Algo “pintado” na pele
Cada vez mais generalizada, a tatuagem “traduz um
estilo próprio” ou não passa de um sinal de puro exibicionismo?
Para Carolina da Silva, não há espaço para qualquer
dúvida no que diz respeito às pessoas que se tatuam. E mais: “não
é por terem algo “pintado” na pele que devem ser discriminados. Nem por isso,
nem por outro motivo qualquer…”
Modo de vida ou exibicionismo…? – Muitas pessoas acreditam que o ato de realizar uma tatuagem é puramente com uma finalidade exibicionista, sem qualquer significado ou propósito específico. Na minha opinião, não é disso que se trata.
Eu
vejo a tatuagem como um modo de vida. Traduz um estilo próprio, um conjunto de
valores, uma visão do mundo única e uma forma de cada um se expressar. De
facto, penso que a maioria das pessoas que realiza uma tatuagem tem uma visão
diferente de todas as outras.
Existe
uma crença errada de que as pessoas se tatuam por pura exibição ou para
impressionar os outros, mas, em geral, não é bem assim. Os que se tatuam sem
significado algum por trás são exceções à regra.
É
também errado pensar que quem é dono de uma ou de várias tatuagens poderá ser
um(a) marginal e/ou má pessoa. A maioria dos que se tatuam são pessoas
interessantes e as suas personalidades muito diferentes das demais.
Frequentemente, possuem uma profunda consciência do valor da vida, da liberdade
individual, da harmonia com a natureza, bem como dos direitos dos animais, para
só referir algumas situações.
Reforço,
por isso, a ideia de que as pessoas que possuem tatuagens são, nada mais, nada
menos, seres humanos como todos os outros e não é por terem algo “pintado” na
pele que devem ser discriminados. Nem por isso, nem por outro motivo qualquer…
Carolina da Silva, 12.º ano.
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