A Barca e as suas gentes
Nesta edição do “Opiniões de Segunda”, Eduarda Dias faz apelo à nossa identidade. E não hesita em afirmar: “Como orgulhosa Barquense, não escolheria outro lugar no mundo para viver, muito menos tenho palavras suficientes para descrever o que sinto pela minha terra.”
É assim mesmo. Tal como escreveu o avô
da Eduarda, o poeta Manuel Parada, Ponte da Barca, “sempre formosa e contente!”
A
Barca é casa – Às vezes, penso em
como a minha vida poderia ser diferente se vivesse numa grande cidade, tanto
pelas boas razões como pelas más.
Mesmo ciente das diversas oportunidades
profissionais e culturais que uma cidade pode oferecer, tive a sorte de nascer
e crescer nesta pequena vila do Alto Minho, a Barca, onde a qualidade de vida é
superior a qualquer oferta citadina. Desde pequena que estou habituada a sair
com os meus amigos, passar a tarde a brincar na rua e voltar à hora de jantar
sem quaisquer receios ou inseguranças. Viver a saber quem vive na porta do
lado, quem toma café na esplanada do Central ou que o Zé é neto do Chico são
privilégios que não existem nos grandes meios.
A Barca é casa, aquela que acolhe os
seus e os de fora como se fossem da terra, aquela que é rica pelas suas
paisagens, tradições, gastronomia, mas não só, a Barca é feita de pessoas,
pessoas humildes, bondosas, dinâmicas, que fazem de tudo para esta vila não ser
esquecida, tal como dizia o meu querido avô, Manuel Parada, “Ponte da Barca é
do Minho/ Deste Minho encantador!/ Onde há flores, pão e vinho/ P`ra todos seja
quem for!”
Assim como as suas gentes, a Barca é
feita de tradição, não fosse o nosso querido São Bartolomeu o culminar de
muitas delas. Eu, tu e todos os Barquenses esperamos ansiosamente 365 dias do
ano por aquela semana, a semana mais feliz do ano, onde as ruas estão cheias de
luz, música e em cada esquina se ouve a nossa “Marcha”.
Como orgulhosa Barquense, não escolheria
outro lugar no mundo para viver, muito menos tenho palavras suficientes para
descrever o que sinto pela minha terra. Em uníssono, gritamos, Ponte da Barca
será “sempre formosa e contente!”
Eduarda Dias, 10.º ano.
Sem comentários:
Enviar um comentário