Uma questão de ambição
Nesta segunda-feira, em que o mundo
vive uma turbulência trágica nunca vista desde a II Guerra Mundial, Bruna
Mesquita fala da ambição humana. E afirma que “devemos ser ambiciosos, mas na
medida certa, pois uma ambição, quando positiva, gera sucesso, tanto pessoal
como profissional. Já a ambição descontrolada leva o ser humano para o fracasso
e a destruir o seu mundo e o que o rodeia.”
Para ler e reler!
"(...) devemos ser ambiciosos, mas na medida certa." |
Ambição humana – A meu ver, a ambição humana é um tema como qualquer outro.
Nada mais é do que um desejo movido por uma vontade enorme de querer conquistar
algo. E assim, como qualquer coisa na vida, tem o seu lado bom e o seu lado
mau, tudo dependendo do ponto de vista de cada um.
Por um lado, há pessoas que são
ambiciosas, mas de uma maneira saudável. Ou seja, há pessoas que lutam para
alcançar os seus objetivos, que sonham alto, que não se contentam com pouco,
muito menos com a mediocridade. É neste sentido que Fernando Pessoa nos interpela na sua obra Mensagem,
nomeadamente no poema “D. Sebastião, Rei de Portugal”, com a seguinte pergunta:
“Sem a loucura que é o homem/ Mais que a besta sadia,/ Cadáver adiado que
procria?” (vv. 8-10).
Sob outra perspetiva, quando a
ambição se torna uma obsessão, é muito prejudicial. Por exemplo, aos níveis
escolar e profissional, uma pessoa com uma ambição desmedida, sem restrições,
nunca reconhece o trabalho bem feito dos seus colegas, não partilha
informações, age de forma irracional, desonesta, e considera-se superior.
Pessoas assim, geralmente, acabam desmascaradas, despedidas ou isoladas.
À guisa de conclusão, penso que
devemos ser ambiciosos, mas na medida certa, pois uma ambição, quando positiva,
gera sucesso, tanto pessoal como profissional. Já a ambição descontrolada leva
o ser humano para o fracasso e a destruir o seu mundo e o que o rodeia.
Bruna Mesquita,
12.º ano.