Sarau
Poético
Um grupo
alargado de participantes deu voz a um Sarau Poético que decorreu no auditório
da Escola Básica Diogo Bernardes.
Promovido pela
Biblioteca Escolar, o Sarau registou a participação de alunos de todos os
níveis de ensino – desde a Educação Pré-escolar ao Secundário –, assinalando-se
ainda o envolvimento de professores, encarregados de educação e outros membros
da comunidade educativa.
Em sintonia,
todos deram voz à Palavra feita musicalidade, ritmo, magia, Poesia. Em suma,
todos disseram/ sentiram a riqueza e a beleza da Arte de autores consagrados. E também houve tempo para um inédito da Professora Fátima Mesquita:
Deus sonhou...
Deus sonhou...
Teve
um dia Deus um sonho,
Vir
cá abaixo, a este mundo tristonho,
E
para tal se concretizar,
Seu
único filho fez encarnar
No
seio de Maria se vai gerar
E
o humilde José o vai educar.
Uma
dúvida, porém, a Deus atormentava,
Mas
cheio d’amor os homens desafiava.
Em
suas mãos depositava seu destino:
Este
menino, este espírito divino,
Será
bem aceite, criará discórdia,
Será
alvo d’ódio, de misericórdia?
Pobre
menino, era Deus encarnado,
Pelos
pastores foi venerado,
E
até lá dos Orientes,
Vieram
reis, trouxeram presentes.
Entre
as palhas foi deitado,
E
pelos animais foi bafejado.
Fez-se
homem, cresceu em sabedoria,
A
todos cativava, com sua alegria.
Alguns
havia, a quem incomodava,
E
em segredo, a revolta germinava,
Pelas
palavras que proferia,
Pelas
curas, os milagres que fazia.
Seu
imenso poder, quase magia,
De
onde lhe vinha, ninguém sabia!
Cativava
o pobre e até o abastado,
Por
todos, sem exceção, era procurado.
Apregoava
um reino, não deste mundo,
Que
palavras estas… que sentido profundo!
Os
homens de poder começaram a temer,
Este
rei magnífico o que vai pretender?
Não
eram palácios, ouro ou dinheiro,
O
que o movia… um amor verdadeiro!
Esse
sentimento, de seu Pai era vontade,
Unir
todos os homens numa irmandade.
Uma
multidão o seguia pelos desertos
Curiosos,
homens de fé, corações abertos.
A
todos ouvia, de todos cuidava,
Até
aos pecadores ele abraçava!
Mas
os mesmos homens que o aclamavam,
No
dia seguinte, à morte o entregavam.
Sofreu
horrores, o nosso querido Jesus,
Humilhado,
espancado, sucumbiu na cruz.
Porquê
tão atroz sofrimento, afinal?
Para
nos mostrar seu amor incondicional,
Que
não é preciso morrer, nem matar,
Basta
amar e saber perdoar!
Fátima
Mesquita
Sem comentários:
Enviar um comentário