Foto Alfredo Cunha - Porto Editora |
Foi
hoje a sepultar aquele que é justamente considerado um dos maiores poetas
portugueses de todos os tempos e um criador de dimensão universal.
Nascido
em 1930, no Funchal, Herberto Helder de Oliveira sempre cultivou a solidão e o
isolamento. Homem de mil ofícios, vagabundo do mundo, a arte nobilíssima a que
se dedicou por inteiro e com genialidade foi a do silêncio criador de metáforas
e de símbolos.
Entre
o seu título de estreia em 1958 – O Amor em Visita – e A
Morte sem Mestre, último e premonitório livro lançado no ano passado,
brilha uma constelação de obras radiosas que constituem um verdadeiro manancial
de sabedoria e um precioso património, onde todos – gerações atuais e vindouras
– continuaremos a ser desafiados a decifrar o inexplicável e o mágico e a
descobrir o enigma do mundo e o mistério da vida.
Deixou-nos
o criador que recusava prémios e entrevistas e que detestava os mecanismos da
mediatização. Deixou-nos, não! Porque a grandeza perene não morre e, por isso,
ele permanece eternamente entre nós, qual estrela maior desta pátria
pluricontinental que é a Língua Portuguesa!
Na
hora da partida, mais do que falar dele, importa lê-lo! Tal como ele
defendeu, sempre, ao longo da sua vida...
Luís Arezes
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