quarta-feira, 21 de outubro de 2020

 “À Descoberta de Novos Mundos” 

celebra 500 anos da epopeia de Fernão de Magalhães

 


“À Descoberta de Novos Mundos” é o título de uma exposição de pintura que hoje foi inaugurada, no átrio do bloco C da Escola Secundária de Ponte da Barca, com a presença do Diretor do Agrupamento, Carlos Louro, do Presidente da Câmara Municipal, Augusto Marinho, e da Vereadora da Educação, Fernanda Marques, entre outros.

Da autoria do professor José Félix, a exposição pretende assinalar a capacidade de realização, a inovação, a criatividade, a abertura, o encontro de culturas e de civilizações, o sonho, o engenho e a arte do ser humano, nas mais diversas áreas de ação / conhecimento, e acontece a propósito dos 500 anos do início da exploração da passagem labiríntica que viria a ficar conhecida como o Estreito de Magalhães.

A mostra, que pode ser visitada até ao final do mês de outubro, é uma organização conjunta da coordenação do Plano Nacional das Artes no Agrupamento e da Biblioteca Escolar, contando com o apoio da Direção, da Câmara Municipal e da Publivez.

Fernão de Magalhães

D. Afonso Henriques

Isaac Newton

Salvador Dalí

Luís Vaz de Camões

Ludwig van Beethoven

Enquadramento

Há 500 anos, Fernão de Magalhães e a Armada das Molucas entraram numa região labiríntica e assustadora, cheia de estreitos, ilhas e grandes baías interiores. O mentor, organizador e capitão-geral da expedição estava firmemente convencido de que seria por ali a tão desejada passagem do Oceano Atlântico para o outro mar, o então chamado Mar do Sul.

Foi há 500 anos. Foi no dia 21 de outubro de 1520!

Pela frente, acabariam por ter perto de 600 quilómetros para explorar, em condições dificílimas. Eram tais os desafios que uma das naus, a “Santo António”, desertou, a 8 de novembro.

Mas a persistência, o espírito de sacrifício e o sonho indomável de Fernão de Magalhães levaram-no em frente, desafiando os medos do desconhecido, sempre À DESCOBERTA DE NOVOS MUNDOS.

E conseguiu. Conseguiu concretizar um grande sonho: a 28 de novembro de 1520, a armada entrou, novamente, no mar aberto, navegando já num outro oceano, “para lá do fim do mundo”. Diz-se que as lágrimas escorreram pelo rosto de Magalhães… Depois da tempestade, surgia a bonança e as condições náuticas que encontraram eram tão favoráveis que ao navegador só ocorreu um nome para o novo mar – chamou-lhe Oceano Pacífico.

À passagem que tinha acabado de descobrir, dando NOVOS MUNDOS ao mundo, “por mares nunca de antes navegados” (Camões), atribuíram a designação de Canal de Todos-os-Santos. Depressa, porém, os cartógrafos trataram de lhe dar o nome que ficou para a posteridade, imortalizando o seu descobridor – Estreito de Magalhães.

Ainda tinham grandes desafios para ultrapassar. Como o da travessia, pela primeira vez e à primeira tentativa, da imensidão do Oceano Pacífico, até chegarem às longínquas Filipinas. Mas já estava conseguida a primeira grande descoberta da mais extraordinária expedição marítima da história e da ciência, que se tornaria “A Primeira Viagem ao redor do Mundo” (António Pigafetta) em continuidade. A viagem mais revolucionária, que revelaria à Humanidade, de uma forma experimental, a verdadeira dimensão global do planeta que habitamos e que alteraria, para sempre, os limites do conhecimento e redesenharia o “mapa mundi” que ainda hoje usamos.

O arrojo da sua aventura épica traduziu-se, de facto, numa notável herança científica, cultural, civilizacional, num valioso património universal.

500 anos depois, Fernão de Magalhães – que tem as suas raízes em Ponte da Barca, a antiga Terra da Nóbrega – permanece um símbolo unânime de ação, da excelência, do espírito empreendedor, da resiliência, da inovação, da abertura, do encontro de culturas e de civilizações.

Ele é um herói à escala universal, que uniu povos, abraçou o mundo. Um visionário, que soube “ALIMENTAR SONHOS”!

Tal como o são D. Afonso Henriques, Luís de Camões, Isaac Newton, Ludwig van Beethoven, Salvador Dalí, que nesta exposição também são recriados.

Em diferentes épocas e nas mais diversas paragens, todos foram espíritos inquietos, criativos, sonhadores.

Todos viveram À DESCOBERTA DE NOVOS MUNDOS!     

No final da exposição, os trabalhos passarão a integrar o fundo documental da Biblioteca Escolar, desejando-se que inspirem os utilizadores no desafio pessoal da construção autónoma do conhecimento e da aprendizagem ao longo da vida.

Ao professor José Félix, muito obrigado!

Prof. Luís Arezes

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