segunda-feira, 28 de março de 2022

OPINIÕES DE SEGUNDA

Armadilhas das redes sociais

As oportunidades que este mundo nos oferece são enormes, mas os riscos e até as armadilhas também existem.

Na opinião de Alexandre Rodrigues, impõe-se “evitar os extremos e as dependências”. E “conseguir o equilíbrio na sua utilização, sem nunca nos tornarmos escravos do sistema”.

Até parece fácil! Mas o desafio não tem fim…

"(...) Conseguir o equilíbrio na sua utilização, 
sem nunca nos tornarmos escravos do sistema."

A internet mudou consideravelmente a maneira como comunicamos e percebemos o mundo.

Graças a ela, a distância desapareceu, a comunicação tornou-se instantânea e não faltam histórias de pessoas que, através das redes sociais, comunicam com quem se encontra distante ou até histórias de reencontros. No entanto, regista-se também uma diminuição acentuada do contacto social, cara a cara. De facto, é mais fácil investir na imagem que projetamos virtualmente do que na nossa verdadeira imagem, investir mais em relações virtuais do que nas reais, que implicam ir ao encontro do outro.

De uma forma estranha, nunca estivemos tão ligados entre nós e nunca nos sentimos tão sozinhos e com tanta necessidade de falar. Parece que as redes sociais não passam de esconderijos emocionais que em quase nada favorecem o conhecimento e a comunicação.

Pior ainda. Assiste-se a uma explosão de sentimentos discriminatórios e preconceituosos, com as redes sociais a serem um campo fértil onde prolifera a agressividade, o ódio, os juízos de valor sobre tudo e sobre nada.

Na minha opinião, devemos preocupar-nos com o uso excessivo das redes sociais, pois podem baixar em muito a nossa autoestima, quando a gratificação não é imediata e em número significativo, para além de poderem provocar um grande isolamento social.

A fronteira entre a sua utilização saudável e o uso excessivo é definida pelo bom senso de cada um. As redes sociais são uma ferramenta muito útil e não lhes dar a devida atenção seria não aceitar que vivemos na era da informação e do conhecimento. Mas é necessário evitar os extremos e as dependências, tanto na vida real como na virtual.

Cabe a cada um de nós conseguir o equilíbrio na sua utilização, sem nunca nos tornarmos escravos do sistema.

Alexandre Rodrigues, 12.º ano.   


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