quinta-feira, 28 de abril de 2016

Escola vence distrital do Concurso de Leitura
A Escola Básica e Secundária de Ponte da Barca fez o pleno na fase distrital do Concurso Nacional de Leitura, disputada em Caminha.
Pela primeira vez na história do certame – que já vai na sua décima edição –, aconteceu algo de surpreendente: o primeiro lugar nos dois escalões em disputa foi conquistado por alunos da mesma escola.
Sara Arezes, vencedora no escalão do 3.º ciclo
Cristina Azevedo, vencedora no escalão do secundário
No 3.º ciclo, o júri declarou vencedora Sara Arezes, do 9.º ano, enquanto no secundário o troféu foi atribuído a Cristina Azevedo, do 11.º ano.
A EBS de Ponte da Barca foi, assim, duplamente aplaudida pela plateia que lotou o Teatro Municipal Valadares, constituída por estudantes e professores das escolas do Alto Minho.
A sessão contou ainda com a presença do Presidente da Câmara Municipal de Caminha, do vereador da Cultura, da gerente do balcão local da Caixa de Crédito Agrícola, que patrocinou os prémios, e de Teresa Calçada, membro do grupo de trabalho que em 1996 definiu os princípios orientadores do Programa Rede de Bibliotecas Escolares, de que foi coordenadora até há bem pouco tempo, e presidente da mesa da assembleia da Associação para o Voluntariado de leitura, no âmbito da qual integra o projeto Voluntários de Leitura.
Comitiva barquense (da esquerda para a direita):
Rita Amorim, Margarida Silva, Inês Costa, Carlota Rego, Cristina Azevedo e Sara Arezes
Às duas alunas de Ponte da Barca cabe agora a responsabilidade, mas também a honra, de defender as cores do Alto Minho na final nacional, no início de julho.
Recorde-se que o concurso é promovido pelo Plano Nacional de Leitura (PNL) em parceria com a Rede de Bibliotecas Escolares (RBE), a Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas (DGLAB), o Camões IP, a Direção-Geral da Administração Escolar (DGAE) e a RTP1.
Prof. Luís Arezes

terça-feira, 19 de abril de 2016

Ainda "LER É SABER +"

Prosseguindo a iniciativa “Ler é Saber +”, publicamos mais quatro depoimentos de leitura, desta feita da autoria de alunas do 10.º ano.
Trata-se de experiências amadurecidas no âmbito do “Contrato de Leitura” realizado sob a orientação da docente de Português, Professora Frederica Cascão.
Porque a leitura é uma ferramenta preciosa que ajuda a estruturar o pensamento, alarga horizontes, forma cidadãos, insistimos no desafio – “Venham daí mais depoimentos para partilhar…”.
Boas Leituras!
Biblioteca Escolar
“O Mundo de Sofia”, de Jostein Gaarder

Jostein nasceu no mês de agosto, em Oslo (Noruega). É autor de romances filosóficos, de contos e de histórias. Foi professor de Filosofia no ensino secundário, antes de iniciar a carreira literária. Foi, precisamente, o sucesso deste livro que o fez dedicar-se à escrita, a tempo inteiro.
Na véspera do seu aniversário de 15 anos, Sofia começa a receber bilhetes e cartões postais bastante estranhos. Os bilhetes são anónimos e perguntam-lhe quem ela é e de onde vem o mundo. Os postais foram supostamente enviados do Líbano, por um major desconhecido, para uma tal Hilde, jovem que Sofia desconhece.
Mesmo antes de ter tempo para encontrar uma resposta para tais enigmas, Sofia recebe outra carta e outra, não para de receber tais cartas filosóficas anónimas e não descansa enquanto não descobre quem lhas envia.
O mistério dos bilhetes e dos postais são o ponto de partida desta aventura filosófica. De capítulo em capítulo, de lição em lição, o leitor é convidado a pisar toda a história da Filosofia ocidental – dos pré-socráticos aos pré-modernos.
Mariana Lima, 10.º ano

“A Cidade dos Ossos”, de Cassandra Clare

A série “Os Caçadores de Sombras”, escrita pela autora americana Cassandra Clare, nascida a 27 de julho de 1973, é constituída por seis livros (A Cidades dos Ossos, A Cidade das Cinzas, A Cidade de Vidro, A Cidade dos Anjos Caídos, A Cidade das Almas Caídas e A Cidade do Fogo Celestial) e pertence à coleção/saga “Os Instrumentos Mortais”.            
Estes livros contam-nos a história de Clary, a protagonista, que é uma rapariga normal aos olhos de humanos comuns. Na verdade, ela é filha de dois “Caçadores de Sombras”, humanos com sangue angelical nas suas veias, o que lhes concede habilidades fantásticas de guerreiro, cujo “trabalho” é proteger a humanidade de criaturas demoníacas e do mal, sendo o pai uma das figuras mais temidas e perigosas da comunidades dos “Caçadores”, algo que a sua mãe tentara esconder a todo o custo. Infelizmente para a progenitora, o seu objetivo falhou.
Aconselho fortemente a leitura, se possível, da saga inteira, visto que é uma história única, com um estilo raro de fantasia escura, acompanhada com a quantidade certa de aventura, romance, drama e suspense, com personagens interessantes, algo importante para uma boa história.
Laura Costa, 10.º ano 

“Meu Pé de Laranja Lima”, de José Mauro de Vasconcelos

“De pedaço em pedaço é que se faz ternura”.
É um gosto estar aqui a partilhar convosco o livro que apresentei na aula de Português.
Esta é uma história sobre Zezé, um menino de seis anos que vive com os seus pais e irmãos, família pobre. Zezé é inteligente, sensível e criativo, mas muito traquina. Aprendeu demasiado cedo o que era a dor e a tristeza, acabando por usar o mundo da imaginação para fugir à realidade, tendo por confidente um pé de laranja lima, a que chama Xururuca. É nesta fantasia que Zezé encontra a alegria de viver e a força para vencer as suas adversidades.
Valeu a pena ler esta obra porque tem uma história simples, porém belíssima, como ser criança e crescer, perdendo a inocência no processo. Esta história também serve para nos lembrar que as crianças têm muito a ensinar-nos com a sua visão descomplicada do mundo.
É uma leitura viciante e quase obrigatória.
Joana Mendes, 10.º ano

“A Concubina Russa”, de Kate Furnivall

Fiquei interessada pelo livro no momento em que vi o título, “A Concubina Russa”. Esta simples frase cativou-me, devido à raridade com que se ouve e escreve, pelo menos hoje em dia, a palavra “concubina”.
Em todos os livros que lera, tinha encontrado esse termo poucas vezes, mas nunca me dei ao trabalho de ir procurar o seu significado, por ser irrelevante ao conteúdo das histórias em causa.
Descobri, agora, que concubina é, basicamente, um termo para designar amante e/ou mulher ilegítima, que se usava mais no passado, e também um termo para prostituta privada.
Esperava que o livro se concentrasse unicamente em romance, mas estava errada. A contracapa refere também a coragem, a astúcia e a lealdade que a personagem possuía, e nem era para com o seu interesse amoroso, era muito mais, era para com sua mãe.
Por isso, decidi lê-lo e garanto que não fiquei desiludida.
Laura Costa, 10.º ano

quinta-feira, 14 de abril de 2016

Saramago ganha vida


A apresentação pública de uma peça escultórica de José Saramago, da autoria do professor José Félix, motivou uma sessão sobre o Prémio Nobel da Literatura, em que participaram a Direção do Agrupamento, professores e os alunos do 12.º ano da Escola Secundária.

Os participantes aplaudiram a escultura, tendo o Diretor, Carlos Louro, felicitado o autor da peça, uma obra singular que, segundo afirmou, constitui uma interessantíssima representação de Saramago e um desafio a um estudo mais atento do “Memorial do Convento”, por parte dos alunos do 12.º ano.
Na mesma linha se pronunciou o professor José Félix, que alargou o apelo a todos os alunos, porque – sublinhou – a Arte é um desafio para todos e é neste contexto que considero importante deixarmos, na Biblioteca Escolar, este marco de um artista das letras.

Considerando que os alunos do 12.º ano estão a iniciar o estudo do “Memorial do Convento”, a sessão incluiu um momento de tertúlia sobre esta obra.
Depois da visualização do documentário da RTP da série “Grandes Livros”, a professora Frederica Cascão falou da relevância que a arte musical assume na obra, com destaque para Scarlatti e para o poder mágico da música do seu cravo.
Por sua vez, o professor Soares Alves partilhou a sua experiência de leitor do romance, sugerindo algumas pistas de abordagem e destacando a importância do tema da justiça, ao longo da narrativa.
Aliás, o Subdiretor do Agrupamento convidou mesmo os alunos a fazerem uma leitura do “Memorial do Convento” à luz da atualidade ou vice-versa, dedicando especial atenção às arbitrariedades e às injustiças.
Promovida pela Biblioteca Escolar no âmbito da Semana das Artes, esta sessão pretendeu ser um contributo para a divulgação do único Prémio Nobel da Literatura Portuguesa e, ao mesmo tempo, despertar, entre os alunos do 12.º ano, um maior interesse pelo estudo do “Memorial do Convento”, um romance polifónico, que remete para inúmeras intertextualidades.
Prof. Luís Arezes 

segunda-feira, 4 de abril de 2016

Ler é Saber +
Dando continuidade à iniciativa “Ler é Saber +”, sete alunos dos 8.º C, D e E partilham as suas experiências de leitura levadas a cabo ao longo do 2.º período.
São depoimentos sobre outros tantos livros trabalhados no âmbito do Plano Nacional de Leitura, sob a orientação da docente de Português, Professora Fátima Marques.
A avaliar pelo que afirmam, numa coisa estão de acordo: “A leitura é uma fonte inesgotável de prazer” (Carlos Drummond de Andrade). E uma ferramenta preciosa que ajuda a estruturar o pensamento, alarga horizontes, forma cidadãos.
Venham daí mais depoimentos para partilhar…

Biblioteca Escolar

A Lua de Joana, de Maria Teresa Maia Gonzalez

Aconselho esta obra aos meus amigos, uma vez que é um livro extraordinário, com um enorme significado, que nos faz perceber que temos de dar atenção ao que nos rodeia, ao que está dentro de nós. Ao lê-lo, percebi que “…não podemos deixar de pensar na forma como, muitas vezes, relegamos para segundo plano aquilo que é realmente importante na vida.”
Este livro mostra-nos como a solidão e o sentimento de incompreensão nos pode afetar de uma maneira trágica, fazendo-nos perder o sentido da vida.
Aqui fica uma das frases que achei mais bonita: “E percebi que os sorrisos servem para uma data de coisas, como por exemplo para tapar buracos que aparecem quando o mar das palavras se transforma em deserto.”
Luna Joana Taveira Dantas, 8.º D





Chocolate à Chuva, de Alice Vieira


“Este livro conta-nos a história de duas raparigas, Mariana e a sua melhor amiga, que se ajudam uma à outra, nos bons e nos maus momentos.
Nesta história, Rita (a melhor amiga de Mariana) passa um mau momento, uma vez que os pais se separam. Porém, ao longo da narrativa, Mariana ajuda-a a perceber que aquela separação não é o fim do mundo e que aquele pesadelo vai acabar por passar.
Mariana e Rita vão percebendo que a amizade é o melhor que a vida nos pode dar e, apesar de haver muitas outras coisas importantes, a amizade é a base de tudo e que os amigos estão sempre connosco.
Vitória Botelho, 8.º D





Contemplação da Coroa, de Maria Teresa Maia Gonzalez

Este livro fala da infância de Teresa e do momento em que descobre um homem preso numa cruz com uma coroa estranha na cabeça. Após indagar sobre as causas deste acontecimento, ela tenta ajudá-lo a sair da cruz, que tanto o faz sofrer, passando sempre por grandes dilemas nos quais se tem de enfrentar a sim mesma e às diversas situações que vão aparecendo, ao longo do tempo.
Aqui ficam algumas das frases que achei mais bonitas: “Não consegui dizer mais nada, porque os olhos dele estavam cada vez mais brilhantes e eu sabia que ele nem sequer podia chorar à vontade – só para dentro, como fazia a Augusta, segundo a Fernanda me tinha contado. E devia ser horrível chorar para dentro: ficar com o coração cheio de lágrimas, todo molhado e com frio.”
Diana Gonçalves Fernandes Gomes, 8.º D




Gangues, de Robert Muchamore

É a história de um rapaz de 8 anos, Dante, que vê a sua família ser assassinada por quem menos esperava. Depois de ele e a irmã bebé escaparem à chacina, entram para a Cherub (serviços secretos). Com 13 anos, Dante vai participar de uma missão com os irmãos Adams onde vai poder vingar a morte da sua família. Nem tudo se passa como ele esperava e o mau da fita, cabecilha de um grupo de motards, escapa mais uma vez, mas James, amigo de missão de Dante, irá, no volume seguinte, ter a oportunidade de fazer justiça.
Aconselho esta obra aos meus amigos, uma vez que as personagens são adolescentes envolvidos em missões que adultos não conseguem resolver. Aborda temas interessantes, tais como um novo conceito de família (estas crianças perderam as suas famílias, mas encontraram uma nova no seio da Cherub), a sexualidade nos jovens, a capacidade de tomar decisões acertadas na idade deles…
Nélson José Sousa da Silva, 8.º C


O Rapaz do Caixote de Madeira
de Leon Leyson, Marilyn Harran e Elizabeth Leyson


“Este livro conta-nos a história de Leon Leyson, um rapaz judeu, e da sua família.
Durante a 2.ª Guerra Mundial, a Polónia foi invadida pelos nazis; então, Leon, com apenas com 10 anos, e a sua família, foram obrigados a deslocar-se para o gueto de Cracóvia, local onde viviam os judeus.
Antes da invasão nazi, Leon era considerado uma criança normal, com uma infância feliz. Porém, a guerra veio alterar profundamente a vida do rapaz que acabou por ser separado da família e foi confrontado com situações demasiado complicadas para a sua ainda tenra idade.
Alice Moutinho, 8.º C






O Último Grimm, de Álvaro Magalhães

Este livro relata-nos a história de dois irmãos chamados William e Peter, de catorze e doze anos respetivamente. Quando foram passar férias à Quinta da Pedra Azul, William apercebeu-se de que conseguia ver duendes e fadas, mas ninguém lá em casa acreditava nem, ao princípio, o próprio irmão que dizia que “os dois eram um”, de acordo com o lema que ambos inventaram. Mais tarde, William descobriu que a sua capacidade de ver criaturas fictícias o tornava num Grimm (“aquele que vê”)!
Aconselho esta obra aos meus amigos, uma vez que, com ele, aprendi que devemos confiar nas pessoas e na amizade. O espírito de partilha e a solidariedade foram constantes ao longo do livro. Esta obra ensinou-me também a acreditar e a valorizar as pequenas coisas da vida. É uma obra repleta de aventuras transmitidas numa linguagem muito fácil de compreender. A ação é dinâmica e cativa o leitor.
Nuno Guilherme da Cruz Varela, 8.º D


Uma Criança Chamada Amor, de Mary MacCracken




“Este livro conta-nos a história de Hannah, uma menina com distúrbios de aprendizagem, considerada selvagem, pela sociedade, e da sua professora que, ao contrário das outras pessoas, não a rejeitou, dedicando-se com todo o amor, carinho e paciência a uma longa e incrível viagem de recuperação.
Aqui ficam registadas as frases que achei mais bonitas: “- Vês, Brian? Eu agora não sou estúpida. Não sou retardada. – abriu a porta, veio cá para fora e afirmou com toda a segurança: - Agora sou amor.”
Carolina Pereira, 8.º E