Abrir “asas” para o Mundo
Em tempos de pandemia e de confinamento, ainda apetece mais viajar. Nem
que seja “sem sair do lugar”… Porque se trata de uma experiência única que –
nas palavras do João Leal – nos conduz ao “encontro de tantas maravilhas e a
maior radica naquela que nos leva a saber quem somos, para onde queremos ir e o
que é possível esperar de nós!...”
É caso para dizer: “Boa Viagem!”
"Eis-nos a viajar, (...) a gostar do que somos (...) e para onde queremos ir."
Abrir “asas” para o Mundo – Ao viajar, “abrimo-nos” para o
Mundo, à procura de satisfazer tantos sonhos, dilatar imaginários, crescer, o
mesmo é dizer, autoconhecermo-nos, desvendando o ser mágico que habita em cada
um de nós. Por isso, eis-nos a viajar, especialmente, sem sair do lugar, ou
então a abrir “asas” para o Mundo e a aprender a gostar do que somos, do que
fazemos e para onde queremos ir.
A propósito, facilmente percebemos que, ao abrirmos a imaginação para
uma viagem, estamos, de antemão, a optar por um destino relacionado com as
nossas expetativas, que queremos comprovar ser ou não o nosso caminho, a nossa
paixão, o que perfaz os nossos sonhos. É nesta linha que vejo as viagens,
nomeadamente, a magia que oferecem de nos encontrarmos, preferindo lugares
exóticos a marítimos, esta àquela cultura, este àquele prato típico, entre
tantas outras mundividências.
Nas viagens, é nítida a nossa realização maior, pois que através delas
sentimo-nos a enriquecer, desafiando as nossas convicções, vocações e caminhos
a trilhar. A quem não aconteceu um dia, uma vez regressado de uma viagem, dar
consigo a refletir sobre o quanto ela foi um meio de despertar para o poder da
reflexão que, aplicada às nossas vidas, resultará numa orquestra de harmonia,
onde todas as vivências e desafios falam a uma só voz e nos elevam à
felicidade? Mais, não são também as viagens aquele meio de despertarmos para as
maravilhas da Natureza/Universo e, consequentemente, reconhecermo-nos como
amigos dele, com quem unimos as mãos e vivemos a sonhar?
O que move tantos a fugir do quotidiano, melhor dizendo, a viajar? A
resposta é simples – partir em busca do seu bem-estar e, enquanto tal,
esclarecer-se e encontrar-se na relação com os outros e consigo próprios.
Portanto, não se esqueçam de viajar, das mais variadas formas, ao encontro de
tantas maravilhas e a maior radica naquela que nos leva a saber quem somos,
para onde queremos ir e o que é possível esperar de nós!...
João Leal, 12.º ano.
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