Poema-ladrão sobre a “SAUDADE”
No âmbito do projeto “Cantinho da Poesia”, coordenado
pela professora Lúcia Ribeiro, da equipa da Biblioteca Escolar, alunos do 8.º C
deram largas à sua criatividade, construindo um poema-ladrão, inspirado na
temática da “saudade”.
A
docente apresentou três poemas a que os alunos deveriam roubar dois versos,
acrescentando-lhes versos da sua autoria (de preferência dois versos por cada
verso roubado), de forma a conseguir um poema com o máximo possível de
coerência e coesão.
Eis
três dos trabalhos elaborados:
Trago
a saudade,
Uma saudade sem fim,
A mim agarrada.
Perdida do mundo,
No
andar apressado
Que corta toda a distância,
Neste mar feito distância,
Só penso no meu amado.
Revejo-me num passado
Recheado de paixão
Que o tempo roubou,
Que o tempo levou de mim…
Resta-me a solidão.
Inês Silva
Revejo-me num
passado
Pleno de
amor e paixão
E agarro-me ao
presente,
Com a
saudade no coração.
Neste mar feito
distância,
A distância da
saudade,
Lembro-me
da minha infância,
Um tempo de
liberdade.
Fugindo à tristeza
No andar apressado,
Não tenho a
certeza
De fugir ao
meu fado.
Jorge Valentim Azevedo
Trago
a saudade
No
lago dos olhos,
Sempre, sempre a transbordar,
Sempre, sempre, sem parar.
Enfrenta alterosas ondas,
Não há nada que a mate,
Saudade nunca vencida,
Um poço de ansiedade.
Olhos nos olhos do tempo,
Só vejo esta saudade
Que magoa de verdade.
Que se afaste devagar
É apenas o que peço,
Para nunca mais lembrar
Os dias de infelicidade.
Adriana Ventura
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