Prosseguindo a
iniciativa “Ler é Saber +”, publicamos mais quatro depoimentos de leitura,
desta feita da autoria de alunas do 10.º ano.
Trata-se de
experiências amadurecidas no âmbito do “Contrato de Leitura” realizado sob a
orientação da docente de Português, Professora Frederica Cascão.
Porque a leitura
é uma ferramenta preciosa que ajuda a estruturar o pensamento, alarga
horizontes, forma cidadãos, insistimos no desafio – “Venham daí mais
depoimentos para partilhar…”.
Boas Leituras!
Biblioteca Escolar
“O Mundo de Sofia”, de Jostein
Gaarder
Jostein nasceu no mês de agosto, em Oslo (Noruega). É
autor de romances filosóficos, de contos e de histórias. Foi professor de Filosofia
no ensino secundário, antes de iniciar a carreira literária. Foi, precisamente,
o sucesso deste livro que o fez dedicar-se à escrita, a tempo inteiro.
Na véspera do seu aniversário de 15 anos, Sofia começa
a receber bilhetes e cartões postais bastante estranhos. Os bilhetes são
anónimos e perguntam-lhe quem ela é e de onde vem o mundo. Os postais foram
supostamente enviados do Líbano, por um major desconhecido, para uma tal Hilde,
jovem que Sofia desconhece.
Mesmo antes de ter tempo para encontrar uma resposta
para tais enigmas, Sofia recebe outra carta e outra, não para de receber tais
cartas filosóficas anónimas e não descansa enquanto não descobre quem lhas
envia.
O mistério dos bilhetes e dos postais são o ponto de
partida desta aventura filosófica. De capítulo em capítulo, de lição em lição,
o leitor é convidado a pisar toda a história da Filosofia ocidental – dos
pré-socráticos aos pré-modernos.
Mariana Lima, 10.º ano
“A Cidade dos Ossos”,
de Cassandra Clare
A série “Os Caçadores de Sombras”, escrita pela autora
americana Cassandra Clare, nascida a 27 de julho de 1973, é constituída por
seis livros (A Cidades dos Ossos, A Cidade das Cinzas, A Cidade de Vidro, A Cidade dos Anjos Caídos, A Cidade
das Almas Caídas e A Cidade do Fogo
Celestial) e pertence à coleção/saga “Os Instrumentos Mortais”.
Estes livros contam-nos a história de Clary, a protagonista,
que é uma rapariga normal aos olhos de humanos comuns. Na verdade, ela é filha
de dois “Caçadores de Sombras”, humanos com sangue angelical nas suas veias, o
que lhes concede habilidades fantásticas de guerreiro, cujo “trabalho” é
proteger a humanidade de criaturas demoníacas e do mal, sendo o pai uma das
figuras mais temidas e perigosas da comunidades dos “Caçadores”, algo que a sua
mãe tentara esconder a todo o custo. Infelizmente para a progenitora, o seu
objetivo falhou.
Aconselho fortemente a leitura, se possível, da saga
inteira, visto que é uma história única, com um estilo raro de fantasia escura,
acompanhada com a quantidade certa de aventura, romance, drama e suspense, com
personagens interessantes, algo importante para uma boa história.
Laura
Costa, 10.º ano
“Meu Pé de Laranja Lima”, de
José Mauro de Vasconcelos
“De pedaço em pedaço é que se faz ternura”.
É um gosto estar aqui a partilhar convosco o
livro que apresentei na aula de Português.
Esta é uma história sobre Zezé, um menino
de seis anos que vive com os seus pais e irmãos, família pobre. Zezé é
inteligente, sensível e criativo, mas muito traquina. Aprendeu demasiado cedo o
que era a dor e a tristeza, acabando por usar o mundo da imaginação para fugir
à realidade, tendo por confidente um pé de laranja lima, a que chama Xururuca.
É nesta fantasia que Zezé encontra a alegria de viver e a força para vencer as
suas adversidades.
Valeu a pena ler esta obra porque tem uma história simples, porém
belíssima, como ser criança e crescer, perdendo a inocência no processo. Esta
história também serve para nos lembrar que as crianças têm muito a ensinar-nos
com a sua visão descomplicada do mundo.
É uma leitura viciante e quase obrigatória.
Joana Mendes, 10.º ano
“A Concubina Russa”, de
Kate Furnivall
Fiquei interessada pelo livro no momento em que vi o título, “A
Concubina Russa”. Esta simples frase cativou-me, devido à raridade com que se
ouve e escreve, pelo menos hoje em dia, a palavra “concubina”.
Em todos os livros que lera, tinha encontrado esse termo poucas
vezes, mas nunca me dei ao trabalho de ir procurar o seu significado, por ser
irrelevante ao conteúdo das histórias em causa.
Descobri, agora, que concubina é, basicamente, um termo para designar
amante e/ou mulher ilegítima, que se usava mais no passado, e também um termo
para prostituta privada.
Esperava que o livro se concentrasse unicamente em romance, mas
estava errada. A contracapa refere também a coragem, a astúcia e a lealdade que
a personagem possuía, e nem era para com o seu interesse amoroso, era muito
mais, era para com sua mãe.
Por isso, decidi lê-lo e garanto que não fiquei desiludida.
Laura Costa, 10.º ano
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