Sobre a eutanásia
Nesta segunda, retomamos um tema considerado fraturante,
tendo em conta as múltiplas dimensões que envolve.
Sara Rodrigues reconhece que “o assunto é delicado”, mas,
apesar do desespero que estas situações-limite acarretam, diz “não querer
acreditar que a solução está na opção pela eutanásia.” Prefere “continuar a
acreditar no amor e na ciência e encontrar neles a força para viver em dias
difíceis.”
"Prefiro continuar a acreditar no amor e na ciência." |
Sei quanto o assunto é delicado. Falo da eutanásia, que, de
uma forma simples, pode ser apresentada como a ação deliberada para apressar a
morte de um doente.
Todos nós conhecemos casos de desespero, de dor inexplicável,
mas continuo a não querer acreditar que a solução está na opção pela eutanásia.
Não quero aceitar que, em momento algum, tenha de ser eu ou algum dos meus a
fazer esta escolha.
Concordar com esta alegada solução é desistirmos de alguém
que amamos, pelo que temos de lutar para que o Estado não legalize um
“homicídio premeditado”. Em vez disso, os responsáveis devem é criar cada vez
mais condições para que não se chegue a este caso extremo.
Admito que esta minha posição possa incomodar quem já, por
alguma vez, desejou que a eutanásia fosse legal. Mas o grande problema é que
esta opção, profundamente angustiante, é uma decisão irreversível.
Termino com a esperança de que não se desista da vida humana.
Prefiro continuar a acreditar no amor e na ciência e encontrar neles a força
para viver em dias difíceis.
Sara Rodrigues, 12.º ano.
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