A
tirania da imagem
Numa sociedade eminentemente
preocupada com a imagem, Silvana Silva chama a atenção para o impacto desta
“tirania”, sobretudo entre os jovens.
Na sua opinião, devemos cultivar, isso sim, uma “sociedade inclusiva. (…) Devemos ser a melhor versão de nós mesmos e não o que é tido como modelo pela sociedade em que vivemos.”
"A imagem corporal e a sua influência." |
Cada sociedade cria padrões corporais de acordo com a sua
cultura, valores, costumes e época, dando origem a padrões de beleza, de sensualidade,
de saúde e até mesmo de postura. Estes padrões são difundidos pelos media,
que têm um grande impacto nos jovens, que, consequentemente, vão idealizar os
seus corpos, de acordo com as imagens exibidas. Programas de TV, filmes,
séries, redes sociais, etc., apresentam modelos perfeitos: mulher branca,
magra, com cabelos alisados, com roupas de alta-costura, e homem forte, com
corpo esculpido por dietas e muita atividade física.
Quando entramos nas redes sociais, deparamo-nos, com
frequência, com publicações de jovens a tentar atingir a tal perfeição corporal.
Para isso, recorrem a inúmeras dietas, praticam desporto e modelam o corpo. Ao
vermos as fotos de corpos perfeitos, nem nos apercebemos dos problemas que estes
jovens podem estar a passar como resultado de todas estas dietas e do desporto
excessivo.
As tentativas de atingir a imagem corporal perfeita podem
ter sérias consequências, como o desenvolvimento de depressões, ansiedade, stress e distúrbios alimentares, como a anorexia
e a bulimia, que, nos casos mais graves, podem até levar à morte.
E o responsável por tudo isto é a sociedade em que
vivemos, ou seja, somos todos nós. Podemos afirmar que todos os corpos são
perfeitos e que não valorizamos a adesão aos padrões de beleza, podemos dizer o
que quisermos, mas todos nós, enquanto sociedade, não agimos de acordo com as
nossas palavras. Temos, por vezes, atitudes que podem parecer inofensivas, mas
que têm um enorme impacto na forma de agir do outro. Um comentário menos
correto sobre a aparência do outro pode criar inseguranças e colocar o seu
bem-estar em perigo.
É por isso que defendo uma sociedade inclusiva, uma
sociedade que aceita as diferenças e a diversidade. Devemos ser a melhor versão
de nós mesmos e não o que é tido como modelo pela sociedade em que vivemos.
Silvana Silva, 12.º ano.
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