segunda-feira, 7 de dezembro de 2020

“Opiniões de Segunda” – Cicatrizes

Na crónica desta Segunda, a Carolina Brito fala do “sofrimento constante” “que nos domina” e da frequente incompreensão que lhe está associada. “Ninguém consegue compreender.”

E, no entanto, é nestas fases da vida que a presença do outro é decisiva. Porque, no isolamento e na solidão, “a dor torna-se pior, toma conta de nós, da nossa mente, até parecer não existir mais nada.”

 

"Ninguém consegue compreender."

Cicatrizes… – Já alguma vez sentiram aquele aperto no coração? O sofrimento constante que não conseguimos afastar, que nos domina e não permite que pensemos em mais nada?

Muitos não conseguem perceber essa dor que nos consome. Acham que é algo sem muita importância, um sentimento leve que depressa desaparecerá. Alguns até desprezam aquilo que nos marca de uma maneira tão intensa. Não conseguem compreender a importância de algo que é capaz de nos controlar totalmente.

Nem aqueles que se preocupam connosco, como a família ou os melhores amigos, conseguem ajudar. Ninguém consegue compreender.

E, então, isolamo-nos de tudo e de todos. E, na solidão, a dor torna-se pior, toma conta de nós, da nossa mente, até parecer não existir mais nada. Vivemos esses momentos sozinhos, sem conseguir partilhar com ninguém os sentimentos que nos levam ao desespero.

E a falta do outro para desabafar resulta, muitas vezes, em perturbações mentais como a depressão e, em casos mais graves, pode até levar ao suicídio.

Existem coisas que não se esquecem, algumas deixam grandes cicatrizes e essas nunca irão desaparecer!

Carolina Brito, 11.º A.

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