano em versão online.

Apesar do confinamento, o Agrupamento de Escolas de Ponte da Barca continua empenhado em valorizar ainda mais esta boa prática da leitura, procurando "criar uma rede de palavras, vozes e textos que nos ajudem a enfrentar estes tempos de incerteza!”.

Dia a dia, até sexta-feira, vamos festejar o livro e a leitura "como ato de prazer, de imaginação e lugar de encontro, criativo e colaborativo", apresentando propostas, sugerindo viagens.

Com esta iniciativa, o Grupo 300, a Biblioteca Escolar e a equipa do Plano Nacional das Artes desejam levar o texto e a leitura ao encontro das pessoas, para que, num ambiente informal e descontraído, se deixem seduzir pelo encanto da palavra escrita, lida, dita, cantada...

No Dia Internacional da Mulher, começamos por apresentar sugestões, que celebram o eterno feminino. Lembra-te que "A leitura abre as janelas do entendimento e desperta-nos do sono da sabedoria".

Boas leituras! Viva a Palavra!

Consulta o cartaz e acede aqui aos links que te são propostos.

A Organização


OPINIÕES DE SEGUNDA

 Obrigada aos meus pais!

A Escola, a Comunidade e a Família desempenham um papel central na formação de uma pessoa. Mas, na opinião da Joana Gonçalves, é em casa que tudo começa. Porque – escreve – “os pais são o nosso porto de abrigo e desempenham um papel fundamental na orientação do nosso percurso, quer educativo, quer profissional, quer pessoal.”

“Educar é semear com sabedoria e colher com paciência”. (Augusto Cury)

Obrigada aos meus pais! – Os pais desempenham um papel fundamental na educação dos seus filhos e também ao nível do seu percurso escolar e profissional. São os grandes pilares e neles está a enorme responsabilidade de formar pessoas para o futuro…

Educar é promover a educação, transmitir o conhecimento dos processos sociais e culturais e proporcionar meios que permitam aos filhos viver numa determinada sociedade. Mas educar é também compreender, acarinhar, repreender, enfim…, ensinar.

Neste processo complexo de formar cidadãos com valores e com princípios, entram também a escola, os professores, toda a comunidade. É desta conjugação de fatores que surge o sucesso ou o insucesso das gerações atuais e futuras.

Mas, na minha opinião, é em casa que tudo começa, desde o momento em que nos é cortado o cordão umbilical. Cada dia é uma nova aprendizagem que aumenta progressivamente com o passar dos anos, ganhando formas diferentes, implicando responsabilidades acrescidas, até que sejamos capazes de trilhar cada um o nosso próprio caminho.

E os anos sucedem-se, até que chega a altura de tomar decisões, assumir compromissos, arcar com as responsabilidades. Também nesta fase, os pais têm um papel fundamental. É importante saber ouvir, esclarecer, dar opinião, aconselhar sem interferir…

Concluindo, o papel dos pais é muito vasto e sobre ele haveria muito para dizer e escrever. Basicamente, os pais são o nosso porto de abrigo e desempenham um papel fundamental na orientação do nosso percurso, quer educativo, quer profissional, quer pessoal… São parte daquilo em que nos tornamos!

Obrigada aos meus pais!

 Joana da Silva Gonçalves, 8.º ano.

segunda-feira, 1 de março de 2021

OPINIÕES DE SEGUNDA

 A solidão também mata

Em tempos de pandemia, de confinamento e de distanciamento físico, a solidão torna-se ainda mais difícil de suportar.

Trata-se de um problema com graves implicações, tanto a nível psicológico como físico, pelo que, na opinião da Matilde Silva, exige-se uma intervenção urgente, “de forma a potenciar o bem-estar da população”.

"(...) Potenciar o bem-estar da população".

A solidão também mata – Atualmente, observando tudo ao meu redor, apercebo-me que muitas pessoas estão a experienciar períodos de solidão, mostrando-se urgente intervir nesta problemática.

Em primeiro lugar, a solidão assume-se como um problema em que a intervenção é importante, pois, por vezes, altera não só o estado psicológico das pessoas, mas também o físico, o que, em casos de gravidade severa e sem atuação antecipada, pode levar ao início de várias situações complexas como, por exemplo, a depressão ou, no limite, o suicídio. Importa ainda referir que temos de ter em conta vários fatores inerentes ao ser humano, já que somos dotados de diferentes formas de pensar e agir e, por isso, reagimos às situações de forma diferente.

Em segundo lugar, a solidão é um problema que afeta em grande número os idosos, por diversas razões que passo a explicitar: o isolamento após a viuvez; o abandono de idosos pela família; a solidão após a reforma e, acima de tudo, devido à pandemia que estamos a atravessar, que se mostra mais perigosa para a população idosa, de tal modo que, como forma de proteção e prevenção, se apela ao seu isolamento nas habitações. No entanto, na minha opinião, considero que este problema da solidão pode ser igualmente trágico e, por isso, devemos tentar encontrar um meio termo, conseguindo proteger aqueles de que mais gostamos, mas, ao mesmo tempo, não deixando ninguém completamente sozinho, mas, sim, ajudando-o, de maneira a que se sinta melhor.

Em suma, apercebo-me que a pandemia nos alertou para o problema que é a solidão e para as implicações que esta pode ter, tanto a nível psicológico como físico. Desta forma, considero urgente intervir nesta problemática, de forma a potenciar o bem-estar da população.

Matilde Silva, 9.º ano.