segunda-feira, 17 de maio de 2021

OPINIÕES DE SEGUNDA

 A Barca e as suas gentes

Nesta edição do “Opiniões de Segunda”, Eduarda Dias faz apelo à nossa identidade. E não hesita em afirmar: “Como orgulhosa Barquense, não escolheria outro lugar no mundo para viver, muito menos tenho palavras suficientes para descrever o que sinto pela minha terra.”

É assim mesmo. Tal como escreveu o avô da Eduarda, o poeta Manuel Parada, Ponte da Barca, “sempre formosa e contente!”

Ponte da Barca, "sempre formosa e contente!" 

A Barca é casa – Às vezes, penso em como a minha vida poderia ser diferente se vivesse numa grande cidade, tanto pelas boas razões como pelas más.

Mesmo ciente das diversas oportunidades profissionais e culturais que uma cidade pode oferecer, tive a sorte de nascer e crescer nesta pequena vila do Alto Minho, a Barca, onde a qualidade de vida é superior a qualquer oferta citadina. Desde pequena que estou habituada a sair com os meus amigos, passar a tarde a brincar na rua e voltar à hora de jantar sem quaisquer receios ou inseguranças. Viver a saber quem vive na porta do lado, quem toma café na esplanada do Central ou que o Zé é neto do Chico são privilégios que não existem nos grandes meios.

A Barca é casa, aquela que acolhe os seus e os de fora como se fossem da terra, aquela que é rica pelas suas paisagens, tradições, gastronomia, mas não só, a Barca é feita de pessoas, pessoas humildes, bondosas, dinâmicas, que fazem de tudo para esta vila não ser esquecida, tal como dizia o meu querido avô, Manuel Parada, “Ponte da Barca é do Minho/ Deste Minho encantador!/ Onde há flores, pão e vinho/ P`ra todos seja quem for!” 

Assim como as suas gentes, a Barca é feita de tradição, não fosse o nosso querido São Bartolomeu o culminar de muitas delas. Eu, tu e todos os Barquenses esperamos ansiosamente 365 dias do ano por aquela semana, a semana mais feliz do ano, onde as ruas estão cheias de luz, música e em cada esquina se ouve a nossa “Marcha”.

Como orgulhosa Barquense, não escolheria outro lugar no mundo para viver, muito menos tenho palavras suficientes para descrever o que sinto pela minha terra. Em uníssono, gritamos, Ponte da Barca será “sempre formosa e contente!”

Eduarda Dias, 10.º ano.

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