“(…)
Cantando espalharei por toda a parte,
Se
a tanto me ajudar o engenho e arte.
Cessem do sábio Grego e do Troiano
As navegações grandes que fizeram;
Cale-se de Alexandre e de Trajano
A fama das vitórias que tiveram;
Que eu canto o peito ilustre Lusitano,
A quem Neptuno e Marte obedeceram.
(…)”.
Luís
de Camões, “Os Lusíadas”, I, 2-3
Luís de Camões (1524-1580) soube como
poucos fixar poeticamente os dramas mais profundos da existência humana e
cantou, de uma forma genial, a história e a grandeza do “peito ilustre
lusitano”.
Ele é o símbolo maior da nossa identidade
nacional, de tal modo que é no dia da sua morte que celebramos quem somos, é a
10 de junho que comemoramos o Dia de Camões, de Portugal e das Comunidades
Portuguesas.
Na passagem do V centenário do seu nascimento, propomo-nos
celebrar o Poeta, valorizando o seu legado artístico e humanista.
Por isso, até ao
próximo dia 10 de junho, sempre à terça, vamos partilhar um texto/ excerto de
Camões, convidando a comunidade para, a partir de múltiplas linhas temáticas,
refletir e (re)descobrir o profundo impacto da sua obra, num diálogo intemporal
com o presente.
“(…)
Cantando espalharei por toda a parte,
Se a tanto me ajudar o engenho e arte.”
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