“Opiniões de Segunda” – Cicatrizes
Na crónica desta Segunda, a Carolina Brito fala
do “sofrimento constante” “que nos domina” e da frequente incompreensão que lhe
está associada. “Ninguém consegue compreender.”
E, no entanto, é nestas fases da vida que a
presença do outro é decisiva. Porque, no isolamento e na solidão, “a dor
torna-se pior, toma conta de nós, da nossa mente, até parecer não existir mais
nada.”
Cicatrizes… – Já alguma vez sentiram
aquele aperto no coração? O sofrimento constante que não conseguimos afastar,
que nos domina e não permite que pensemos em mais nada?
Muitos não conseguem perceber essa dor que nos
consome. Acham que é algo sem muita importância, um sentimento leve que
depressa desaparecerá. Alguns até desprezam aquilo que nos marca de uma maneira
tão intensa. Não conseguem compreender a importância de algo que é capaz de nos
controlar totalmente.
Nem aqueles que se preocupam connosco, como a
família ou os melhores amigos, conseguem ajudar. Ninguém consegue compreender.
E, então, isolamo-nos de tudo e de todos. E, na
solidão, a dor torna-se pior, toma conta de nós, da nossa mente, até parecer
não existir mais nada. Vivemos esses momentos sozinhos, sem conseguir partilhar
com ninguém os sentimentos que nos levam ao desespero.
E a falta do outro para desabafar resulta,
muitas vezes, em perturbações mentais como a depressão e, em casos mais graves,
pode até levar ao suicídio.
Existem coisas que não se esquecem, algumas
deixam grandes cicatrizes e essas nunca irão desaparecer!
Carolina Brito, 11.º A.
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