BOAS FESTAS

Sarau de Poesia celebra o Natal

Um grupo alargado de alunos do 1.º Ciclo deu voz a um Sarau de Poesia, com textos de autores da lusofonia centrados na temática do Natal e no espírito da quadra que estamos a viver.

Promovido pela Biblioteca Escolar, o Sarau decorreu no auditório da Escola Básica Diogo Bernardes e registou ainda a participação de colegas, professores e de alguns encarregados de educação.

Em sintonia, todos deram voz à Palavra feita musicalidade, ritmo, Poesia. Em suma, todos disseram/ sentiram a riqueza e a beleza da Arte, celebrando o Natal e trabalhando para a construção de uma “Escola a Ler”... 

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Animação teatral entusiasma os mais novos

As crianças da Educação Pré-escolar e do 1.º ano do Agrupamento de Escolas de Ponte da Barca participaram com grande entusiasmo numa animação teatral a cargo de Inácia Cruz.

A atriz visitou as Escolas Básicas de Crasto, Entre Ambos-os-Rios e Diogo Bernardes e, ao longo de quatro sessões, brindou a pequenada com momentos de enorme encanto, transportando-a para o universo da fantasia, mediante a exploração da sua imaginação.

Partindo da obra “Poemas para Brincar e Pensar”, de Isabel Pereira Santos e ilustração de Susana Lima, foram teatralizadas as estórias “O mágico Malaquias”, “Vladislau, o lobo mau” e “O burro apaixonado”, sempre num registo muito interativo com o público, o que proporcionou grande animação.

As sessões tiveram ainda o condão de proporcionar aos mais novos um contacto muito rico com as múltiplas linguagens cénicas, a começar pelo cenário e adereços, até à indumentária, expressão corporal, movimento, música, e exploração da voz, entre outros aspetos.

Construindo uma "Escola a Ler", estas encenações teatrais foram previamente preparadas, com várias estórias da obra a serem exploradas em cada uma das salas/ turmas, no âmbito da Hora do Conto dinamizada pela Biblioteca Escolar.

Recorde-se que esta atividade, que foi organizada pela Biblioteca, em articulação com os Departamentos da Educação Pré-escolar e do 1.º Ciclo, é já uma tradição, que resulta da parceria que o Agrupamento mantém com as edições Opera Omnia.

Biblioteca Escolar

MINISTRO DA EDUCAÇÃO SAÚDA "TRABALHO EXTRAORDINÁRIO"

“LEITURAS E COMPANHIA” CELEBRA EMISSÃO 500

Foi num ambiente de festa que o Auditório Municipal de Ponte da Barca acolheu a sessão comemorativa da emissão 500 do programa semanal de rádio “Leituras e Companhia”, da responsabilidade da Biblioteca Escolar (BE), que vai para o ar todos os sábados, entre as 12 e as 13 horas, na “Barca FM”.

A sessão aconteceu na tarde de sábado, 10 de dezembro, e reuniu antigos e atuais colaboradores do projeto, desde alunos e familiares a professores, e ainda a Direção do Agrupamento de Escolas, responsáveis da “Barca FM”, Presidente da Câmara Municipal e Vereadores e representantes da Rede de Bibliotecas Escolares (RBE).

Todos se associaram para felicitar os muitos alunos e docentes que, ao longo da última década, se envolveram neste desígnio com forte impacto ao nível da formação dos mais novos, ousando, sob a liderança do professor Renato Ferreira, o mentor do projeto, alimentar sonhos em equipa, valorizando uma Cultura de trabalho colaborativo.

Usando da palavra, tanto o Presidente da Direção da Cooperativa de Informação titular da “Barca FM”, Manuel Veloso, como o Presidente da Autarquia, Augusto Marinho, e o Diretor do Agrupamento, Carlos Louro, enalteceram o mérito da parceria que viabilizou o projeto, assim como o trabalho que tem sido desenvolvido, no que à promoção das literacias diz respeito, tendo em vista um ambiente educativo “construtor de novos cidadãos”.

Para Carlos Louro, trata-se de uma homenagem “merecida porque, nestes dez anos, foi possível promover o pensamento crítico”, apostou-se “na construção e no fortalecimento de comunidades educativas promotoras de relações de cuidado e de laços de solidariedade e que assumem a sua responsabilidade comunitária” e aprofundou-se “o amadurecimento de hábitos de transformação pessoal e de envolvimento em torno dum projeto.”

 

Ministro da Educação:

Continuem este “trabalho extraordinário”

Num ambiente informal, houve ainda um momento aberto à participação do público, em que partilharam memórias de 10 anos do “Leituras e Companhia” antigos e atuais alunos, professores, Raquel Ramos (RBE), Goreti Costa (antiga animadora da “Rádio Barca”) e José Manuel Amorim, à época o Diretor da rádio com quem foi negociada a parceria.

Figura central em toda esta dinâmica é o professor Renato Ferreira, que, num gesto de aplauso, foi distinguido pela Autarquia e pela Direção do Agrupamento. Visivelmente surpreendido e emocionado, o responsável pelo projeto sublinhou que se trata de um trabalho de equipa e que, sem o contributo e entusiasmo de inúmeros alunos e de muitos professores, nada teria sido possível.

A encerrar a sessão, foi projetada uma mensagem-vídeo do Ministro da Educação que, não podendo estar presente, fez questão de se associar, enviando a sua palavra de felicitação pelo trabalho de promoção das literacias e de formação de cidadãos autónomos, críticos e livres.

“A leitura é um passaporte para a liberdade, para a cidadania, para não nos deixarmos manipular”. E a “liberdade – sublinhou João Costa – é uma condição para sermos humanos.”

O Titular da pasta da Educação deixou ainda uma palavra de incentivo para que este “trabalho extraordinário” continue em direção ao programa mil ou mil e quinhentos, porque é bom haver projetos como este, que estão ao serviço da missão da Escola, que é transformar vidas”.

 

10 anos com muita(s) história(s)

A primeira emissão do “Leituras e Companhia” foi para o ar no dia três de novembro de 2012.

Desde então, semana a semana, mesmo nos períodos de interrupção das atividades letivas, nas férias escolares e nos confinamentos, o programa marca presença, trabalhando as literacias da informação, digitais e dos “media”, num exercício permanente dos domínios da leitura, da expressão escrita e da oralidade, em que a competência da comunicação e o respeito pelos direitos autorais estão omnipresentes.

“Leituras e Companhia” coloca no ar este desígnio de aprofundar o pluralismo democrático, a autonomia e a autoestima, de consolidar parcerias, construir pontes/ laços entre a Escola e a Comunidade e de fazer informação, construir conhecimento, criar cultura, somando valor(es) para uma escola melhor e uma cidadania mais interventiva.

Numa sociedade como a nossa, marcada por transformações aceleradas “com um grande impacto na forma como acedemos à informação e ao conhecimento, como aprendemos, comunica­mos e nos integramos socialmente”, este é um dos contributos da BE para “o desenvolvimento nos alunos de um conjunto de literacias essenciais à aprendizagem e ao sucesso educativo, que incluem não só as competências básicas de leitura, matemática ou ciências, como outras, de que são exemplo as competências da informação, digitais e dos ‘media’” (Elsa Conde).

Do impacto do projeto, falam os mais diretamente envolvidos e a Comunidade em geral. E também responsáveis e organismos que trabalham estas temáticas das literacias.

Em 2015, a RBE considerou o projeto uma “Ideia com Mérito”, apoiando-o entre um reduzido número de ações selecionadas. Cinco anos depois, renovou o seu reconhecimento, aprovando a candidatura “EmBarca na Escrita”, que incluiu o “Leituras e Companhia” e o “Opiniões de Segunda”.

A qualidade do nosso trabalho nos domínios da educação para os “media” e da promoção das literacias e da cidadania despertou também o interesse de uma delegação da cidade colombiana de Cali que, em outubro de 2019, nos visitou para conhecer o “modus operandi” do projeto. Dois anos volvidos, foi o “MIL Obs” (Observatório sobre “Media”, Informação e Literacia) da Universidade do Minho a vir ao nosso encontro, de tal modo que o “Leituras e Companhia” foi o tema da emissão do “Ouvido Crítico” de 27/04/2021, programa da responsabilidade do MIL Obs e da Antena 1 (a entrevista da jornalista Noémia Gonçalves está disponível em RTP Play).

Outro indicador muito gratificante teve a ver com o facto de a página eletrónica da RBE haver destacado o “Leituras e Companhia” como boa prática.

O projeto foi também dado a conhecer no Congresso do Ano Iberoamericano das Bibliotecas, com a BE a partilhar, a 19/10/2021, a dinâmica do trabalho que se realiza em Ponte da Barca, tendo em vista a formação de cidadãos habilitados para encarar com autonomia e espírito crítico os desafios do século XXI.

Já em março deste ano, a BE foi convidada a participar numa discussão em grupo, promovida pela RBE e pelo PNL2027, merecendo, mais uma vez, especial atenção, entre as boas práticas, o “Leituras e Companhia”, o mesmo acontecendo na reunião de “Microrrede Temática de Partilha”, promovida pela Equipa Regional do Norte da DGEstE, realizada em maio último.

Também assim se faz uma "Escola a Ler!"

Luís Arezes, prof. bibliotecário

SESSÃO ÀS 17.15 HORAS - CONVITE

Hoje, dia 10 de dezembro de 2022, o programa semanal de rádio "Leituras e Companhia", da responsabilidade da Biblioteca Escolar, assinala a emissão 500 na "Barca FM".

Por essa razão, vamos conversar com todos os atores que nos ajudaram a chegar aqui, numa sessão pública de reconhecimento que terá lugar pelas 17.15 horas, no Auditório Municipal de Ponte da Barca.

Semana a semana, mesmo nas férias escolares e nos confinamentos, "Leituras e Companhia" marca presença, trabalhando as literacias, num exercício permanente dos domínios da leitura, da escrita e da oralidade, em que a competência da comunicação e o respeito pelos direitos autorais estão omnipresentes.

Estão todos convidados...

Biblioteca Escolar

Teatralização entusiasma alunos do 1.º Ciclo

Os alunos dos 2.º, 3.º e 4.º anos do Agrupamento de Escolas de Ponte da Barca participaram numa animada sessão inspirada no livro selecionado para o concurso de leitura – “Os Três Desejos”, de Júlio Borges, com ilustração de Nuno Alexandre Vieira.

A animação teatral foi protagonizada pelo ator Rui Ramos que, visitando as três Escolas Básicas (Crasto, Entre Ambos-os-Rios e Diogo Bernardes), ofereceu aos mais pequenos a magia da arte cénica, com destaque para a expressividade da palavra dita, a força do silêncio, a riqueza comunicativa do gesto e do movimento e ainda o poder da indumentária e da caracterização.

Num registo de muita interação, as sessões despertaram grande entusiasmo e adesão entre os participantes que, de uma forma divertida, foram interpelados para a importância do trabalho e da sabedoria para, nos mais diversos momentos da vida, saber discernir a opção mais adequada e vantajosa.

Esta atividade – que resulta da parceria que o Agrupamento mantém, há vários anos, com as edições Opera Omnia – foi previamente preparada, tendo a Biblioteca Escolar, em articulação com as professores titulares, proporcionada a cada uma das 13 turmas envolvidas, uma leitura expressiva da obra. Assim se contribui para colocar a "Escola a Ler"!

Biblioteca Escolar

AINDA O CENTENÁRIO DE SARAMAGO

Alunos apresentam desejos para a Humanidade

No seu discurso, quando recebeu o Prémio Nobel da Literatura, na Academia sueca, em Estocolmo, em 1998, José Saramago fez referência à passagem dos 50 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, que havia sido adotada pela Organização das Nações Unidas, a 10 de dezembro de 1948.

Saramago falou sem rodeios. Neste meio século – afirmou – “As injustiças multiplicam-se, as desigualdades agravam-se, a ignorância cresce, a miséria alastra. (…) Chega-se mais facilmente a Marte do que ao nosso próprio semelhante.”

E o seu desafio final foi ao exercício da cidadania: “Tomemos então nós, cidadãos comuns, a palavra e, com a mesma veemência com que reivindicamos direitos, reivindiquemos também o dever dos nossos deveres, talvez o mundo possa tornar-se um pouco melhor.”

Inspirados por estas palavras, os alunos dos 2.º e 3.º Ciclos foram convidados, no contexto da celebração do centenário do escritor, a debater, em Cidadania e Desenvolvimento, os grandes desafios que se colocam à sociedade em termos de justiça social e de direitos humanos, redigindo, depois, um “Desejo para a Humanidade”, que colocaram na “Árvore da Bondade” existente, respetivamente, na Biblioteca Escolar e no átrio do bloco C.

O desejo dominante foi, naturalmente, o da paz. Paz na Ucrânia, paz no mundo: “Que a guerra acabe, que haja paz”, pedem muitos alunos.

Outro desejo recorrente tem a ver com o ambiente: “Que parem de estragar o planeta terra” e “que o futuro das novas gerações seja acautelado, porque não há um ‘Planeta B’”.

E também as questões sociais: “Que haja justiça social e menos pobreza” – escrevem. “Que acabem as desigualdades, a fome e o desemprego”. “Que todas as pessoas tenham direito a uma casa, a uma família, e a comida na mesa”. “Que não haja pessoas na miséria e a viver na rua”.

Há um desejo bem expressivo: “Que os seres humanos construam finalmente pontes sólidas e encontrem formas de reconstruir uma sociedade unida, que só procure fazer o bem sem estar à espera de algo em troca. A união é o segredo para a sobrevivência e está mais do que na hora de agir!”.

O direito de todos à educação, o racismo e toda a discriminação aos mais diversos níveis, o preconceito, o bullying, são outros problemas que preocupam, fortemente, os nossos alunos, a avaliar pelos desejos que colocaram na “Árvore da Bondade”.

E ainda bem…

Porque ao tomarem consciência da realidade e ao assumirem posições críticas estão a combater, nas palavras de Saramago, “essa perniciosa forma de cegueira mental que consiste em estar no mundo e não ver o mundo, ou só ver dele o que, em cada momento, for suscetível de servir os nossos interesses.”

Ao assumirem posições, os nossos alunos estão a exercer a cidadania. Estão já a ajudar a construir um mundo “um pouco melhor”.

Parabéns!

Prof. Luís Arezes