quinta-feira, 23 de abril de 2015

Dia Mundial do Livro e do Direito de Autor

Viva o leitor…

Subordinado ao tema “Ler o mundo”, celebra-se hoje o Dia Mundial do Livro e do Direito de Autor.
Com esta iniciativa da UNESCO, pretende-se assinalar a importância da alfabetização e, sobretudo, exaltar o poder da leitura, nos mais diversos suportes, enquanto alavanca da inclusão e da cidadania ativa, porque aos livros cabe a missão de “inspirar a compreensão, o diálogo e a tolerância”.
Isto mesmo afirma a Diretora-Geral da UNESCO na sua mensagem, realçando que a efeméride representa uma “oportunidade para reconhecer o poder dos livros na mudança das nossas vidas para melhor”.
Segundo Irina Bokova, os livros constituem “símbolos globais de progresso social” e, por isso, o desafio que se nos coloca é muito claro: “devemos redobrar os esforços para promover o livro, a caneta, o computador, juntamente com todas as formas de leitura e de escrita, de modo a combater o analfabetismo e a pobreza, a construir sociedades sustentáveis, e a fortalecer as bases da paz”.
É verdade que, à escala planetária, ainda existe a vergonhosa situação de 175 milhões de adolescentes incapazes de ler uma única frase. Entre nós, no entanto, o problema ganha outros contornos. Mais do que a alfabetização, isto é, a capacidade de ler e de escrever, o grande desígnio é o da literacia, ou seja, trabalhar a capacidade de perceber e de interpretar o que é lido.
Vivemos, de facto, mergulhados num oceano imenso de informação, à distância de um simples clique. O difícil não é, portanto, chegar até ela. Difícil – diria mesmo, determinante – é compreender, avaliar e selecionar o que nos interessa, de uma forma eficiente, autónoma, crítica e inventiva, de modo a desenvolver conhecimentos próprios e soluções inovadoras. 
Este é o admirável mundo da literacia da informação, cujo poder é decisivo na sociedade em que vivemos, na medida em que constitui uma porta privilegiada para o sucesso pessoal, cívico e profissional.
Neste dia e em todos os dias do ano, viva, então, o livro. Porque ele encerra um valor incalculável e oferece o caminho firme para a afirmação da liberdade, da cidadania, da democracia. Porque ele é a personificação da criatividade, do desejo de partilha de ideias e de conhecimentos, a alavanca da compreensão, do diálogo e da tolerância. Ele é o suporte da Cultura e a garantia da sobrevivência dos valores do Humanismo.
E, neste dia simbólico, viva, sobretudo, o leitor. O leitor que sabe “ler o mundo” e entender a vida. O leitor que sabe ler e escrever a sua Existência, na direção da utopia desejável. O leitor que sabe orientar-se na construção de um projeto pessoal, com horizontes vastos e espírito lúcido.
Prof. Luís Arezes

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