Ensinam-nos tudo!
Diz-se que são pais duas
vezes e, de facto, a intensidade da presença dos avós deixa uma marca profunda
na vida da maioria das pessoas.
Na crónica desta semana,
Raquel Neiva celebra a sua grandeza e presta uma homenagem sentida à sua avó
materna, a quem deve quase tudo o que sabe: “ensinou-me a ser feliz, apesar de
todas as circunstâncias, (…) ajudou-me a perceber que as dificuldades também
nos ajudam a crescer.”
"Os avós ensinam-nos tudo, exceto a viver sem eles." |
Os avós ensinam-nos tudo,
exceto a viver sem eles. Desde que nascemos, estão prontos para nos amar,
ajudar e, sobretudo, ensinar.
Conforme vamos crescendo,
vamos criando maior ligação com um deles, no meu caso é a minha avó materna. Eu
passei a maior parte da minha vida com ela e, com o passar do tempo, foi ela
que me ensinou a maioria do que sei hoje.
Ensinou-me a falar, a andar
e, quando tive dificuldades em aprender a tabuada, ela ajudou-me. Mais
importante do que tudo, ensinou-me a ser feliz, apesar de todas as circunstâncias.
A minha avó ajudou-me a
perceber que as dificuldades também nos ajudam a crescer. Como nasci numa época
de sofrimento para ela, tornei-me na esperança de um futuro melhor. Talvez por
isso é que eu e ela temos esta conexão tão especial.
A primeira vez que li
"Os avós ensinam-nos tudo, exceto a viver sem eles", deu-me que
pensar. Como vai ser, um dia, estar em casa sem a ouvir a rir ou a resmungar
comigo, porque deixei a luz do corredor acesa? Como vou viver o resto da minha
vida sem ela para me acalmar e fazer rir? Assusta-me a simples ideia da vida
sem ela ao meu lado…
Se é verdade que os avós nos
ensinam tudo, exceto a viver sem eles, resta-nos a consolação de saber que os
que amamos nunca partem. Ficam sempre connosco, no nosso mundo.
Raquel Neiva, 10.º
ano.
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