segunda-feira, 31 de maio de 2021

OPINIÕES DE SEGUNDA

 O gosto do dinheiro

Há quem lhe chame “vil metal”, mas, para Matias Gonçalves, é uma prioridade. Até porque, na sua opinião, “os nossos sonhos não são alcançados apenas por talento, esforço e/ou dedicação pura, mas também pela influência do dinheiro”.

Deixa, no entanto, uma chamada de atenção: “o dinheiro é muito importante na nossa vida, mas deve ser valorizado com cautela, para que não se torne uma fonte de problemas”. 

"O segundo melhor amigo do homem é o dinheiro".

O gosto do dinheiro – Já alguma vez tentaram encontrar o nome que se dá a uma “pessoa que gosta de dinheiro”? Possivelmente, diriam: avarento, mesquinho, usurário, poupador, vigarista ou sovina. Mas, no meio de tantos nomes, fiquei a pensar, por um momento, e surgiu-me esta questão. Será que todas as pessoas que gostam de dinheiro são egoístas e forretas?

Sinceramente, acho que não, pois eu sou uma dessas pessoas e, considerando que ainda tenho alguma autoestima e amor a mim mesmo, não me encaixo nesse perfil.

Eu gosto de dinheiro, pois acredito que pode tomar o lugar de quase tudo. Mas fará isso de mim uma pessoa “má”?

Faz parte do senso comum saber que o dinheiro faz o mundo andar e acredito que todas as pessoas o reconhecem como objeto de valor. Basta olhar para as suas roupas para o comprovar, embora inúmeras pessoas assumam perspetivas diferentes sobre o mesmo. Com isto quero dizer que devemos aceitar que os nossos sonhos não são alcançados apenas por talento, esforço e/ou dedicação pura, mas também pela influência do dinheiro.

“Ninguém dá nada a ninguém” foi uma das frases que meu pai me disse quando era pequeno e, ao longo dos poucos anos que já vivi, aprendi que isto é, de facto, bastante real na sociedade atual. Acredito, pois, que ninguém faz nada de graça e, assim como pessoas que praticam boas ações podem saciar o seu coração de bons feitos, eu preencho a minha conta bancária com dinheiro. Agora, pergunto-me se existe alguma diferença de verdade? As suas atividades podem fazer alguém feliz, mas o mesmo vale para mim, quando pego no dinheiro que ganhei e o uso para lubrificar as engrenagens do capitalismo.

Acontece que o dinheiro é uma bênção, mas também um néctar viciante: quanto mais se tem mais se quer. E é preciso saber controlar-se. O dinheiro pode levar uma pessoa à falência, à depressão, à solidão e, possivelmente, a conflitos com pessoas que consideramos insubstituíveis.

Concluindo, o dinheiro é muito importante na nossa vida, mas deve ser valorizado com cautela, para que não se torne uma fonte de problemas. 

Matias Gonçalves, 11.º ano.

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