A arte de simplificar
Nesta edição
do “Opiniões de Segunda”, a Ana Rita Garrido fala do minimalismo e do combate à “sociedade consumista em que
vivemos”.
Na sua perspetiva, trata-se de uma questão de qualidade de vida individual e de proteção do presente e do futuro do planeta. É que, “se toda a gente mudasse, só um bocadinho, os seus hábitos consumistas, conseguiríamos alcançar um mundo muito mais sustentável.”
A arte de
simplificar – O minimalismo
e a arte de simplificar referem-se, primeiramente, a uma corrente estética e a
uma série de movimentos culturais que percorreram diversos momentos do século
XX. Mas não é essa a razão pela qual eu me refiro a ele nesta crónica...
O minimalismo
aparece como uma expressão comportamental da sociedade e, na minha opinião, é
muito mais do que um estilo de vida ou preferência estética. O minimalismo é
uma forma de combater a sociedade consumista em que vivemos.
Uma das vantagens
da cultura minimalista é que com essa atitude ganhamos mais tempo e deixamos de
viver períodos tão estressantes, uma vez que temos menos coisas com que nos
preocupar e focamo-nos naquilo que realmente importa. Por exemplo, aquele tempo
todo que perdemos de manhã à procura de um casaco no meio dos vinte que não
usamos, quando podíamos ter apenas os cinco a que realmente damos utilidade.
A vantagem
que, a meu ver, é a mais relevante prende-se com o combate ao consumismo e,
como consequência, tornar a sociedade e o mundo algo mais sustentável. Quando
consumimos de forma compulsiva e sem necessidade, estamos a prejudicar
gravemente o planeta, que é a nossa Casa Comum, ao contrário do consumismo
qualitativo, em que se consome menos, logo produz-se menos lixo. Comprar coisas
com uma qualidade mais elevada e que sabemos que vão durar muito tempo é melhor
do que comprar algo com uma qualidade questionável só porque sabemos que é mais
barato e que por um curto espaço de tempo vai servir o seu propósito.
Em
síntese, o minimalismo tem estas e muitas mais vantagens, no que diz respeito a
mudar a sociedade consumista. Se toda a gente mudasse, só um bocadinho,
os seus hábitos consumistas, conseguiríamos alcançar um mundo muito mais
sustentável.
Ana Rita
Garrido, 12.º ano.
Sem comentários:
Enviar um comentário